Lucero nem se deu conta da hora que adormeceu ali mesmo encostada ao peito de Manuel que também dormia com uma mão em sua cintura e a outra em seu cabelo. A única coisa que Lucero se lembrava era de ver os primeiros raios de sol entrando pela sua janela, ela sorriu soltando Manuel devagar e se espreguiçando, quase não tinha dormido, mas se sentia tão bem como nunca se sentiu nem quando dormia uma noite completa. A mulher se assustou quando ouviu o barulho na porta que estava destrancada.
− Mamãe?
Lucero e Manuel se levantaram em um pulo ao ouvirem a voz de Lorena. Desde antes da menina conhecer Manuel, ela já sabia que a mãe tinha uma história com ele e até mostrava apoiar, inclusive quando ela mesma quis morar no México apenas para que eles se reaproximassem, mas era diferente ver o homem já dentro da casa delas e sobretudo desnudo na cama de Lucero.
− Oi, filha, estou saindo, não abre. – Lucero cobriu o corpo em um lençol e trancou a porta rapidamente.
− Por quê? – Lorena estranhou, já que ela sempre tinha liberdade de ir e vir do quarto de Lucero quando quisesse.
− Porque... – Lucero olhou para Manuel, pedindo ajuda para inventar uma desculpa, mas ele deu de ombros. – Porque a mamãe acabou de tomar um banho e terminou molhando o quarto todo, você pode escorregar. – ela inventou.
− Hã, tudo bem. Eu estou esperando aqui para tomarmos café, tá? – Lorena falou ainda estranhando.
− Aham. – Lucero respondeu, tentando se comunicar com Manuel através de gestos.
− Ela não pode me ver aqui assim. – Manuel sussurrou alarmado com um travesseiro cobrindo suas partes íntimas.
− Eu sei, mas provavelmente ela ainda não vestiu o uniforme da escola, eu vou levá-la para o quarto dela e você pode sair tranquilamente. – Lucero sorriu.
− Eu adoraria tomar café da manhã com vocês. – Manuel suspirou, abaixando a cabeça.
− Eu também, meu amor, mas eu preciso conversar com a Lorena antes. Apesar dela saber da gente, ela não tem costume de ter uma pessoa a mais convivendo com nós duas o tempo todo. – Lucero também suspirou. – Eu prometo que em breve, nós vamos tomar todos os cafés da manhã que você quiser. – ela sorriu por fim.
Manuel retribuiu o sorriso e se aproximou para beijar Lucero, mas ela o parou. Ela conhecia bem a esperteza de Lorena, qualquer barulho fora do normal, ela perceberia e juntaria com o fato da mãe não tê-la deixado entrar no quarto.
− Aqui não, nós temos que ser rápidos, daqui a pouco ela me chama de novo.
Manuel suspirou, coçando a barba. Ele não acreditava que sairia dali sem dar um beijo em Lucero depois da noite intensa de reconciliação e amor que eles tiveram, mas logo encarou o banheiro e em seguida a amada, lançando um sorrisinho travesso que foi retribuído em concordância com o que ele estava pensando.
− Filha, mamãe está terminando de limpar, já volto. – Lucero falou sem parar de encarar Manuel.
Lucero só teve tempo apenas de ouvir Lorena concordar antes de Manuel arrastá-la para o banheiro e a prender na porta, beijando seus lábios com urgência enquanto ela acariciava seus braços.
− Nós estamos parecendo dois adolescentes. – Lucero falou rindo quando Manuel parou o beijo com uma mordidinha no seu lábio inferior e a abraçou com força.
− Qual a probabilidade da Lorena me aceitar chegando hoje de manhã para tomar café da manhã com vocês? – Manuel perguntou entre beijos no pescoço de Lucero.

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O Poder Do Amor
FantasyLucero Hogaza era uma atriz e cantora no auge do seu sucesso. Ela se considerava uma pessoa normal, cheia de sonhos e completamente apaixonada pelo trabalho e pelo seu público. Sua vida vira de cabeça para baixo quando encontra um colar em formato d...