O Poder Do Amor

Capítulo 20

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS

Lucero e Lorena tinham acabado de se mudar para o mesmo apartamento que ela sempre morou no México, era grande o suficiente para as duas e a mulher precisou modificar apenas o quarto de hóspedes para Lorena, colocando exatamente a mesma decoração que ela já era acostumada no Brasil. Naquele dia, a menina e Nathan tentavam convencê-la a ir ao parque de diversões que tinha estreado naquela semana.

− Vamos, mamãe, por favor. – Lorena implorava.

− É, vamos, Lucero. Você costumava ser mais animada antes. – Nathan reforçou.

− Gente, mas eu já disse que vocês podem ir sem mim, não sei que drama é esse. – Lucero suspirou cansada.

− Mas só tem graça com você. – Lorena falou.

A verdade era que Lucero ainda não tinha parado para descansar desde que chegou, não era fácil se mudar com uma criança e depois de tudo arrumado, ela pretendia ficar descansando o fim de semana inteiro, mas Lorena e Nathan já tinham a convencido, pois ela não queria ficar sozinha naquele lugar que lhe traria lembranças ainda mais fortes do que ela já tinha.

− Está bem, galerinha chata, eu vou. – Lucero bufou e se levantou, rindo quando Lorena e Nathan gritaram felizes.

− Obrigada, mamãe, você é a melhor mãe desse mundo. – Lorena beijou o rosto de Lucero longamente.

− Só porque você é a melhor filha. – Lucero sorriu, acariciando o rosto de Lorena.

− E eu? – Nathan brincou, fazendo bico.

− O melhor amigo e titio desse mundo, concorda, filha? – Lucero ergueu a sobrancelha, encarando Lorena.

− Sim. – Lorena assentiu sorrindo.

Lucero e Lorena se encararam, compartilhando um pensamento. Essa era uma das vantagens em meio a todas as loucuras de guardiões e protegidos, eles sempre sabiam o que o outro pensava só pelo olhar. As duas pularam em Nathan que gritou e o encheram de beijos e cócegas. Era quase como se fossem uma só família e na verdade eram, porque os corações dos três já tinham criado um laço forte e independente de serem guardiões e protegidas.

− Vamos nos arrumar. – Lucero falou ofegante após toda a brincadeira com Nathan e Lorena, segurando a mão da menina.

− Eu volto para buscar vocês em meia hora. – Nathan informou.

− Ih, pouco tempo, tio. – Lorena reclamou.

Lucero e Nathan riram. Lorena era uma criança muito vaidosa e quanto mais crescia, mais ficava, porém a mãe só permitia que ela usasse maquiagens simples e claras de acordo com a idade, pois não queria que ela crescesse antes do tempo, assim como foi com ela na infância, apesar da fama, todos os seus ciclos foram respeitados.

− Qualquer coisa eu espero um pouquinho, sua pequena modelete. – Nathan enfatizou rindo.

Nathan se despediu de Lucero e Lorena e foi para sua casa se arrumar. As duas também separaram suas roupas e foram se vestir juntas como quase sempre gostavam de fazer, se arrumarem juntas para darem palpite nas roupas uma da outra, ser mãe de menina era isso, Lucero nunca mais escolhia nada sozinha para ela e mesmo gostando de ser independente, ela também amava ter aqueles momentos com a filha, já que as preferências delas se coincidiam em tudo, por isso sempre estavam de acordo. Por pura insistência da mulher, elas esperavam Nathan na hora marcada e chegaram ao parque no começo da noite, deixando Lorena encantada com a beleza do lugar que era igual ela via nos filmes. Eles se divertiram muito nos brinquedos e às custas de Lucero que garantiu as risadas pelo seu medo de altura e horas depois, caminhavam em busca de um restaurante enquanto Lorena andava um pouco à frente, saboreando um algodão doce, e Nathan e Lucero conversavam alegremente, claro que a mulher falava com o amigo sem tirar o olho da filha. Mas tudo aconteceu de repente quando Lorena viu um homem vendendo brinquedos infláveis do outro lado da rua e se empolgou.