Capítulo 27

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DIAS DEPOIS

Lucero e Manuel estavam cada dia mais próximos e Lorena cada vez mais apegada a ele. Por escolha da mulher, a menina ainda não sabia do relacionamento dos dois e para dormirem juntos, Manuel sempre chegava após Lorena adormecer e saía antes dela acordar. Mas como o namoro de Lucero e Manuel ia muito bem, ela decidiu contar à filha naquele dia e combinou com o namorado de se encontrarem no parque. Apesar de ter certeza de que a filha ia amar a novidade, ela estava um pouco nervosa por saber como a vida delas iria mudar dali em diante e Lucero esperava que para melhor. Elas chegaram na hora marcada e Manuel já as aguardava, se levantando sorrindo e abrindo os braços para Lorena se jogar no colo dele.

− Titio! – Lorena beijou o rosto de Manuel, animada.

− Oi, meu amor, tudo bem? – Manuel retribuiu o beijo de Lorena e a colocou no chão.

− Tudo. – Lorena assentiu sorrindo.

− Oi, Lu. – Manuel se aproximou de Lucero e beijou o rosto dela. – Bella. – ele sussurrou no ouvido dela.

Lucero sorriu para Manuel e retribuiu o beijo dele, se sentando no banco da praça com Lorena no meio deles. Eles ficaram em silêncio, apenas trocando sorrisos e olhares enquanto a menina olhava de um para o outro.

− Vocês têm alguma coisa para me contar? – Lorena cruzou os braços e ergueu a sobrancelha.

Manuel arregalou os olhos para Lucero que deu de ombros. Ela não sabia como ele ainda não tinha se acostumado em como Lorena era direta nos assuntos.

− É, na verdade temos sim, filha. – Lucero começou a enrolar o dedo na manga do vestido de Lorena.

− Pois podem começar, estou ouvindo. – Lorena se ajeitou para olhar para Lucero e Manuel.

− Você sabe que a mamãe e o tio Manuel foram namorados no passado, não é?

− E o tio Manuel só deixou a mamãe ir embora porque foi buscar você. – Manuel brincou e Lucero riu, abaixando a cabeça.

− Pois devia ter ido com ela porque ela sentiu muito a sua falta. – Lorena falou inocente.

Lucero arregalou os olhos e Manuel gargalhou com vontade. Era bom saber que sua mulher nunca o esqueceu e estava ali Lorena, a criança mais sincera que ele conhecia, para provar.

− Eu também senti muito a falta dela, Lorena. – Manuel falou, olhando nos olhos de Lucero.

− É, e por isso nós decidimos ser amigos, mas com o tempo, nós percebemos que a gente não se gosta desse jeito. – Lucero sorriu, retribuindo o olhar de Manuel.

− Como assim? Vocês vieram aqui para me dizer que não se gostam mais? – Lorena perguntou confusa.

− Não, filha, pelo contrário. A gente percebeu que se gosta muito mais do que como amigos. – Lucero coçou a sobrancelha.

− Eu tenho uma ideia. – Manuel falou sob os olhares confusos de Lucero e Lorena. – Lucerito, você aceita namorar comigo? – ele sorriu.

Lucero e Lorena trocaram um sorriso. A menina já tinha notado o olhar da mãe mais iluminado e ela sabia que era por causa de Manuel, o que era suficiente para que ela fosse feliz também, além de gostar muito do homem que sempre fazia de tudo por ela e por Lucero.

− Eu aceito. – Lucero sorria.

− Tio Manuel. – Lorena chamou, segurando a mão de Manuel que a encarou junto com Lucero. – Mamãe. – ela pegou a mão de Lucero e colocou por cima da de Manuel. – Eu vos declaro namorados. O namorado já pode beijar a namorada. – Lorena sorriu sapeca.

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