Capítulo 8

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NO DIA SEGUINTE

Lucero se acordou e sorriu de olhos fechados, se lembrando da noite anterior. Ela se espreguiçou, colocando a mão ao lado da cama, onde ela achava que encontraria Manuel, mas se sentou de vez ao constatar que estava sozinha. Ele não seria capaz de deixá-la logo na primeira manhã que iniciavam juntos ou seria?

− Manuel! – Lucero chamou alto e vestiu rapidamente a camisa de Manuel que estava no criado mudo ao lado da cama.

Nessa hora, Manuel entrou no quarto, carregando uma bandeja com as mais variadas comidas. Ele mal dormiu àquela noite, tinha passado boa parte dela observando Lucero descansar em seus braços até que quando amanheceu, ele decidiu fazer um café da manhã surpresa para ela. O homem sabia que era importante para as mulheres se sentirem amadas, principalmente após a primeira noite de amor.

− Bom dia, meu amor. Eu trouxe seu café. – Manuel sorriu, colocou a bandeja na cama e beijou os lábios de Lucero. – Como eu não sei do que você gosta, eu coloquei de tudo um pouco, frutas, ovo, sanduíche, suco, café, biscoitinho e chá. – ele falava, apontando cada comida.

− Hum, praticamente um banquete. – Lucero brincou e riu junto com Manuel.

− Eu acabei tomando a liberdade de mexer na sua cozinha, me desculpe. – Manuel coçou o queixo, sem graça.

Manuel sabia como Lucero não gostava que se metessem nas suas coisas, mas só quis surpreendê-la do jeito que dava.

− Imagina, eu adorei, ninguém nunca tinha feito isso para mim, obrigada. – Lucero sorriu e beijou Manuel. – Sabe que por um momento, eu achei que você tinha ido embora? – ela riu, comendo uma uva.

− Com que roupa, Lucerito? Eu só trouxe essa. – Manuel riu, apontando a camisa dele que Lucero vestia.

− Ah, eu nem me toquei. – Lucero sorriu de leve, olhando a camisa.

− E também, eu jamais perderia a chance de te ver acordar pela primeira vez. – Manuel sorriu apaixonado.

Lucero retribuiu o sorriso e Manuel a beijou rapidamente. Eles tomaram café da manhã entre conversas e Lucero logo se tocou que teria compromisso naquele dia.

− Meu Deus, eu preciso tomar um banho. Você me espera? – Lucero terminou de tomar o suco e se levantou, sentindo um pouco de dor nas partes íntimas por causa da noite anterior.

− Claro. Eu vou precisar ir em casa me trocar, mas acabei me banhando aqui mesmo. Você pode me emprestar um desodorante?

− Sim, tem tudo aí no meu armário, pode pegar o que precisar. – Lucero falou, já pegando a toalha e entrando no banheiro.

− Obrigado.

Manuel se levantou e abriu o guarda roupas de Lucero que era perfeitamente organizado, mas ao guardar o desodorante de volta depois de usá-lo, ele percebeu uma caixinha preta e a abriu, revelando o colar de coração que foi imediatamente retirado da caixa. Era um objeto bem simples, mas de alguma forma, o manteve fissurado por um tempo que ele nem sentiu passar, somente quando ouviu Lucero sair do banheiro, enrolada na toalha.

− Manuel, o que é isso?! Quem te deu permissão de mexer nisso?! – Lucero avançou em Manuel e pegou o colar da sua mão, o guardando de volta e abraçando a caixinha protetoramente.

Lucero não queria ter falado daquele jeito com Manuel, mas ficou nervosa ao vê-lo segurando o seu amuleto. Parecia loucura ou besteira, mas ela não gostava nem que soubessem da existência do seu colar, ela o protegia como protegeria a uma pessoa e por isso nunca o usava, pois não queria correr o risco de perdê-lo ou ser roubada.

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