18- A maldição de dois anos

173 16 22
                                    

~♡~

O aviso

Rukia estava em no quarto que dividia com o marido, alisava a barriga de três meses de gestação onde residiam duas meninas e um menino. Estava calma enquanto observava a vista de uma pequena floresta, estranhou que já era de tarde e Yuudai, seu segundo filho, ainda não tinha chegado, mas relevou pensando que tinha saído com os amigos.

Ouviu leves batidas na porta, pediu para que entrasse e viu ali seu primogênito. Toshihiro parecia sério, mais sério que o comum.

_ Mamãe... _ o jovem de vinte anos nunca parecera tão apreensivo para falar com a mãe _ Eu sei que você não deve lidar com coisas estressantes para não complicar na gravidez, mas você precisa saber disso...

_ Algum problema com a família? _ Deduziu, que durante a gestação decidiu passar a liderança da família temporariamente para seus filhos mais velhos, em exceção a Izumi que também estava grávida

_ Não- quer dizer, sim... _ se embolava com as palavras _ ... é o Yuudai...

Rukia percebeu que havia algo de errado pela forma que ele chamou o irmão, nunca o chamavam pelo nome inteiro, era sempre Yuu.

_ O que houve com o meu filho?

_ Hoje de manhã, um homem com uma bomba presa no abdômen entrou no colégio, ele percebeu primeiro que todos... _ pela primeira vez em anos a matriarca viu os olhos de seu filho encherem de lágrimas _ avisou e pediu para que todos corressem, pulou em cima do homem e não saiu até que a bomba explodisse... foram vinte feridos, nenhum grave. E somente duas vítimas... o homem da bomba e o Yuudai...

_ ... Entendo... _ disse abaixando a cabeça e rindo fraco completou: _ e pensar que aquele idiota não queria ser um herói...

Toshihiro abraçou a mãe que agora chorava descontroladamente, tentara se manter calma pelas crianças em seu ventre, mas saber que seu filho não teve nem mesmo a oportunidade de se despedir, que não pode ouvir a voz de de seus entes queridos uma última vez... aquilo doía tanto... pensar que ontem ele ria despreocupado sem imaginar o que aconteceria no dia seguinte.

_ ... Sobrou algo para poder cremar? _ perguntou se acalmando

_ Algumas partes mas não o suficiente para encher um vaso de cinzas... _ respondeu acariciando os cabelos da mais velha

_ Tudo bem, não precisa estar cheio.

_ ... Também sobrou isso... _ disse retirando um cordão prata do bolso com um pingente de girassol _ Foi a única coisa dele que não explodiu junto.

A morena pegou o cordão identificando como o primeiro presente que dera a ele quando ainda era um recém-nascido.

A chegada das crianças

Rukia estava deitada na cama de um hospital caro com o marido ao seu lado e sua filha mais velha do outro, esperavam uma enfermeira trazendo seus filhos.

Different Types of Monsters (Sendo Brevemente Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora