Controle

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-Calma

Sussurrei para mim mesma.

Dei um longo suspiro, afim de acalmar o que está se remexendo em mim para matar alguém.

- ela é a queridinha dos professores , sempre ganha notas altas só porque se finge de certinha.

Eu nunca falei que era um anjo ou demônio, por que todo mundo pensa essas coisas?
Há claro, é porque eu não sou como elas, não sou uma vagabunda assumida ou uma sonsa que finge ser certinha.

Cristian chega perto delas e começam a sussurrar ainda mais baixo, mas graças a minha audição sobrenatural posso ouvir tudo.

- eu ouvi falar que hoje é o aniversário dela, vamos fazer uma surpresa.

- beleza, conta aí o que tem em mente.

Hahahaha surpresa? Coitados, eles nem tem ideia que estou ouvindo tudo.

Eu não vou matar ninguém.
Eu não vou matar ninguém.

Repeti para mim mesma, até que me controlei e passou aquela sensação.

Vou ouvir o que eles vão fazer.

- tenho uma ideia - a Raquel fala com um tom de maldade que me dar vontade de rasgar a pele dela até não restar nada mais.

Esses bando de coitados começaram a falar sobre o plano para me passar vergonha.

- fazemos assim, você Cristian chama ela para perguntar uma coisa.

- qual coisa?

- seu burro, é para vir ao seu encontro, aí você tenta beija- la para nós tirarmos uma foto e vamos enviar para todo mundo.

Eles querem me difamar.
Não acredito, minha cabeça está cheia por causa daquela coisa toda de qui- híbrida Imortal e esse bando de invejosos ainda vem me infernizar.

Ó Deus eu quero um pouco de paz pelo menos hoje!

O recreio acabou, quando eu estava no corredor Cristian veio até mim.

- olá, bom dia.

Deixa eu pensar como vou responder que tal "olá seu filho da mãe " ou "meu comprimento é só para quem vale tal ação"

-olá, bom dia.

- Você poderia me ajudar com uma coisa da atividade de Português?

Português? Ahaha, ele deve precisar mesmo, a professora deu sua nota para ele na frente de todo mundo e foi a pior possível.

-claro, pode falar.

- é que não estou com o caderno comigo e preciso dele para anotações - desculpa mais esfarrapada não existe.

- ok.

- pode ser quando acabar as aulas?

-sim - falo na maior inocência.

- então te mostro no refeitório.

- tá bom.

Acenei e fui embora.

Mas, o que farei?

Nem preciso fazer nada, posso deixa-lo esperando. Não não, preciso me vingar.

Talvez quando ele for me beijar a força, eu em minha auto defesa irei dar um, não, dois, é isso dois murros e uma voadora.

Ninguém sabe, mas eu sou muito boa em kikboxing, já treinei em casa quando não tinha ninguém.
Nunca pensei que ia precisar , mas depois que soube que sou uma qui- híbrida acho que precisarei um dia , ou não, tenho poderes sobrenaturais então ninguém vai querer me machucar ou se querer, vai precisar orar muito para viver.

É melhor sem voadora, não quero que me expulsem da escola.

Entrei na sala já atrasada. Que raiva!

- Alessandra que essa seja a última vez que chega atrasada - o Professor fala com cara de poucos amigos.

- sim professor, a última - coisa que duvido muito porque ele já falou essa frase já umas 20 vezes.

Era aula de matemática, o professor é um chato. Vou até a minha cadeira ao lado de Raiane e ela me olha abismada.

- menina quase que foi expulsa da aula.

- culpa de Cristian, ele me parou para me pedir uma coisa.

- o que?

- não foi nada, só para ajuda- lo em uma atividade de Português.

- há tá, pensei que queria alguma coisa com você.

- imagina, pelo amor de Deus, se ele quisesse alguma coisa comigo eu daria um fora bem grande.

- hahahaha eu queria ver.

Há você vai ver, acho que vou tirar uma fotinha do seu rosto deformado.

Passou o resto das aulas e vou ao refeitório para colocar em prática meu plano.

Amor Imortal | Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora