Zoe

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~ ?

Acordo depois de um sonho estranho e sinto o sol batendo fortemente no meu rosto. Me movo devagar, me levantando mas, algo me trava me impedindo de sequer me levantar. Onde estou? Q... quem eu sou? Como... aí Céus! Sinto uma dor de cabeça gritante mas mesmo assim me apoio na areia abaixo de mim com as mãos e forço meu corpo para cima querendo urgentemente me esconder na areia por causa do biquíni pequeno que uso mostrando demais a minha pele escura. Me aproximo de uma mulher de meia idade deitada em uma toalha na areia e pergunto aonde estou

- Salvador, minha querida

Não me lembro o porque de estar aqui, não me lembro quem sou e não me lembro de NADA

- eu não sei quem eu sou. Eu ... não sei oque estou fazendo aqui, por favor me ajude - falo já desesperada

- espere, tem uma delegacia aqui perto posso te levar até lá. Você bateu com a cabeça ou oque menina? - ela pergunta preocupada

- eu acho... - oque vou dizer? Não me lembro de porra nehuma - é... acho que sim

- vem comigo, coloque isto em você - ela me oferece um casaco e visto de bom grado ficando um pouco grande demais

- obrigada

- de nada, alguém deve estar preocupado com você, venha

A sigo quando ela veste o seu vestido que estava na bolsa de palha. Entramos em um carro simples e ela dirige para a delegacia, que aliás era mesmo próxima daqui. Nós entramos na delegacia de polícia e ela conversa com o atendente enquanto sento em um dos bancos esperando minha vez

- minha filha, eu preciso ir. Mas olhe, se der errado fique perto daqui e se precisar, aqui meu número e endereço - a jovem senhora me passa uma pequena folha depois de ter escrito o seu endereço

- obrigada, você é muito gentil

- às vezes gosto de fazer essas bondades e ter esperança de ir pro céu depois da morte

Por algum motivo quis dizer : "você irá, não se preocupe, eu sinto" . Mas afastei esse pensamento logo que me ocorreu

Faço um coque desajeitado nos meus cabelos encaracolados e me espreguiço na cadeira depois que a mulher foi embora. Eu forço minha mente a se lembrar de alguma coisa mas oque recebo em troca é um nada. Nada, como se eu nunca tivesse existido.

- Senhorita, sua vez - o atendente chama minha atenção

Assinto e entro na sala do delegado com três pessoas ali, uma mulher sentada na cadeira a frente e dois policiais nos dois lados

- olá, me chamo safira, pode se sentar por favor

Faço oque a delegada manda e remecho em meus dedos nervosamente. Oque será de mim, que nem mesmo sei quem sou

- bem, aonde você acordou?

- na praia

- se lembra de alguma coisa?

- nada

- um flash, nada?

Porra eu falei que nada, miséria

- não

- vou procurar na lista de desaparecidos, e se você estiver lá irei encontrar seus familiares

Assinto e continuo com a sinfonia nervosa dos meus dedos uns nos outros

...

- eu encontrei uma menina desaparecida igual a você. Vou ligar para sua suposta família e finalmente eles irão te encontrar, ainda bem que só foi uma semana

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