luz no fim do túnel

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~ Alessandra

Oque eu fiz para merecer tal coisa? Porque as pessoas sempre querem o meu mal? As únicas pessoas do mundo que sei que olham e me veem do jeito que eu sou é meus pais, melissa e agora o Nik e a Laura. Minha vida desde pequena foi complicada e sozinha, as pessoas se afastavam de mim como se eu tivesse infestada, até uma antiga amiga que me veio na memória, Raiane, ela era minha amiga mas logo depois que nós terminamos o ensino médio ela não quiz mais a minha companhia. Eu me odeio por ter deixado que ela fosse minha amiga. Certo, eu nunca me abria e falava dos meus podres mas... eu pensava que era minha amiga. Laura que é sobrenatural também, me entende e é igual a mim, ela não se afastou e nem o Nik, ao saber tudo oque sou, ele não me viu como um monstro - mesmo eu sendo - ele me vê como uma joia rara e isso me quebra com o carinho e a admiração que encontro em seu olhar. Não ouso mais pensar em oque estão fazendo comigo, quantas chibatadas levei, o sorriso no rosto daquele ser desprezível e demoníaco em minha frente. Dois minutos depois parece que pararam com o chicote

- você é orgulhosa e idiota demais para não já ter pedido para parar e decidir ir conosco por bem - A bruxa velha da Ayla fala

Não abro minha boca, só lanço para ela um olhar furioso com as palavras não ditas ali
"Eu vou matar você "

- talvez seria melhor se tivesse o seu pai aqui ou aquela sua tia - meu poder me transmite calafrios contra minha espinha, mas mesmo assim ele fugiu de volta de onde veio por causa das correntes

Rosno para ela e começa de novo as chicotadas, respirar nunca foi tão difícil quanto agora mesmo quando eu quase congelei pela primeira vez no banheiro

...

Estava com tanto calor, estou queimando. Chego em casa e meus pais não estão, logo pego minha toalha e vou para o banheiro, essa confusão de magia e transformações estão me deixando sufocada, talvez algum dia isso será tão comum quanto a roupa que uso todos os dias, mas hoje, o primeiro dia depois das transformações e revelações estou exausta e sufocada. Abro o chuveiro e sinto a água gelada bater com força em mim, no começo fico com um leve desconforto, como se estivesse começando a atravessar uma geada muito, muito agressiva. Começo a bater meus dentes sem conseguir parar, muito frio, está congelando aqui, aqui não, eu, eu estou congelando. Olho para mim e me assusto com a segunda pele que começa a se apregar em mim, uma pele de gelo, gelo cobre a minha pele. Meus pés estão começando a ficarem doloridos e dormente, depois minha perna, logo fecho o chuveiro e me surpreendo com o que passa depois, meus pés não estão mais doloridos e dormentes e a camada de gelo já está se derretendo. Há graças a Deus. Pego a toalha e corro para o quarto em direção às cobertas.

...

Esse dia foi uma miséria, o dia que comecei a conhecer de novo o meu corpo e os poderes. Logo sinto um cheiro conhecido e tudo começa

...

~Klaus

Paramos em um canto perto de um grande salão, silenciosos e precisos, olho para as figuras no centro e a raiva me domina, o som estridente que soou no galpão me faz ficar atordoado, como estamos atrás dela consigo ver oque estão fazendo com o meu anjo, o chicote bate com força nas costas dela e começo a tremer, tremer com os cortes agora grandes e orríveis, dou um passo, mas o Elijah que estava atrás me segura pelo braço e forço os meus pés ficarem aonde estão porque preciso ficar calmo para resgatarmos ela, olho para o Elijah e faço o sinal para irmos e concretizamos o plano. Em v.d.v sem elas se quer perceberem prendo a primeira depois a segunda e logo outra enquanto Elijah faz o mesmo com as outras três que seguravam as correntes. O desgraçado que segurava o maldito chicote me olha com raiva e com uma pitada de medo, é bom que ele saiba que oque farei será tão terrível ao ponto de implorar para parar e a outra que está do lado, eu já percebendo que também fez oque o maldito estava fazendo quando cheguei terá também o mesmo fim. Olho para a cretina que estava observando de frente o meu anjo sentada em uma cadeira com a cara indecifrável, essa acho que sofrerá mais dor do que os outros. Vou para a frente da Ali e meu peito dói com o olhar alto e doloroso dela, como se mesmo com a dor ela ainda não abaixava a cabeça para esse monstro atrás de mim. Pego seu rosto com as duas mãos e olho nos seus olhos

Amor Imortal | Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora