Inferno

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~Klaus

Peguei ela nos braços e a levei para nossa casa

-Eu sei que ela ficará bem, ela não morre

- fale isso pra você mesmo, irmão

- CALA BOCA, ELIJAH - subo o tom um pouco alto demais

- desculpe, Niklaus mas, ela ainda não voltou você acha que ainda pode? - pergunta com receio e triste. Ele ainda É amigo dela

Olho pra cama onde a deixei e sinto como tudo ao meu redor tivesse ruído. Sinto meu coração apertar quando me aproximo da cama e sento do seu lado. Hope põe a sua mão no meu ombro afim de me reconfortar, mas só consigo pensar que nunca mais vou escutar aquela voz doce e crua, quente e fria, não vou mais poder revirar os olhos para todo o seu deboche, não vou também poder elogiá-la o quanto ela é linda e ela dizer "eu sei, querido", ela não vai conhecer Nova Orleans e Paris que sempre que podia dizia que era um dos seus sonhos ir a várias lojas e conhecer a torre eiffel, não vou poder mais tocá-la, beijá-la... meu coração está em pedaços e só uma pessoa pode consertá-lo novamente

- oque foi mesmo que a Freia disse pra não ir ajudar, Niklaus ?

Há tem isso também. Se ela tivesse lá poderia até salvá-la, mas não estava.
Há freia vou preparar um caixão para você

- ela disse que ia fazer um feitiço importante que a Ali pediu pra fazer

- e cadê a freia ?

- não sei, você acha que estou na cola dela pra eu saber?!

- Klaus! KLAUS - ouço Freia na sala mas não me importo ainda olhando para suas feições pálidas

- NIK - Rebekah

- PARA DE GRITAR, vocês acham que sou surdo? - me viro pra porta e vejo Rebekah revirar os olhos, Freia pega um papel do bolso me entregando. Tento ler mas não intendo nada, deve ser uma língua morta

- pra que eu preciso disso?

- isso foi oque a Ali me mandou fazer - ainda a olho sem intender

Hope ler o conteúdo e murmura : "um feitiço"

- Você acha que eu intendo idioma de bruxa, querida irmã

Ela passa a mão na testa nervosa e se aproxima da cama pegando o pulso da Ali e comprovando alguma coisa

- ela está morta não está vendo?!

Tô sem paciência pra isso tudo e já estou sentindo a raiva me dominar

- sei Nik, calma. Ela pode voltar

Fico estático e olho aborrecido pra ela

- Freia, se você estiver mentindo eu te mato. Sabe disso não sabe?

- ela me mandou fazer esse feitiço quando as bruxas chegassem e foi oque fiz. Eu fiquei em casa e passei uma hora transferindo ela pra outro corpo

Abro a boca e olho pra Ali. Ela não parece uma pessoa que está morta, tirando os lábios e a pele, parece que todo o resto está intacto. Parece como daquelas vezes que ... que a Rebecah ficou nesse mesmo estado, no corpo de uma bruxa matadora de crianças. Solto um ar que nem sabia que estava prendendo esse tempo todo e choro. Me agarro a ela e me deito ao seu lado com a cabeça em cima do seu peito

"Ali" - Tento mandar pelo laço mas parece que ela está tão longe que não consegue ouvir minha voz. O laço, como eu não pude pensar nisso, eu ainda o sentia. Ainda sentia ela, distante, mas ainda sentia

- Ali, você sempre me surpreendendo. Volta logo pra casa - sussurro querendo que ela ouça

...

~ Alessandra

- oi minha sobrinha preferida. Oque está fazendo aqui? Pera, - tiu Lu olha pra mim por longos minutos - você... tá morta? Mas... N

- calma, eu acho que morri. Mas vou voltar, não é mesmo?

- você tomou as precauções nessesárias ? - pergunta preocupado - não vamos depender de acaso

- tomei. Vou voltar em outro corpo

Ele solta um suspiro de preocupação e vem me abraçar. Um abraço cheio de carinho e alívio

- olha, não faça mais isso. Eu já estou velho pra...

- aceita que está velho?

- shii, você ainda é minha sobrinha e me deve respeito

Riu alto e nos soltamos. Agora reparo aonde estou, ó Deus. Arregalo os olhos diante do lugar frio, vazio e de cores acinzentadas e escuras que vejo na minha frente, abaixo do penhasco horroroso em que estou. Parece que isso é no topo de uma montanha, bem alta e de pedra. Olho pra mim e noto minhas roupas totalmente diferentes, vestido preto com uma enorme fenda na perna, um decote pequeno na frente, o vento frio que me açoita me dizendo que as costas estão nuas. Nada mais do que isso, só o vestido longo e ousado.

Engulo em seco quando escuto gritos vindos de longe. Tento falar alguma coisa, mas as palavras fogem da minha boca como o diabo foge da cruz. Há Alessandra que piadinha mais conveniente para a ocasião

- minha querida sobrinha, bem vinda ao inferno - ele fala como se tivesse me mostrando um lugar bem bonito e acolhedor, que no caso é o contrário

Ouço de longe meu nome ser chamado por uma voz que conheço muito bem

"Estou bem" - Tento mandar mas, parece que não chegou no seu destino já que ele não respondeu

Não vou pensar nisso agora, se não eu vou chorar até não haver mais água no meu corpo

Vejo Zac aparecer do nada e vir me abraçar bem apertado

- não me faça mais sustos

- vou tentar - falo rindo

Zac preciona minha bochecha docemente e sorri se afastando. Vejo criaturas horrendas mais em baixo cobertas pela névoa daqui de cima. De repente tudo ficou preto e de novo sou levada para outro mundo, este agora, mais caloroso e cheio de raios de sol que agora mais do que nunca vou admirá-los como se fosse a coisa mais preciosa que vi na minha vida

Mas...

Amor Imortal | Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora