Cap. 71

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Cinco meses depois ...

Sabe quando sua vida parece estar completa mas no fundo sabe que falta alguma coisa? é essa sensação que sinto neste momento. Meu companheiro sabe que estou sentindo falta dos meus pais, mas ele tenta não falar muito sobre isso porque ele sabe que não me sinto bem para falar deles. Desde aquele dia eles não falaram mais comigo e eu tão pouco me dispuz a ir até eles. Melissa sempre me liga e não sei se por consentimento de Painho e Mainha ou ela me liga escondido. Meu primo sempre está no meu pé e ele e Laura estão morando juntos em Los Angeles, mas claro que sempre me visitam e eu também vou para lá e fico um final de semana uma vez por mês ou sempre que tenho vontade.
Ayla não me importunou mais e assim espero que fique, pelo menos até os meus filhotes nascerem, as minhas lágrimas ficaram no passado e o que resta agora são só lembranças e cicatrizes incuráveis.

As minhas mudanças de humor começaram a aparecer logo nas primeiras semanas; compramos um terreno grande para a construção da nossa casa e também já começamos a construção dela. A casa vai ser grande e elegante, vinte quartos com um banheiro em cada um, uma sala de estar grande e ampla, uma sala de jantar, a cozinha também é grande, com cores cinzas e brancas na sala e verde escuro nos quartos. O meu eu quis com uma cor mais contrastada, um marssala bem vivo e no resto da casa não vai ter mais diferença dos outros cômodos. Irá ter um imenso jardim e uma piscina com uma jacuzzi. E isso tudo fui eu que planejei e desenhei. O que? Há eu acho que não contei que intendo um pouco de arquitetura e design. Antes de querer entrar no meio da administração e sonhar com isso, eu já quis ser arquiteta, mas graças aos céus e o diabo que susurrou no meu ouvido pensei melhor e descobri a minha profissão que hoje eu admiro e idolatro.

Chego na faculdade e começo a prestar atenção na aula de hoje. Já estou no final do segundo semestre graças a minha enorme capacidade de aprender e me esforço ao máximo, mesmo já estando com uma barriguinha linda de seis meses. Quando eu descobri que estava grávida uma semana depois fui ver uma médica e fiz os exames e o ultrassom para ver de quantas semanas estava. Bom, cinco meses se passaram e falta pouco para completar os sete meses. Hoje depois das minhas aulas vamos ao hospital fazer outro ultrassom para saber os sexos dos bebês, estou muito ansiosa e doida para dar logo nomes à eles. Pedi um dia de folga na empresa e o chefe me liberou já que o Klaus o hipnotizou e fez ele esquecer que eles tiveram essa conversa. Vou brigar com ele? Óbvio que não. O infeliz do meu chefe não me deixou sair nas semanas anteriores para fazer esse ultrassom e então porque eu teria pena? Tentei não depender dos meus poderes ou os do Nik, mas decidi esquecer essa merda de ser honesta já que não funciona de jeito nenhum comigo. Todos aqui sabem que é uma coisa que nunca fui.

Ontem teve até um trabalho que puta que pariu, eu fiquei meia hora em pé com dois filhos na barriga. Só apresentei porque precisei se não eu perdia nota e isso eu não posso permitir, não depois de dar até o cão naquela prova do Enem.

Tio Lu me ajuda com o que pode, até comprar com a tia Chloe o enxoval completo eles compraram com a ajuda da Rebecah. Enquanto presto atenção na aula umas meninas ficam me olhando com cara de bosta. Eu juro que se elas não pararem de me olhar eu mato elas até a respiração delas faltar e enfim irem pro quinto dos infernos.

O fim de todas as aulas chegam e vou para o estacionamento da faculdade já vendo a BMW do Nik. Ando até o carro com umas dores pequenas no pé da barriga, entro no banco do passageiro e coloco o sinto. Vejo de longe aquele bando de invejosas e reviro os olhos.

- da próxima vez que fazer um filho em mim, por favor, coloque pelo menos um porque não é você que vai parir!

Ouço sua risada linda e me aproximo depositando um beijo na sua boca. Me afasto e ele põe a mão esquerda na minha barriga sorrindo com aqueles olhos brilhantes que só ele tem.

Amor Imortal | Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora