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Pov Lauren - dois dias depois

— eu consegui marcar um horário com a médica, Camz. — entro saltitante no quarto de Camila vendo ela arrumar algumas roupas.

— que ótimo, Laur, para quando? — ela passa por mim e se senta na cama, batendo levemente ao seu lado para que eu também me sente e assim faço.

— amanhã. — sorrio animada.

— fico feliz. Você quer que eu te acompanhe?

— se não tiver problema para você, eu gostaria. — ela estica a mão em minha direção e afaga meu rosto. Tenho vontade de beija-la naquele momento.

— sua mãe vai perguntar o motivo de você ter ido lá. O que vamos dizer a ela? — Camila me questiona. Ainda nao havíamos conversado sobre até quando deixaríamos tudo por debaixo dos panos.

— eu não tinha pensado nisso ainda. Talvez eu diga a ela que são apenas exames de rotina. — a expressão de Camila parece preocupada.

— até podemos enrolar ela quanto a isso. Mas eu estive pensando hoje e sei que talvez ainda seja cedo para pensar nisso, mas logo ela vai começar a questionar as coisas... A ausência de Chris, a mudança no nosso comportamento, fora que eu não quero esconder por toda a gravidez que você também é mãe desse bebê. — seus olhos cruzam com os meus.

— eu também não quero esconder nada Camz, eu não sei como ela vai reagir quanto a isso nem como sua família vai reagir também. — um nó se fez em minha garganta. A bolha na qual tínhamos entrado por conta da felicidade com a gravidez parecia estar prestes a se romper.

— eu acho que Chris está me traindo. — meus olhos se arregalam um pouco e eu sento mais perto dela.

— por que acha isso?

— intuição de traidor. Afinal, eu trai ele e nem foi só pelo fato de eu ter chupado o seu pau no banheiro da sua tia. — tais palavras de Camila quase me fazem rir.

— como assim não foi só por esse fato? O que quer dizer?

— muito antes de qualquer toque ou beijo meu sentimento por você era outro, Lauren. Eu meio que considero isso uma traição também.

— eu preciso te contar algo já que tocamos no assunto. Mas você não pode contar a minha mãe que te contei. — falo baixo e me levanto indo em direção a porta, trancando-a para caso minha mãe chegasse.

— ah, meu Deus do céu. — Camila cruza as pernas sobre a cama e volto a me sentar de frente para ela na mesma posição.

— mamãe ligou para ele esses dias e uma mulher atendeu o telefone. Ela não quis que eu te contasse porque achou que isso seria um choque grande demais para você agora. — Camila não parece surpresa, mas posso ver desapontamento em seu olhar.

— ele já está distante a muito tempo. Por isso minha desconfiança. O restante da família não imagina porque nós quase não ficamos aqui e quando vínhamos para cá a gente disfarçava. — ela estica sua mão até mim e eu a seguro, atentando-me as suas palavras.

— você tem raiva dele?

— não, sinceramente não. Como eu ja te disse nosso relacionamento esta desgastado. Ele nunca me tratou mal nem nada disso, eu amo a pessoa que ele é, mas eu simplesmente não o amo mais como homem. — um suspiro sai de seus lábios.

— então por que você decidiu ter um filho com ele? — várias questões pairavam em minha mente.

— porque eu estava acostumada com essa vida, Lauren, eu empurraria esse casamento com a barriga pelo meu filho, me sacrificaria para realizar meu sonho. Antes de vir para cá eu pensei que o vazio que eu estava sentindo poderia ser preenchido com esse bebê e que tudo ficaria bem. Eu seria feliz com meu filho e Chris com o trabalho dele, muitos casais vivem assim, de fachada. Eu queria um filho e ele estava disposto a me dar.

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