02x07- Lua cheia

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   Diana estava no seu quarto, andando em círculos enquanto pensava em tudo o que tinha acontecido de manhã. Após contar até trinta, ela respirou fundo e inspirou, se virando e caminhando até sua cama para pegar seu computador.

— Fala gata.

— Mer, está ocupada?- perguntou vendo a ruiva pela câmera do Skype.

— Não, acabei de sair do banho.

— Finalmente sua fedida. O cheiro estava vindo até aqui.- a ruiva lhe mostrou a língua.- Tia Nat está em casa?

— Estou na casa do meu pai.

— Onde ele está?

— Acabou de sair de casa para comprar uns lanches para gente, por quê?- franziu o cenho confusa.

— Precisamos ter uma conversa séria. E ninguém pode ouvir.

— Você está me assustando.- Diana percebeu que a ruiva estava se movimentando para a área externa da casa e colocando os fones de ouvido.- Vai, desembucha.

— Eu conversei com a Katherine.

— A irmã do Dom?

— Essa mesma. Ela conheceu a vovó, e me contou sobre a história da nossa família.- Meredith escutava atentamente.- As mulheres Martin carregam um espírito de um Cão do Inferno.

— Pera, o quê? Cão do Inferno?

— É, Cão do Inferno. Presta atenção! Esse espírito mora no corpo das Martins geração sim e geração não. A vovó era.

— Então mamãe e tia Carol não são?- perguntou tentando raciocinar.

— E isso significa que nós somos.- disse com medo da reação da prima.

— Tem como não ser? Eu não quero ser sobrenatural.

— Eu também não, e o que eu ganhei? Combo de cachorro!

   Diana havia contado para Meredith sobre os Lockwood, e Tyler contou para a prima que tinha ativado a maldição.

— E o que esse bicho do inferno faz?

— Deixa o mundo sobrenatural em segredo. É como se fosse uma porta para o mundo dos mortos.

   Diana e Meredith ficaram conversando por horas e a ruiva ficou chocada com tudo aquilo. Meredith estava prestes a completar dezoito anos, e depois dessa, ficou mais nervosa ainda. Ela também contou para a prima que é imune ao fogo, e que descobriu isso quando estava cozinhando e que na hora que foi se apoiar na bancada, se apoiou na boca do fogão, que estava aceso. Diana a chamou de burra.

  Diana acordou caindo da cama e percebeu que já estava de tarde, e que tinha perdido todas as aulas. Tomando um banho e colocando uma simples roupa de ficar em casa, ela desceu e encontrou sua mãe na cozinha.

— Bom dia.

— Boa tarde, querida.- Diana pegou uma caixa de cereais.- Não vai almoçar?

— Eu não, acabei de acordar.- colocou os cereais em uma tigela.- Mãe...

—Sim?- continuou preenchendo uma papelada.

— Me fala um pouco da vovó?

   Carol parou de escrever e levou o olhar para sua filha através dos óculos de leitura.

— Minha mãe?- tirou os óculos e Diana afirmou.- Sua avó foi a melhor pessoa que eu conheci. Uma ótima mãe, amiga, filha e avó. Ela nos amava mais que tudo nesse mundo.- sorriu triste.- E adorava fazer truques com fogo.- riu.

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