Future thoughts

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Alguns dias depois...

Can

Hoje na empresa tudo parecia calmo, calmo demais pra falar a verdade. Pete não apareceu de novo, Tin parecia distante de tudo e todos, Ae estava melancólico, o que não era nada comum.

- Você tá pensativo ultimamente Ae, aconteceu alguma coisa? Perguntei escorado na porta segurando uma pasta plástica.

- Sabe muito bem o motivo. Ele tira os olhos dos papéis e me encara cansado.

- Sério? Ele? Não acredito que ainda tá triste por isso. Exclamei indignado, fechando a porta e sentando na cadeira.

- Eu não tô triste, só penso que isso não era necessário. Diz irritado, mas logo hesita.

- Eu também acho, mas não temos poder pra mudar nada. Concordei encolhendo os ombros.

- Eu não tenho, mas você têm. Ele sorri e eu franzi o cenho desentendido.

- Ah não, eu não pedir pro Tin. Pode tirar essa ideia da cabeça. Neguei gesticulando o dedo. - Se bem lembra, eu fui muito maltratado por ele.

- Também foi maltratado pelo Tin, e agora tá gostando dele e vice-versa.

- Apaixonado minha bunda! Eu não tô gostando dele. Me exalto e logo desvio o olhar envergonhado. - E-e outra, eu não posso me meter no relacionamento deles.

- Acontece que tanto você quanto eu estamos no meio disso. Ele continuava a me encarar.

- Não quero saber, pode falar o que quiser, jamais vou fazer isso. Torci o nariz cruzando os braços.

(...)

Estava no horário do intervalo e eu caminhava pelo corredor direto pra saída do prédio, quando alguém abre a porta do escritório ao lado e me puxa pra dentro, percebo quem era me assusto um pouco mais. A sala estava com fracas luzes vermelhas.
Suas palmas estavam prensadas na porta vidro, assim como minhas costas, nossos olhos não se distraíam desde que se encontraram, a respiração estava quente e pesada e seu rosto se assemelha a alguém que tinha corrido uma maratona. Suado e úmido.

- Tin, v-você tá bem? Engoli seco.

- Foram trinta minutos de espera... nessa sala que mais parece uma sauna... e essa é sua primeira fala? Citou ofegante, enquanto uma mão descia, assim ecoando um click.

- T-in, você tá me assustando, i-isso não tem graça. Gaguejei começando a tremer as pernas e ele sorri parecendo se divertir com meu ato.

- Está com medo pequeno Cantaloupe? Ele sussurra usando a desgraça do seu tom grave.

Depois disso ele morde o lóbulo da minha orelha, feito isso sua boca desce em uma trilha de beijos molhados e fracas mordidas até na base do pescoço, deixando eu puxar um pouco de ar para falar.

- N-não... eu não... Deixei um pequeno gemido escapar.

- Fale mais alto... não te ouço. Pediu se afastando, mas logo colando sua testa suada na minha.

E eu tentei, juro que tentei, mas minha voz não saía.
Como essa sala ficou tão quente?! Mal consigo respirar direito. Não é normal.

- Se não vai falar, vou continuar...

Dito e feito, seus lábios foram se aproximando e selando cada cantinho do meu rosto, fazendo questão de ir bem devagar, enquanto tudo o que eu fazia era perder a respiração e morder o lábio pra não gemer, já que sabia que era isso que ele queria.
Como ele pode ser tão sádico, me ver contorcer desse jeito e continuar sem fazer nada.

- Ai... Reclamei baixo, acabei mordendo forte demais e abri uma pequena ferida na boca que estava sangrando. Merda, ele percebeu.

Preciso fazer algo...

Num movimento de desespero, enfio minhas mãos dentro da sua camisa social e belisco seus mamilos.

- Ah... hm... então você quer mesmo... Ele geme as palavras. Um súbito movimento de braços e eu estava enrolado no seu pescoço, sendo levado para uma mesa. - Sabia que não ia recusar. Ele sorri em malícia.

- Tin... eu.. Mordi o polegar desviando o olhar.

- Sexo no trabalho é um dos meus fetiches mais excitantes... Explicou desabotoando sua camisa e arrancando a minha...

AutumnOnde histórias criam vida. Descubra agora