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Enquanto isso....

Ae

Mais um suspiro sai da minha boca, os processos da empresa estão acabando comigo, tem diversos não acabados e eu ainda estou na parte da manhã, sorte que daqui a pouco é hora do almoço.

Quando o horário bateu, logo saí do prédio e me encontro com Pete. Sabe, tenho me encontrado com ele faz um tempo, apesar de não me orgulhar muito disso, mas eu estava gostando dele mesmo sabendo que ele ama o Tin.

- Por quanto tempo você vai ficar insistindo? Perguntei dando um gole no café amargo.

- O tempo que for preciso. Meu destino sempre foi ao lado Tin. Respondeu convicto enquanto seus olhos encaravam o celular.

- Sabe por que eu topei te ajudar?

- Por que você é pago pra isso? Eu retiro o celular dele e o encaro com um meio sorriso. - Ei! Ele me olha com tédio.

- Por que eu também tenho alguém pra conquistar. Acenei com a cabeça afirmando minha fala. Ele sorri vagamente.

- Quando Tin e Can estiverem separados, você terá o que quer e vai poder fazer o que quiser. Poderou ele logo pegando o aparelho de volta. - Só precisamos faze-los brigar uma vez, Tin nunca teve paciência para discussões...

- Já Can adora bater boca com todos, esquentado do jeito que é, não vai precisar de um motivo muito grande para reclamar.

- Temos que organizar tudo com perfeição, vamos pelo que sabemos de início: Primeiro, Tin odeia melão, ele diz que se pudesse extinguiria ele da Tailândia. Pete ri baixo.

- Vejamos, Can está aprendendo a cozinhar, então ele poderia fazer um prato com melão. Mas como vamos fazer isso? O Can prefere ouvir os gostos de quem fala. O garçom chega e entrega nosso almoço, fazendo reverência e saindo em seguida.

- Você poderia falar que o Tin gosta disso, mas como disse, ele só acredita na palavra vinda direto do remetente. Hum... Ele se expressa pensativo com os dedos no queixo. - Talvez eu consiga contratar alguém para clonar o celular do Tin.

- Ficou maluco?! Isso é ilegal! Exclamei um pouco alto, atraindo alguns olhares.

- Nossa calma, foi só uma idéia. Isso me faz soltar um suspiro aliviado. - Até por que eu já fiz isso. Ele mostra a tela do celular. - Não é atoa que ele sempre está solteiro. Diz rindo baixo novamente, cobrindo um pouco a boca.

- Mas e se te pegarem?! Como vai sair dessa?!

- Simples, não vão me pegar, eu confio a você esse único segredo, claro se isso vazar eu saberei quem foi. Seu rosto toma um ar sério e ríspido. - Por isso, preciso que conte um segredo seu, assim ficamos quites. Resolveu com um meio sorriso, se apoiando mas costas das mãos.

- Justo. Concordei, provando um pouco da comida. - Vejamos, não pode ser qualquer coisa, como vai dizer, não teria graça. Ele acena aceitando que tirei as palavras de sua boca. - Que tal esse, quando criança eu abusei sexualmente de uma mulher bêbada, até hoje me arrependo disso. Completo com uma careta fechada de desgosto.

- Por essa nem eu esperava, quem diria que você, aquele que fez três faculdades, passou em cinco concursos federais e deu aula foi um estuprador sem limites.

- Segredos só são segredos se forem bem guardados. Ditei deprimido e mexendo na comida. - Mas não foi pra isso que me chamou.

- Concordo, quando eles terminarem eu finalmente terei meu Tin de volta. Falou animado. E eu sorri de canto ainda encarando o prato.

- E eu meu Can...

AutumnOnde histórias criam vida. Descubra agora