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FAREWELLS

E aqui estou eu, indo para o trem e me despedindo da minha mãe e pegando minha bagagem com ela. As crianças estão sendo mandadas para longe do centro de Londres já que os bombardeios são muito perigosos. Aquilo me preocupava, quanto tempo iria durar? Eu ia ficar sozinha naquela casa? Me entretendo apenas com livros e um piano?

— Fica bem, minha filha... — disse minha mãe me abraçando.

— Eu irei, mamãe... vou sentir sua falta — eu disse me separando do abraço e olhando em seus olhos enquanto uma pequena lágrima era derramada de meus próprios olhos.

— Pense pelo lado bom, vai rever seu avô, vai ficar naquela casa imensa, e até ter seu quarto de novo! — ela falou tentando me animar.

— É... talvez não seja tão ruim assim... — eu murmuro reflexiva, eu adorava a casa do meu avô, apenas não gostava do sentimento de solidão que ela me trazia.

— Vá, minha filha, o mundo te espera! — ela se despede tristemente.

— Tá bom, eu te amo mãe. — eu digo.

— E eu também te amo, agora vai, vai, vai — ela falou me apressando e eu vou a caminho do trem.

Vejo quatro pessoas, provavelmente são parentes uns dos outros. O loiro, vou confessar, ele é bonito, estava me olhando, ele parece ter a minha idade.

É isso aí, nova aventura em um lugar que já tenho bastante conhecimento. Agora retornar para a casa do vovô vai ser ótimo, vai me distrair de todo esse assunto de guerra, é só uma pena que vou estar sozinha lá, só eu, vovô e dona Marta.

Será que o Ben vai estar lá?

Sinto falta do meu primo, parece que fazem séculos que não nos vemos! Quando, na verdade, fazem apenas alguns anos, mas a saudade só deixa tudo pior, só aumenta nossa percepção do tempo.


one of us- p. pevensie (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora