Capítulo 9 - "Um conto enigmático"

227 29 2
                                    

A primeira capa do profeta diária exibia uma foto minha de Draco e de Harry sendo carregados por Blasio e Hagrid para fora da floresta negra com Madam Pomfrey e a Diretora Minerva Mcgonagall logo atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


A primeira capa do profeta diária exibia uma foto minha de Draco e de Harry sendo carregados por Blasio e Hagrid para fora da floresta negra com Madam Pomfrey e a Diretora Minerva Mcgonagall logo atrás. A especulação da manchete acusava claramente Malfoy de ter causado o incidente, me colocando como vítima e Harry de salvador do dia. Como sempre Rita Skeeter cuspia merda nas nossas caras.

O que Blasio me falou sobre alguém estar tentando usar Harry para ferir Draco ficou como uma ideia permanente na minha cabeça me enchendo de raiva por não ter encontrado nada na clareira ontem que provasse essa teoria, não consegui pregar os olhos e os raios do sol começavam a iluminar o horizonte.

Foi involuntário queimar todo o jornal, a minha magia agitou-se e só não se espalhou por todo o quarto por que batidas leves soaram na minha porta. Sacudi as cinzas que mancharam as minhas mãos e fui receber a visita inesperada que acabou por ser Pansy Parkinson.

- E aí ruivo? - ela cumprimentou com um sorriso abalado.

Não consegui disfarçar o desgosto na minha expressão, não foi por mal, mas se não fosse por Hermione creio que nem mesmo a dirigiria um olhar, afinal foi Pansy que sem nem mesmo pensar duas vezes sugeriu entregar Harry a Valdemort para salvar a própria vida.

- Oi? respondi arqueando as sobrancelhas.

- Você parece melhor - os seus olhos vagavam em todas as direções nunca parando por muito tempo em mim.

- E estou.

- Bem... Hum... Você poderia visitar o Draco? - pude ver toda a sua ansiedade e como engoliu o orgulho cultivado por anos para me pedir um favor - Sei que não gosta da gente, mas ele está ferido e quer trocar uma ou duas palavras, então...

- Certo - respondi soltando um longo suspiro.

- Sério? - a sua voz Alegre e vitoriosa quase me fez mudar de ideia.

- Sim, tenho perguntas para fazer de qualquer forma - balancei os ombros então avancei para o corredor fechando a porta.

- Que ótimo! Vamos!

Pansy me puxou pelos corredores até a ala hospitalar me empurrando porta adentro e mandando um joinha para Draco e depois foi embora sem olhar para trás como se o livramento estivesse a esperando a quilómetros de distância de mim.

Draco me olhou encostado na cabeceira da cama, a sua pele ainda estava pálida e em baixo dos seus olhos agora ficavam manchas escuras por falta de sono assim como aquelas que pintavam o meu rosto.

Simplesmente lamentável, nunca na minha vida pensei que ficaria preocupado por essa doninha arrogante, mas surpreendentemente estava.

- Queria-me ver Malfoy? - perguntei sem me mover para perto, mostrando que de forma nenhuma queria estar aqui.

- Não tanto quando você pensa - a sua voz rangia por sua garganta, o esforço para falar era nítido.

- Ho? - era estranho o poder que Draco tinha para distorcer as situações, foi ele quem me chamou e mesmo assim agia como fosse um presente me dirigir a palavra.

- Como chegou até a clareira?

A sua curiosidade soava genuína, o fato de eu ter chegado lá parecia irreal e de certa forma um incomodo, como se não fosse por isso que ele continua a respirar nesse exato momento.

- Esbarrei sem querer.

- Um golpe de sorte? - a descrença tomou a sua voz, os seus olhos me acusavam de mentir e o seu sorriso sarcástico tirou de mim toda a compaixão que senti por seu estado debilitado.

- Principalmente para você, não acha? - respondi no mesmo tom sarcástico balançando os ombros e encostando-me na porta com preguiça de manter a compostura.

- Não tenho como discordar - os seus olhos desviaram para as feridas enfaixadas nos seus braços e abdómen, tremi com a lembrança do sangue escorrendo delas caindo como cascatas molhando a terra poeirenta da clareira.

- O que aconteceu lá? - as palavras saíram baixas e lentas por meus lábios, ele me ouviu seja pelo eco do grande salão que continha a enfermaria ou por sua excelente audição.

- Nós nos desentendemos - foi sua resposta final depois de um longo tempo em silêncio.

- Que medidas extremas para um conflito de opiniões - sorri para ele.

- O que posso dizer? Potter é muito intenso - a minha paciência se esgotou na mesma velocidade que ele se mexeu a o dar de ombros.

- Por que estou aqui Malfoy? Você não parece disposto a me contar a verdade, então não me culpe por não entender no qua raios estou gastando o meu tempo!

- Existe um conto trouxa sobre uma divindade que criou um imenso jardim. Nele várias criaturas viviam e uma em especial tinha o coração desse grande Deus, como em qualquer lugar nesse jardim havia regras e a mais severa de todas era nunca comer de uma certa árvore.

- A onde quer chegar? - grunhi sentindo as minhas bochechas esquentarem, quase me virando para sair.

- Apenas escute Wesley - ele me encarou, os seus olhos penetrantes puxando a minha total atenção - A criatura seguiu o seu criador por muito tempo até que em um dia fatídico uma cobra aconselhou que comece da árvore proibida prometendo todo o conhecimento do mundo assim que desse a primeira mordida.

- E então?

- Ela comeu, obteve o conhecimento sendo banida do jardim condenada a matar quem ama e trair a sua própria espécie.

- E onde exatamente isso tem a ver connosco?

- Nada realmente. Só achei a história hilariantemente semelhante. Afinal estávamos num jardim, o herói amado por todo o mundo desvendou a verdade sobre si mesmo e não vamos esquecer da cobra - disse apontando para si mesmo - a cobra é um fator importante na história, sem ela a criatura não descobriria a verdade.

- E qual é a verdade?

- Existe um mundo inteiro fora daquele jardim - os seus olhos fitaram os meus, sei que a muito escondido naquela frase que eu não pude decifrar e, na verdade creio que não cabe a mim, entender.

- você pode ir direto ao ponto? - levantei a sobrancelha com desprezo, só queria que aquela conversa chegasse ao fim sem mais desses rodeios intelectuais.

- Só estou tentando dizer que se você não tomar cuidado pode acabar se machucando, serpentes costumam dar bons conselhos.

Aquilo foi ele pedindo-me gentilmente para ficar de fora.

Mas que se dane o que o Draco Malfoy quer.

Mas que se dane o que o Draco Malfoy quer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um amor para Ronald WesleyOnde histórias criam vida. Descubra agora