O rosto de Blasio foi se aproximando do meu lentamente quero empurrar o seu corpo para longe, gritar para ele sair do meu quarto, bater a porta quando saísse e me jogar debaixo das minhas cobertas para sempre, mas ele continua se aproximando e eu continuo deixando.
Um forte arrepio subiu pela minha coluna assim que os nossos lábios se tocaram deslizando um sobre o outro, quentes e macios, a sua língua entrou na minha boca lambendo tudo por dentro deis do céu aos dentes se enrolando na minha.
Empurre.
Empurre ele bem forte.
Faça ele sair!
Ele está brincando com você!
Merlin estou enlouquecendo.
- Puta merda! - ouço a voz esganiçada da minha irmã gritar e o som da porta batendo.
Blasio se levanta rapidamente correndo para fora atrás de Giny tão rápido quanto um leopardo em busca do jantar que acabou de fugir.
Merlin estou perdido.
O que o papai vai dizer?
O que a mamãe vai pensar?
Sinto a minha garganta trancando com cada pergunta formada por minha mente paranoica o pânico embrulha o meu estômago e pesa o meu peito.
Céus! É tão difícil respirar!
Eu odeio tanto esse sentimento.
Eu devia ter o empurrado.
Gritado.
Socado.
Qualquer coisa!
Mas eu não deveria ter deixado ele me beijar!
- Calma Rony - Blasio diz se ajoelhando na minha frente acariciando os meus cabelos levando os fios para longe do meu rosto - está tudo bem, respire.
- A-a Giny ela - gaguejei tentando afasta-lo de mim.
- Ela concordou em não dizer nada - ele se coloca na mesma posição em que me segurou na clareira rodeando o meu corpo me fazendo afundar no seu peito.
- Jura? - sussurrei enquanto respirava o seu cheiro de hortelã.
- Sim.
Me concentrei na palma gelada acariciando a minha bochecha com os olhos fechados puxando o ar e soltando logo em seguida, com isso a dor sufocante no meu peito diminuiu e um alívio relaxou os meus músculos.
Santo Merlin eu não tive tempo para pensar nos meus pais e em como eles se sentiriam sobre isso, eu não sei nem como me sinto sobre isso!
- Está mais calmo? - levei a minha atenção até Blasio com as sobrancelhas franzidas - precisa de um copo de água?
- Não - suspirei balançando a cabeça - sinto muito por isso.
- Está tudo bem Rony, não me importo de te ajudar em cada uma das suas crises, seja elas causadas por tentativas de homicídios ou os meus beijos - ele sorriu de lado e diferente das outras vezes que eu vi esse sorriso zombeiro, hoje ele só me causou vergonha e felicidade se é que é possível sentir essas duas coisas ao mesmo tempo.
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Um amor para Ronald Wesley
RomanceEu me perdi em algum momento durante aquela detestável guerra. E essa é a história de quando resolvi me encontrar no amor. - Ronald Wasley.