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Sai da enfermaria sem saber o que fazer, essas novas informações que consegui trocando farpas com Draco só me levaram a mais um beco sem saída.
A única explicação para Malfoy ter chegado a clareira antes de nós é que ele sabia exatamente para onde Harry estava indo quando voou em direção a floresta negra e que também sabia por onde passar para chegar até ele.
E claro, não foi a primeira vez de nenhum dos dois indo até lá.
- Bom dia? - Saltei para fora dos meus pensamentos e percebi Blasio com uma de suas sobrancelhas levantada se aproximando pelo corredor, como sempre aparecendo do nada quase me causando um ataque cardíaco - Eu ia passar no seu quarto da qui a pouco, pensei que estaria dormindo. Veio visitar Draco?
- É, podemos chamar aquilo de "visita" - respondi esfregando meus olhos com cansaço, por mais que eu queira só cair em qual quer canto e dormir tenho certeza que não relaxaria o bastante para pegar no sono - O que tem para falar comigo tão cedo?
- Café da manhã no grande salão, prometi para Madame Pomfrey que ficaria de olho em você - ele abriu um sorriso desleixado que subiu até seus olhos, o mesmo tipo de sorriso que aparecia nos rostos idênticos de Fred e George quando inventavam uma nova traquinagem - Mas já que te encontrei mais cedo podemos fazer algo diferente.
Minhas bochechas queimaram e meu cérebro derreteu com a visão
- Diferente como?
Seu sorriso aumentou.
É, com certeza estou no meio de um ataque cardíaco.
- Vem comigo .
Eu não o entendo, uma hora ele está dormindo com outro cara e em outra ele está segurando minha mão pelos corredores de Howuarts até chegar em um beco sem saída com um quadro de frutas na parede.
- A cozinha? - Blasio cutucou uma das uvas e depois acariciou uma das pêras - Essa é sua ideia mirabolante?
- Sim! Você vai gostar.
- A é? - perguntei duvidoso - E como você descobriu essa passagem?
- Aquele mapa do maroto é bem útil quando se aprende a ler.
- O mapa do maroto? - quando foi que Harry, Hermione e eu começamos a dividir nossos maiores segredos com sonserinos peçonhentos?
- tive a oportunidade de dar uma olhada durante uma cessão de estudos na biblioteca.
A porta se abriu e uma cozinha enorme com vários elfos domésticos pulando para lá e para cá cozinhando se revelou magicamente. O cheiro dos temperos entrou por meu nariz relaxando meu corpo e forçando minha barriga a roncar por atenção.
- Senhor Zabini! - uma elfa doméstica apareceu, seus olhos grandes brilhavam com devoção - Precisa de alguma coisa de Dona senhor?
- Olá Dona - Blasio a comprimentou deixando tapinhas em sua cabeça - Pode me ceder um espaço? Quero preparar nosso café da manhã.
