Parte 12

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É porque ela me faz com que eu me sinta atraente. O modo como olha pra mim. jeito como fala comigo. Não me lembro de alguém já ter feito me sentir tão bonita quanto ela faz eu me sentir quando me olha. Como se precisasse de todo o autocontrole para manter a boca longe de mim. Seus olhos caem para meus lábios. Ela se inclina mais para perto, posso sentir o sabor do chiclete que está mascando. Hortelã.

Quero que ela me beije. Quero que me beije ainda mais do que ansiei que Hugo parasse de me beijar. E isso significa muita coisa. Mas, independentemente do que vai acontecer entre Villanelle e eu, sinto que deve começar com completa honestidade.

- Beijei Hugo. mais cedo. Antes de você chegar.

Minha confissão parece desencorajá-la.

- Imaginei.

coloco as mãos em volta de seu pescoço.

- eu só...... quero beijar você também. Mas é estranho, porque acabei de beijar outra pessoa. Gostaria de escovar os dentes primeiro.

Villanelle Ri. Amo sua risada. Ela se inclina e pressiona a testa contra minha têmpora, e meus joelhos travam. Seus lábios estão bem acima de minha orelha quando fala;

- Depressa, por favor.

Eu me desvencilho dela e disparo até o banheiro. Abro a gaveta pego a minha escova e pasta de dentes, como se tivesse em uma corrida contra o relógio. Minhas mãos tremem enquanto espremo a pasta na escova. Abro e começo a escovar os dentes furiosamente. Estou escovando a língua quado olho no espelho e vejo Villanelle entrar no banheiro atrás de mim. Rio com quão ridícula é aquela situação.

Não tinha beijado uma pessoa em seis meses. Agora estou escovando os dentes para me livrar dos germes de um enquanto outro espera na fila.

Villanelle parece se divertir com o absurdo do momento tanto quanto eu. Agora, está recostada na pia ao meu lado, assistindo enquanto eu cuspo a pasta de dente na pia na cuba. Lavo minha escova e então deixo de lado, pegando um copo de vidro vazio. Eu o encho com aguá, tomo um gole, bochechando até ter certeza de que minha boca está o mais limpa possível. cuspo a aguá Dessa vez, no entanto, apenas engulo, porque Villanelle pega o copo da minha mão e pousa na pia. Ela tira o chiclete da boca, jogando-o na lata de lixo, então usa a outra mão para segurar minha cabeça e nem mesmo pergunta se já estou pronta. Aproxima a boca da minha, segura e impaciente, como se os últimos sessenta segundos de preparação tivessem sido pura tortura.

No momento em que nossos lábios se tocaram, 'é como se uma brasa, queimando devagar por seis longos meses, finalmente explodisse em chamas.

Ela sequer se dá o trabalho de começar comum beijo lento, preliminar. Sua língua invade minha boca, como se tivesse entrado ali muitas vezes e soubesse exatamente o que fazer. Ela me gira até minhas costas encontrarem a pia, então me levanta, me senta no balcão do banheiro e sen encaixa entra minhas pernas, segurando minha bunda com as duas mãos e me pressionando cotra ela. Eu a abraço, envolvendo-a com as com as pernas. Tento me convencer de que não passei a vida toda ignorante de que esse tipo de beijo existia.

O modo como seus lábios se movem põe em duvida as habilidades de todos que veio antes de Villanelle.

Ela começa a aliviar a pressão, e me pego puxando-a para mim, não querendo que pare. Mas ela o faz. Lentamente. Então me dá um beijo no canto da boca antes de se afastar.

- Uau! murmuro. Abro os olhos, ela está me encarando.

Mas não olha para mim com o mesmo fascínio do que eu. Seu rosto exibe nítida expressão de abatimento.

Villanelle balança a cabeça devagar, os olhos se estreitando.

- Não acredito que você nunca me ligou. podíamos estar nos beijando assim há meses.

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