parte 5

176 23 7
                                    

Quando chegamos à porta, vincent abre para nós e nos encara como se pedisse desculpas com o olhar .Villanelle pega a carteira e dá um punhado de notas ao porteiro.

-Obrigado pelo número do apartamento-Agradece Villanelle.

Vincente assente e pega o dinheiro. Quando seus olhos encontraram os meus, estão nadando arrependimento.
Do lado de fora,paramos na calçada, atônitos. Será que o mundo parece diferente para Villanelle agora? Porque certamente parece para mim. O céu, as árvores, as pessoas passando por nós na calçada. Tudo está um pouco mais decepcionante do que antes de eu entrar no prédio de Niko.

- Quer que eu chame um táxi para você?- pergunta ela,por fim.
-vim de carro. Está aqui perto -digo para ela. Ela olha para o prédio atrás de nós.
-Quero dar um fora antes que ela desça.- Villanelle parece genuinamente preocupada, como se não pudesse encarAá-la nod momento.

Pelo menos Anna está tentando. Ela seguiu villanelle até o elevador, ao passo que Niko apenas voltou para o apartamento e fechou a porta.
Villanelle olha para mim de novo,com as mãos enfiadas nos bolsos.Aperto o meu casaco em volta do corpo. Não há muito o que dizer a não ser adeus.

-Adeus, villanelle.

Seu olhar é vago ,como se nem tivesse presente. Ela recua um passo . Dois passos . Então se vira e começa a andar na outra direção. Olho para o prédio no momento em que Anna irromppela porta.

Anna olha para esquerda, depois para a direita, esperando encontrar villanelle. Não a encontra. Apenas a mim . Será que ela sequer sabe quem sou? Será que Niko contou que iria se casar daqui a um mês? Será que ele falou que conversamos essa manhã,  e ele confessou que me ama mais que qualquer coisa nesse mundo, e não vê os segundos para me chamar de esposa? Será que ela sabe que , quando durmo em seu apartamento,  Niko se recusa a tomar banho sem mim? Será que ele disse que os lençóis onde foderam foram presentes de noivado da minha irmã?
Será que ela sabe que ele chorou quando eu aceitei seu pedido de casamento?

Ela não deve ter se dado conta disso ou não teria jogado gora um relacionamento com uma mulher que em uma hora me impressionou mais que Niko em quatro anos.

O Céu virou de ponta-cabeça. Assim como minha vida.
Há Uma hora, eu era noiva do homem por quem fui apaixonada durante quatro anos, agora não mais .ligo o limpador de para-brisas enquanto observo as pessoas procurarem abrigo. algumas delas correm para dentro do prédio de Niko, incluindo Anna.

A chuva cai do nada. Nenhum chuvisco  Para sinalizar o que estava por vir. O céu apenas em emborcou ,como um balde cheio de água, e gotas pesadas baterem com força contra minha janela. Eu me pergunto se Villanelle mora ali perto ou se ainda está caminhando. Aciona o pisca-alerta e saio da vaga de carros, passo pela frente do prédio de niko pela última vez.  Tomo a mesma direção escolhida por villanelle alguns minutos antes. Assim que dobra à esquerda, eu a vejo entrar em restaurante para ser obrigada a tempestade. Conquistadores. É um restaurante mexicano não sou fã dele, mas é perto do apartamento de Niko.
Um carro está saindo de uma vaga bem na frente do restaurante , então espero pacientemente e quanto Motorista manobra,em seguida estaciono. Salto do carro sem saber o que vou dizer a villanelle ao entrar.

Precisa de carona?
Quer companhia?

Que tal fazer sexo por vingança?

A quem quero enganar? A última coisa de que preciso nessa noite é fazer sexo por vingança. Não é para isso que a segui; espero que ela não presuma ser o caso quando me vir. Mas ainda não  sei  por que vim atrás dela. Talvez porque não queira ficar sozinha mais tarde, no silêncio.
Quando a porta se fecha atrás de mim e meus olhos se ajustam a iluminação suave do restaurante, vejo villanelle parada no bar. Ela está tirando o casaco molhado e colocando nas costas da cadeira quando me nota. Não parece chocada em me ver. Puxa a cadeira ao seu lado vom certeza de que vou me aproximar e me sentar.
Eu faço exatamente isso . Sento bem ao seu lado, e nenhuma de nós dis nada. Apenas nos solidarizamos em nosso infortúnio silencioso .

Todas as suas (im)perfeiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora