Quando ela saiu de casa disposta a falar com Enzo, esperava toda e qualquer recepção vinda da parte dele, afinal no dia anterior, ela o afrontou na frente de toda cidade e ele obviamente estava puto consigo, com certa razão, afinal,ele era uma autoridade policial e ela o desacatou em público. Bonnie só se dera conta da loucura que fez no dia seguinte, poderia estar atrás das grades a essa hora, Deus foi misericordioso consigo. Mas ela não se importava muito se o ego de Enzo estava ferido, ele era um troglodita, soberbo, mereceu ouvir umas verdades. Ela só estava naquela delegacia porque uma parte racional de si pedia, porque ela sabia que deveria por desencargo de consciência pedir desculpa, por ter se exaltado ontem. Bonnie, nem passou por Sarah que estava de secretária naquela manhã, e foi diretamente falar com o delegado, afinal, se fosse avisada que queria falar com ele, o homem se negaria recebê-la em sua sala, então, ela aproveitou que a mulher estava atarefada com algumas pessoas no balcão e invadiu a sala do moreno, mas acabou se retraindo ao notar que ele não estava só, uma loira -muito bonita por sinal- lhe fazia companhia. A jornalista franziu o cenho, não sabia se voltava, ou se dava prosseguimento ao que foi fazer. Ela decidiu arriscar, seria agora ou nunca.
- Atrapalho?- indagou a baixinha em meio a um sorriso presunçoso. Um bom disfarce para mascarar todo seu nervosismo. Tinha medo dele chutá-la como um cachorro sarnento de sua sala.
Ele a encarou vermelho como um camarão, com certeza estava acontecendo algo entre eles.
"Ele disfarçava muito mal." Bonnie pensou consigo.
- Nã-Não. - ele disse meio confuso.- Mas... por que... por que você não foi anunciada?- os olhos dele fitaram ela piscando consecutivamente.
-Ah! Eu vou demitir aquela imprestável da Sarah- bradou irritado.
- Por favor, não, não faça isso. A culpa é toda minha... eu invadi sua sala por vontade própria. – deu de ombros enquanto entrava por completo na sala.
‐ Sarah, está atarefada não me viu entrar. Não a culpe. - Bonnie saiu em defesa da funcionária.
- Bom, agora entendo porque a urgência de um bom pelotão de policiais neste distrito, se qualquer um entra... qualquer um sai.- a loira enfim disse algo.
Bonnie a encarou desacreditada, ela estava lhe chamando de "qualquer um"? Que petulante.
- Olha aqui. - a jornalista se exaltou, mas a mulher nem sequer a permitiu concluir seu manifesto.
- Bom, estou de saída. Com licença, delegado.
- Toda cabo. – ele curvou a cabeça como quem tentava disfarçar algo e foi até sua mesa.
Bonnie ficou mais intrigada.
- Então a arrogante é a substituta do Tyler? Meu Deus! Que bela dupla.– ela ironiza.
- Você é sempre tão inconveniente... - ele disse baixinho, mas ela o escutou.
- O que?
- Anda, diga logo o que deseja, Bonnie? – ele a olhou de relance.
- Te convidar para um almoço. – ela disparou tão rápido e assertivo quanto uma bala de canhão.
- Como assim? – ele de cenho franzido a encarou cético.
- É isso mesmo que ouviu, quero que almoce comigo. Agora.- ela disse.
- Como agora, Bonnie? Eu estou ocupado não está vendo?
-Quero dizer, hoje – ela corrigiu-se - Na hora do almoço. Daqui há três horas. - ela checou a hora no relógio.
- Não. – ele foi ríspido e direto.
- Como não? – disse desacreditada.
- Não posso, não tenho tempo para almoçar. Estou atarefado. - ele desviou seus olhos dela, puxou a cadeira e sentou-se.
-Era só isso? - ele fixou sua atenção no notebook, ignorando totalmente a presença da jornalista.
- Está mentindo descaradamente- ela começou indignada - Você apenas está me punindo por eu ter o afrontado em público ontem, mas saiba que eu estava disposta a me corrigir, mas agora única coisa que desejo é que vá a merda, Lorenzo. – Bonnie se alterou, e a passos firmes saiu da sala indo para o mais longe possível dele.
Enzo era um idiota, soberbo, autoritário, alguém que não valia a pena insisti. O poder lhe subiu à cabeça e ele se tornou um verdadeiro déspota. A tal comandante era também uma Idiota, rude, soberba. E Damon? Com certeza ele era o primeiro da lista dos "embustes."
Só agora, após eles terem dado um tempo, ele decidira lhe valorizar, até que flores lhe enviou, obviamente que as flores não eram as suas favoritas.
Ela estava cercada de idiotas.
Antes que ligasse o veículo e partisse para o mais distante dali, uma mão forte segurou-lhe pelo pulso, chocando seu corpo contra o do indivíduo.
Péssima abordagem.
Mas que merda! ela conhecia bem aquele cheiro, o toque...
- O que é Damon? – ela bufou
- Vem cá - sussurrou aproximando bem seus corpos -me deixa consertar as coisas ...- ele pediu contra os lábios dela.
- Não. – ela se afastou dele.
- Bonnie, por favor... vamos para casa comigo. Podemos ajeitar tudo entre nós. – disse em tom de súplica.
-Não Damon. Não insiste. – ela tirou a mão dele de seu pulso.
- Assim você me machuca.- ele exprimiu levando sua mão ao peito esquerdo dele.
- Ohhhh! Não me digam. Não faz ideia do quanto já me machucou, Damon Salvatore. Isso é fichinha. Agora me deixa. - ela o empurrou, lhe deu as costas, e voltou a abrir a porta do carro.
- O que você estava fazendo na delegacia?- indagou e Bonnie abruptamente o encarou novamente, lhe lançando um olhar assassino.
- Veio visitar seu ex-colega de escola? Que meigo! Me lembro bem o quanto você se importava com ele desde de dez anos atrás. Ta arrependida de ter dito umas verdades para ele em minha defesa não é? - acusou o empresário.
- Vai pro inferno- ela esbravejou.
Em situações como as que acabou de vivenciar, ela desejava odiar homens e nunca mais conseguir se relacionar com nenhum deles. Era incrível a capacidade que eles tinham de decepcioná-la e irritá-la. Bonnie entrou em seu carro e pisou fundo no acelerador, precisava enfiar a cabeça no trabalho e esquecer de tudo que acabara de acontecer em um pequeno espaço de tempo.
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Imprensa (Bonenzo)
FanficEnzo e Bonnie se conhecem desde o colegial. Ele era um menino esquisito e antisscocial, enquanto Damon era o bonitão e melhor amigo de Bonnie, uma das garotas mais populares da escola. Há cerca de 10 foi anos atrás. Atualmente Lorenzo voltou par...