Capítulo XXI

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Voltei !!
Boa leitura 😚

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Bonnie carregava consigo naquela manhã, uma passagem, uma pequena bolsa de viagem, muita determinação e pouquíssima esperança.
Como planejado, ela havia se encontrado com o amigo Josh que prontamente ajudou-a a rastrear o destino exato de Damon. Que ao contrário do que havia lhe dito não fora para Dallas, seu verdadeiro destino era Nova York. 
Damon era um tremendo mentiroso. Estava descaradamente fazendo-a de trouxa, sabe-se Deus a quanto tempo.
 Bonnie estava decidida, não importava o preço que tivesse de pagar, ia desmascará-lo. Ela estava exausta de toda aquela situação. Das mentiras e do descaramento dele.

Com um beijo no rosto, ela se despediu do amigo, que lhe desejou sorte. A jornalista tentava se manter firme, embora uma sensação ruim se abateu sobre ela. 
Angustiada, ela caminhou pelo saguão do aeroporto até o portão de embarque, depois seguiu rumo ao avião. Seria aquela a segunda vez que andava naquele pássaro de ferro e metal. Sentiu um calafrio  agonizante na barriga. A ansiedade a consumindo e a corroendo de dentro para fora.  Quando achou sua poltrona, sentou-se temerosa. Os músculos enrijecidos e  as mãos suando. 
Repetia para si que daria  tudo certo, mas estava difícil se convencer disso. Quando o avião decolou, uma turbulência balançou todos seus órgãos internamente e ela quase vomitou. Bonnie apertou bastante o cinto e segurou nos braços da poltrona. Até que os poucos foi regulando a respiração intensa.

Cansada e com a cabeça a mil, ela bem que tentou relaxar um pouco conforme se acostumava com a descolagem. Queria que aqueles pensamentos conturbados e frenéticos se esvaissem, mas não conseguia pensar menos na hipótese de Damon está lhe  traindo após tudo que viveram. Eles tinham uma história juntos, que espécie de covarde, mau caráter ele seria em fazer isso com alguém que todo esse tempo nada lhe deu além de apoio e respeito? Era inconcebível de aceitar.
Eram tantas  informações para assimilar.
 Descobriu minutos atrás que Damon não apenas viajava constantemente para Nova York como tinha um apartamento em Manhattan, adquirido a pouco mais de seis meses. Bonnie ficou extremamente abalada com aquelas informações, quando seu amigo, investigador e detetive contou-lhe. 

Assim passou toda a viagem  inquieta. Ora ou outra cochilava, mas não descansou nada. Quando o avião pousou no aeroporto LaGuardia, ela se apressou para  pegar um táxi rumo ao centro de Manhattan.  Informou o endereço ao taxista e eles seguiram viagem. 
Por mais bela que Nova York fosse e por  mais que um dia sonhasse em explorar todos os pontos turísticos da famosa cidade, ela não tinha a menor empolgação no momento. Bonnie fora ali com uma missão. E nem os arranha céus, a time square, a agitação e o clima de metrópole, lhe distraíram naquele momento.  

"Kweet Nine" era o nome do edifício de classe média alta, construído duas ruas depois da principal avenida do centro de Nova York. E era nele que seu noivo se escondia.

 Ao descer do táxi, ela pagou o motorista e encarou admirada o edifício. Um calafrio atravessou-lhe a coluna enviando uma dorzinha por toda espinha. O estômago parecia oco e a pulsação estava acelerada. Bonnie reuniu forças, respirou fundo e empurrou a  porta envidraçada. No pátio da da recepção ela caminhou  em direção  a um  gentil recepcionista que perguntou-lhe no que poderia ajudá-la. Bonnie informou o número do apartamento e ele confirmou o nome do morador, e como esperado, era  Damon Salvatore,  o seu noivo.

Ela tentou convencê-lo a subir até  o apartamento sem ser anunciada, porque iria fazer uma surpresa ao amado, mas o funcionário se recusou. Então ela tentou novamente dando mil motivos para  subir sem ser anunciada, mas ele resistiu e ameaçou chamar a polícia se ela continuasse insistindo.

Frustrada e nervosa, Bonnie retribuiu  a ameaça. Com os  olhos verdes cheios de lágrimas, misto de raiva e afiliação. 

-Olha aqui, - principiou ela em tom ameaçador-se você não me deixar subir, eu juro que faço um escândalo nesse pátio. E quando eu falo em escândalo, falo de gritos, berros e o diabo a quatro. Eu não estou brincando. Eu vou berrar  para os quatro cantos que meu noivo está trancado aqui com uma vadia, até chamar atenção de todos. Até todo prédio me ouvir. E você vai se arrepender amargamente de não ter me permitido subir e resolver isso de pacífica. A decisão é sua.  O que você me diz?- murmurou irritada. 

Imprensa  (Bonenzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora