Capítulo XVIII

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Voltei com atualização por aqui!

Pra quem não sabe minhas histórias tão disponíveis e são mais atualizadas na rede vizinha, a verdinha 💚

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Uma semana depois...

Bonnie sentia que os dias se passavam lenta e pesadamente.

Sentada com o notebook sobre as pernas, ela dedicava sua atenção às pesquisas que precisava fazer para poder escrever o bendito artigo, o qual tinha que  submeter dentro de alguns dias. Sua rotina estava difícil de suportar, não apenas por causa de  todo trabalho que envolvia seguir o cronograma de estudos densos, o jornal, a redação e tudo mais... ela ainda tinha que lidar com Damon e sua infantilidade. O noivo estava mais escorregadio que sabonete molhado. Ele evitava a todo custo falar sobre a recente descoberta. Era como se não  falar do problema implicasse no seu desaparecimento. O que não era verdade. Lily queria ver Damon, ela  deixou isso claro todas as vezes que encontrou com Bonnie nos últimos dias. Eles precisavam se resolver. E ela tinha que intermediar a situação. Bonnie estava cansada de tentar.

Ainda para piorar seus dilemas, Rude estava ausente de casa havia horas. Ela estava morrendo de preocupação, se perguntava por onde ele andava.  Rudy nunca fora homem de passar tanto tempo assim fora de casa. Ele estava muito estranho desde que decidiu se tornar um atleta e começar a namorar a tal de Elizabeth. Mais que ciúmes, Bonnie  sentia daquilo tudo. Ela temia perder seu maior companheiro. Ele era tudo para ela.

A jornalista morria de medo que algo de ruim tivesse acontecido a ele.

Ela estava sem concentração e ânimo para prosseguir com seu texto. Fechou o notebook e  colocou-o no espaço do sofá, pegando o celular ela tentou novamente se conectar com o velho teimoso, mas só dava caixa postal. Ansiosa, Bonnie andava de um lado a outro da sala. Se em  dez  minutos, ele não chegasse, iria acionar a polícia. Não importava, iria  do Oiapoque ao Chuí atrás dele. Seu coração estava comprimido no peito e as mãos suavam. Sentia que algo de ruim estava prestes a acontecer. Por mais que tentasse controlar, só tinha pensamentos ruins.

Quando batidas ecoaram da porta, subitamente ela correu para atender.

Era ele.

Só podia ser ele.

Bonnie abriu a porta com coração prestes a sair pela boca de ansiedade, tinha um  sorriso alegre no rosto, que vacilou quando do outro lado, Rudy apareceu amparado por um xerife bem fardado, cujo os ombros seguravam o braço do ex-prefeito.  A cabeça estava curvada tal como a postura desengonçada. Ele falava embolado e o cheiro de álcool podia ser sentido a metros de distância.

O que diabos tinha acontecido com ele?

-Pai? ‐ ela o chamou, com a voz cheia de preocupação. - O que aconteceu?

  - Onde é o quarto dele? - Enzo perguntou, entrando no hall da sala. Confusa, ela fechou a porta e alcançou-os em seguida.

  -  O que houve com ele?-   examinou o pai que estava ridiculamente alcoolizado.  Fazia anos  que não o via naquele estado. Rudy evitava beber porque já tivera problemas com álcool, ele tinha praticamente horror ao cheiro de bebida alcoólica, mas de repente embriagou-se.

  Ela não sabia se o abraçava ou se puxava sua orelha. Estava dividida entre a decepção de ver ele naquele estado e, a preocupação acerca do motivo que o levou ao precipício  novamente.

  - Ele só precisa de um banho frio e  descanso.

  - Onde o encontrou? - ela perguntou enquanto conduzia Enzo até o quarto  do ex-prefeito.

Imprensa  (Bonenzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora