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oi! :)

antes do capítulo novo quero falar duas coisas com vocês:

1 - muito obrigada pelos 80K de leituras em medicine <3 fico sempre muito feliz de ter vocês comigo por aqui, de coração.

2 - me desculpem pelo sumiço, eu realmente não sabia como escrever um capítulo novo a essa altura do andamento da estória (portanto, me desculpem se esse estiver uma porcaria!), a cabeça as vezes dá um branco. 

enfim, obrigada por não desistirem de mim! 

espero que gostem!

eu volto em um piscar de olhos — sério. 

com carinho,

A.

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Louis teve várias fases esquisitas durante sua gestação, e atribuía toda a culpa a enxurrada de hormônios malucos que haviam se acomodado dentro de si — assim como o seu filhotinho, que ainda estava perfeitamente acomodado, mesmo estando grande ao ponto de quase rasgar a barriga de seu papai ômega toda vez que girava dentro da mesma.

Mas, de todos os comportamentos peculiares de Tomlinson, o dos últimos dias estava sendo o mais desafiador para Harry.

O ômega havia chegado a conclusão de que ninguém poderia chegar perto de sua barriga, nem mesmo o alfa — que o entendia e respeitava, é claro, mas que estava sentindo falta de interagir com o seu filhote. 

Louis havia decidido também que aquele era o melhor momento para montar um ninho misturando suas roupas, as de Harry e as do bebê. Mesmo que a barriga dele estivesse grande o suficiente para ele não enxergar mais os seus pés, ou seja, Styles tinha que estar sempre atento ao ômega, porquê muitas vezes ele não conseguia levantar-se sozinho e simplesmente chorava por horas ao invés de pedir ajuda.

Nos dois últimos dias, o alfa deitava na cama acompanhado do ômega pela noite, dava-lhe um beijo de boa noite e acariciava a barriga alheia — quando lhe era permitido. Mas, ao amanhecer, acordava sozinho na cama enorme, abraçando um travesseiro. 

E então, ao procurar Louis, encontrava-o deitado no ninho que ele havia feito com tanto esmero e cuidado, dormindo completamente sem roupas e com o corpo quase todo curvado em volta da própria barriga — como se tentasse protegê-la até mesmo ao dormir.

O alfa era um médico, ele sabia que aquilo era um sinal de que o filhote estava prestes a nascer. E saber disso não o acalmava em nada, para ser sincero.

Obviamente, tudo já estava pronto para a chegada do bebê. O quarto estava finalizado — com as paredes pintadas de um tom de azul claro e nuvens brancas desenhadas, móveis de cor bege espalhados por todo o local, um berço aconchegante e até mesmo uma pelúcia em formato de um belo lobo branco de olhos azuis esverdeados. Tudo dentro daquele cômodo transmitia paz e calmaria.

Mas Harry não estava calmo, ele estava uma pilha de nervos. Pensando a todo tempo no bem estar de seu ômega e de seu filhote, mandando cerca de cinquenta mensagens por dia para a dra. Hadid fazendo perguntas que ele já sabia a resposta, apenas para se certificar de que tudo daria certo.

O alfa também estava ansioso para pegar seu filho no colo pela primeira vez, sentir o seu cheiro e conhecer seu rostinho. 

Ele  não imaginava que ficaria tão tenso conforme a data do parto de aproximasse, mas estava. E um filme passava pela sua cabeça a todo tempo. 

Todas as noites antes de dormir ele se lembrava da primeira vez que havia visto Louis em sua frente, pensava na forma que o cheiro do ômega confundira absolutamente todos os seus sentidos. Lembrava também do dia que descobriu que o ômega estava grávido, algo estranho aconteceu dentro dele aconteceu naquele dia. 

E então pensava em como havia se tornado pai de uma hora para a outra, completamente sem planejar ou esperar, ele apenas sabia que aquele era o seu ômega e que ele estava carregando o seu filhote.

Até ali, havia sido uma jornada e tanto. Mas quando o alfa parava para pensar em tudo isso, ele sentia dentro de seu coração que Louis havia aparecido em seu caminho na hora exata. 

Eles haviam sido feitos para se encontrarem. 

Era loucura pensar em como o coração de Styles disparou na primeira vez que ele botou seus olhos verdes sobre Tomlinson — e mais ainda constatar que ele ainda disparava da mesma forma até hoje.

Apesar de ansioso e preocupado, o alfa sabia que havia tomado a decisão correta ao formar sua família com o ômega de olhos azuis. Eles poderiam até passar por alguns estresses, mas Harry sabia que se ao fim de todas as noites ele tivesse Louis ao seu lado, tudo ficaria bem.


─ Não seja tão teimoso, ômega. - Harry falou com a voz grossa, fazendo o menor revirar os olhos. 

─ Eu consigo sozinho. - Louis bradou, suas bochechas estavam vermelhas e sua franja começava a ensopar de suor devido ao esforço para calçar um par de meias.

O alfa decidiu dar uns passos para trás e cruzar os braços, esperando que o outro finalmente cedesse e permitisse ser ajudado.

O ômega bufou umas três vezes, dando o máximo de si para conseguir tornar seus pés quentinhos com uma meia vermelha com bolinhas brancas — mas sua barriga enorme não o permitia alcançá-los.

─ Alfa, você pretende me ajudar em algum momento? - Louis perguntou irritado.

─ É claro, meu amor. - Harry respondeu, esforçando-se para não sorrir, e ajoelhou na frente do ômega e prontamente calçando as meias nos pés alheios — finalizando com um beijo em cada um.

─ Obrigado. - Louis agradeceu, sorrindo carinhosamente na direção do outro a sua frente.

Ômega teimoso e lindo. - Harry respondeu, esticando-se para beijar suavemente os lábios rosados do menor — fazendo-o sorrir um pouco mais.


─ Meu filho, não chute tão forte a barriga do meu ômega ou você vai se meter em encrenca comigo. - o alfa sussurrou contra a pela de Louis, com seus lábios fartos colados ali, o que fazia as palavras soarem engraçadas. 

Naquela noite, o ômega havia cedido e deixado Styles tocar em sua barriga. Na verdade, ele quase que implorou pelo toque, e ronronou algumas vezes quando o alfa o atendeu.

─ Não fale assim com o meu filhote. - Tomlinson disse, repreendendo o alfa com um sorriso satisfeito em seu rosto.

O bebê estava chutando feito um artilheiro, era possível ver o formato de seu pezinho minúsculo esticando a pele da barriga do ômega. Vez ou outra, Louis emitia um chiado de dor, quando o chute era direcionado a sua costela ou algum outro órgão — mas ele amava aquela sensação.

─ Ele vai sair daí em breve, ômega, precisa saber desde já que eu sou bravo. - Harry disse, franzindo as sobrancelhas ao sentir um dos chutes contra sua bochecha. 

─ Você não é bravo, alfa. - Tomlinson respondeu rindo, porquê sinceramente, aquela havia sido a coisa mais engraçada que ele já havia escutado.

─ Sim, eu sou. - o alfa contestou.

─ Certo, tudo bem, você é... Um alfa muito bravo, uau. - o ômega concordou, ainda sorrindo.

Harry era tão bobo.


Conforme a noite foi ficando mais escura e mais fria, o filhote foi se acalmando e Styles conseguiu convencer Louis a dormir na cama. 

O ômega aconchegou-se feliz dentro dos braços fortes do alfa, sentindo o cheiro forte do mesmo por todo o cômodo, fazendo-o relaxar instantaneamente.

Os dois dormiram calmamente, seus corações batendo em sincronia e suas respirações no mesmo ritmo. 

Quase como se ambos fossem um só, mesmo que fossem dois — e, muito em breve, três.

MEDICINE | L.S - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora