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oi! :)

medicine bateu 70K de leituras.

muito, muito, MUITO obrigada! <3 

eu escrevo aqui com muito carinho e é sempre muito legal saber que vocês gostam do que a minha cabecinha maluca inventa/imagina. de coração.

esse capítulo estava pronto aqui, e eu não sei guardar por muito tempo... portanto: espero que gostem de ler do mesmo tanto que eu gostei de escrever.

com carinho,
A.

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Louis havia atingido o seu limite. 

Harry era um alfa bonito, isso era inquestionável. E, veja bem, Luke não era feio — apesar de Tomlinson achar que era incabível comparar os dois, mas quando o ômega saía com o ex, não era exaustivo a maneira com que todos ao redor viravam a cabeça para vê-lo passar. 

Com Styles era assim. 

Todas as atendentes de lojas — fossem ômegas ou betas, faltavam cair em cima do alfa. Por vezes, até mesmo alfas suspiravam olhando para o outro. Mesmo que Louis estivesse bem ali, ao seu lado, com o braço alheio ao redor de seus ombros, enquanto o casal estava em busca de artigos infantis para o quarto de seu filhote. 

Harry era sempre muito respeitoso, os olhos verdes estavam sempre fixos em seu ômega — disso Tomlinson não poderia reclamar. Mas de todas as outras pessoas babando por seu alfa, ele reclamaria.

Então, em um momento específico — em que um atendente ômega, do cheiro bastante enjoativo, não conseguia falar com Styles sem tocá-lo no ombro ou qualquer outra parte do braço, provavelmente desejando tocá-lo em outros lugares, Louis apenas cansou-se daquela palhaçada. 

─ Com licença, qual o seu nome mesmo? - Tomlinson perguntou com a voz rouca e séria.

─ Johnny. - o outro ômega respondeu, olhando-o surpreso, porquê até aquele momento Louis havia permanecido calado o tempo todo.

─ Certo, Johnny, gostaria de te falar duas coisas. - o ômega de olhos azuis disse, com voz extremamente doce dessa vez — chegando a soar falsa.

Harry encarava-o com os olhos arregalados, tentando conter um sorriso disfarçadamente. Nunca havia visto Louis daquela forma.

─ Pois não?! - o atendente esperou que Tomlinson prosseguisse.

─ Em primeiro lugar, tire as patas de cima do meu alfa. Caso não tenha percebido, estou carregando um filhote e ele é o pai. É absolutamente desrespeitoso e desnecessário o fato de você não conseguir olhar pra ele sem babar, mesmo na minha presença — e soa muito desesperado você ficar tocando em alguém que não lhe pertence e que claramente não te deu ousadia para tal ato. - Louis disse baixo, praticamente sussurrando, porém sua voz não falhou em nenhum momento.

Quem visse tal cena de longe não entenderia o que estava acontecendo ali, e agora Harry estava definitivamente tendo que dar tudo de si para não gargalhar — porquê seu ômega era tão pequeno, lindo e delicado... Mas estava apavorando o desconhecido naquele momento.

O rapaz, Johnny, deu um passo para trás. O pobre coitado agora estava pálido feito uma folha de papel.

─ Em segundo lugar, não vamos comprar nada nessa loja, e eu sinto muito por você — duplamente. Porquê você vai ficar sem o alfa, obviamente, e também sem uma gorjeta daquelas. - Tomlinson finalizou, dando as costas para o atendente, que permaneceu estático.

Harry deu de ombros, olhando para o outro com pena, mas seguindo Louis sem nem pensar.

Ômega lindo e ciumento. - o alfa disse, sorrindo pequeno, assim que alcançou o outro. Passando o braço por seus ombros mais uma vez, arrastando seu nariz pela bochecha alheia e liberando um tanto razoável de seus feromônios — na tentativa de acalmá-lo.


Mobiliar um quarto de bebê não era fácil, Louis podia confirmar aquilo. Ainda mais quando seu filhote é teimoso — mesmo antes de nascer, a ponto de não abrir as pernas em nenhum ultrassom para que confirmassem se ele é menino ou menina.

Harry havia decidido que o quarto seria como um céu, as paredes eram azuis bem clarinho e haviam nuvens brancas espalhadas por todo o espaço. Estava lindo, de verdade, e com o fim da obra, eles estavam em busca de comprar os móveis.

Louis havia alcançado a marca de oito meses de gestação, ou seja, eles tinham pouco mais de um mês até o nascimento do filhote — e o ômega estava desesperado. 

Styles, por sua vez, estava animado para conhecer seu filhotinho. Ele tinha certeza que Arlo iria jogar futebol com ele, e eles andariam de bicicleta por todo o bairro, e cuidariam — por cuidar, lê-se perturbar o juízo — de Louis juntos. 

A doutora Hadid podia dizer que não tinha como saberem o sexo, porquê o bebê não colaborava... No entanto, o alfa sabia

O bolão do sexo do filhote Tomlinson-Styles estava acumulado em dois votos para menino, de Zayn e de Harry. Um voto para menina, de Taylor. E um voto em branco, de Louis. 

A cada loja em que eles entravam, Harry dava um jeito de procurar algum artigo de futebol. E o ômega sempre ficava preso em todos os artigos de balé, imaginando uma menininha com o cabelo parecido com o seu e os olhos de seu alfa, andando para cima e para baixo com uma sainha de tutu.

Portanto, era certo de que o filhote já tinha um de cada. Styles havia comprado um uniforme da seleção da Inglaterra, com direito a camiseta, calça, e touca — tudo no menor tamanho possível. E Tomlinson havia comprado um collant cor de rosa e um tutu do mesmo tom, porém cheio de purpurina. 

─ Não se preocupe, amor, se o Arlo não gostar de rosa, nós mandaremos fazer uma roupinha de balé com o brasão da Inglaterra. - foi o que o alfa disse sobre a escolha do ômega — como se fosse certeza que o filhote era menino e também que ele seria maníaco pela seleção, assim como o seu papai alfa. 

Louis não suportava Harry Styles. Apesar de amá-lo incondicionalmente.


No fim daquele dia, o ômega estava exausto. Sua barriga estava pesando uma tonelada, e seus pés eram pequenos demais para suportar todo aquele peso — e eles haviam andado por horas.

Havia valido a pena, no entanto. Apesar de todo o estresse, as coisas do filhote estavam todas compradas. 

Móveis e artigos de decoração para o quartinho. Algumas roupinhas. Fraldas. E muitas outras coisas que o bebê não usaria ainda por ser tão pequeno, mas que Harry não havia resistido e comprado mesmo assim.

O alfa surpreendia Louis — todo dia um pouco mais. 

Ele era tão cuidadoso e babão, fazia massagem nas costas e nos pés do ômega, que vivia cansado nessa reta final de gestação. 

Aguentava todas as mudanças de humor, sempre fazendo o possível para entender cada uma das situações. 

Atendia todos os desejos de grávido que Louis tinha — todos mesmo, sem reclamar.

E todas as noites, imprescindivelmente, o alfa conversava com o filhote. Colava seus lábios, carnudos, cor-de-rosa e macios, contra a barriga do ômega e falava por horas, contava o quanto o amava e o quão ansioso estava para conhecê-lo. E nesses momentos o bebê se mexia tanto, que Louis ficava assustado — com medo do pequeno nascer ali mesmo.

O filhote ainda não havia nascido, mas o ômega já sabia que Harry seria o papai favorito... E pra ele estava tudo bem, porquê aquele alfa bobo também era a sua pessoa favorita do mundo todo.

MEDICINE | L.S - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora