Capítulo 11 - Ricky Doente

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Pov Ricky

Acordei com uma dor imensa no corpo. Minha pele estava quente. Minha garganta doía. Meu nariz estava entupido. É, eu estava doente. Era difícil até para levantar da cama. Chamei meu pai e ele mediu minha temperatura.

- 38.4°, isso não é muito bom - meu pai disse preocupado - Se não fosse o projeto, eu faltaria para ficar com você, mas não posso.

- Relaxa pai, eu vou ficar bem aqui, sozinho. E qualquer coisa eu posso te ligar, ou em último caso, ligar para algum amigo.

- Tem certeza? - perguntou apreensivo.

- Tenho - sorri fraco.

- Tudo bem, mas você vai ter que ficar lá no sofá da sala, assim você fica perto da cozinha e da porta.

Assenti com a cabeça. Peguei meu travesseiro, me enrolei no meu cobertor e desci as escadas. Meu pai pegou meu celular, meu videogame, caso eu quisesse jogar, meu notebook e meu violão. Tudo o que eu precisava. Antes de sair, o mais velho deixou perto de mim o termômetro, alguns remédios que eu deveria tomar caso eu piorasse, uma garrafa d'água, e preparou meu café da manhã. Ele então me deu um beijo na testa e saiu. Eu o amava mais do que tudo. Meu pai sempre fez de tudo por mim, e esteve comigo nas horas que mais precisei, e sei que sempre vou poder contar com ele, para tudo...

Quebra no Tempo...

Por que eu fui inventar de ficar sozinho? Se passou uma hora desde que meu pai saiu e eu não estou mais aguentando. Além do tédio, a dor no corpo aumentou. Eu poderia ligar para a Nini, para ela vir ficar comigo, mas não estamos no melhor momento. Desde o dia que o vídeo da música dela lançou, todos ficam correndo atrás dela para elogiá-la, e até pedir autógrafos, enquanto ela me esquece completamente. Fora os comentários que estão fazendo ao meu respeito. Falam que eu fico a prendendo, e que eu obrigo ela a ser quem não é, mas isso é mentira! Fui cortado de meus pensamentos com o barulho da campainha. A princípio eu iria ficar em silêncio, e fingir que não tem ninguém em casa, mas eu precisava de uma companhia. Então, ainda no sofá, gritei:

- Quem é?

- Sou eu, o E.J. - respondeu o garoto do outro lado da porta.

E.J.! Ele não poderia ter vindo em uma hora melhor! Tentei fazer força para levantar do sofá, mas falhei miseravelmente. Eu tinha que atender a porta, mas era impossível, já que eu não conseguia me levantar.

- Ricky? Tá aí? - perguntou depois de quase um minuto.

- O-oi, pode entrar, a porta tá aberta - respondi rapidamente.

A porta se abriu, revelando o Caswell. Não pude evitar um sorriso escapar ao vê-lo. Entretanto, eu não poderia obrigá-lo a passar o dia comigo. Nós nos aproximamos bastante, mas não quero que ele pense que tem que fazer tudo por mim.

- E aí, como você tá? - perguntou se sentando na beira do sofá.

- Não muito bem - respondi.

- Aconteceu algo? - perguntou preocupado.

- Eu acordei me sentindo mal hoje. Febre, dor no corpo, dor de garganta...

- E você tá sozinho aqui?

- É, meu pai não pôde faltar no serviço hoje, então eu fiquei aqui sozinho. Mas não precisa se preocupar em ficar aqui comigo não, eu já tô até melhor.

Depois Daquela Conversa - CaswenOnde histórias criam vida. Descubra agora