Pov E.J.
Cheguei em casa e fui falar com o meu pai, assim como Ricky sugeriu. Se eu realmente quero ser uma pessoa melhor, não posso aceitar essa proposta. Encontrei o homem no escritório, olhando alguns papéis.
- Pai - falei chamando sua atenção - Precisamos conversar. Eu não vou para a Duke.
- Hã? Por quê? - perguntou.
- Olha, não me leve a mal, mas eu tô tentando mudar. Eu tô tentando ser uma pessoa melhor. E... não posso aceitar essa vaga. Me desculpa.
Abaixei a cabeça, esperando que ele brigasse comigo, mas... ele veio até mim e me abraçou. Fiquei um tanto quanto surpreso e o abracei de volta.
- Eu tenho muito orgulho de você filho! Eu entendo. Irei avisar ao colégio sobre sua decisão.
- Obrigado pai - separamos um abraço.
- Foi até bom você ter vindo mais cedo para casa hoje.
- Por quê?
- Se esqueceu E.J.? Sua mãe e eu vamos viajar a negócios.
- Verdade! Mas cadê minha mãe?
- Já está no aeroporto. Agora preciso ir. Tchau filho! - me abraçou novamente.
- Tchau pai, se cuida. Manda um beijo para a minha mãe.
- Pode deixar.
Logo que ele saiu, o silêncio se fez presente na casa. Ficar sozinho tinha seu lado bom, mas ficar tempo demais só, é horrível. Meus pais viviam viajando à negócios, e desde meus 14 anos, passo esse tempo em casa, sem ninguém comigo. Eu até poderia ligar para o Ricky, e pedir que ele dormisse comigo, pelo menos uma noite, mas acho melhor não incomodar... Fui até meu quarto, peguei uma muda de roupas limpas e fui tomar banho.
Quebra no Tempo...
Saí do banheiro e desci as escadas. No relógio marcavam 7 da noite, e eu ainda não estava com fome, mas eu deveria comer algo. Entretanto, quando fui preparar algo para comer, ouvi a campainha tocar. Quem deveria ser?
- Ricky? - falei ao abrir a porta - O que tá fazendo aqui?
- E-eu posso entrar? - perguntou com a voz embargada.
- Claro.
Dei espaço para que o garoto entrasse e o levei até a sala de estar. Olhei em seus olhos, que estavam vermelhos. Ele estava chorando? Isso explicaria o motivo de eu ter achado sua voz estranha. Me sentei de frente para ele e perguntei:
- Aconteceu alguma coisa? - ele assentiu com a cabeça - O quê?
- A Nini terminou comigo - disse o garoto voltando a chorar.
Me levantei, caminhei até o sofá que o cacheado estava e me sentei ao seu lado. Eu sabia a dor que ele estava sentindo. Eu já tinha passado por isso no semestre passado, e sei como dói. Abracei ele e deixei que deitasse a cabeça no meu ombro.
- Vai ficar tudo bem, Rick! Eu prometo - falei tentando acalmá-lo.
- Como você sabe?
- Eu já passei por isso antes. Uma hora essa dor passa e você se acostuma.
- E.J., posso passar a noite aqui? - perguntou olhando nos meus olhos.
- Claro! Meus pais foram viajar a negócios, e estou sozinho em casa. Vai ser bom ter a sua companhia.
- Obrigado - falou enxugando as lágrimas - Então você não conseguiu falar com o seu pai?
- Na verdade eu consegui sim. Antes que ele saísse.
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Depois Daquela Conversa - Caswen
Teen FictionNo dia dos namorados E.J. Caswell, o garoto mais popular da East High, se sentia só, já que pela primeira vez estava solteiro naquela data. Ao perceber que seu colega do clube de teatro estava para baixo, Ricky tenta animá-lo, levando-o até em casa...