Capítulo 13

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Anely James Jackson
Mansão Jackson, Roma
18 de julho de 2017 • 01:13

 Paro em frente a porta. As luzes estão acesas e daqui consigo ouvir os gritinhos e risadas. Meus amores estão em casa, isso quer dizer que vamos passar a noite toda assistindo a filmes!

 Olho para a minha esquerda, Michael sempre anda a minha esquerda... Mas, ele não me acompanhou? Viro-me. Ele ainda esta perto do carro onde o deixei! Abro um sorriso e coloco às duas mãos na cintura

 Warren esta correndo na direção de Michael, direciono meu olhar para atrás dele... Deus! É Nick! Ele está apontando uma arma na direção de Michael. Sinto uma dor sem igual no meu peito

— SENHOR JACKSON! — Wayne grita para Michael. Um disparo. Deus. Ele dispara várias vezes. Warren chega até Michael e o joga no chão. Ele se deita sobre Michael para o proteger com o próprio corpo

 Corro o máximo que consigo em direção a Michael. Nick continua disparando sem parar. A cada disparo sinto parte de mim, sair do meu corpo de forma dolorosa!

 — NÃO! NICK NÃO! — Nick anda em direção a eles lentamente com sua arma em punho — MICHAEL! MICHAEL! — grito mais e mais. Tem tanto sangue. Deus!

 Finalmente chego até eles. Debruço-me sobre Warren que esta sobre o corpo do meu marido. Com o puro pavor estampado em minha face olho para Nick que apenas me disfere um olhar frio

— POR FAVOR! ESSE HOMEM É PAI DOS MEUS NOVE FILHOS! NICK PELO AMOR DE DEUS! — grito para ele que enfia a mão direita no bolso e tira mais balas. Ele abre, as coloca calmamente e logo após aponta a arma para mim

— Você é uma maldita mentirosa! Eu não roubei você! Aquele dinheiro era meu! — diz firmemente — Se não fosse por mim, quem você seria? — ele diz entre dentes — Eu te fiz mulher! Eu mereço uma parte de tudo o que você tem! — abaixo as vistas

— Não, Nicolas, eu disse não. Naquele dia eu disse não — sussurro. Uma lagrima desce por meus olhos graças a lembrança infeliz que tentei apagar por anos. Em nossa última noite juntos, Nicolas decidiu que seria mais interessante abusar de mim 

— Você disse, mas eu vi que estava gostando! Sempre foi uma puta! — respiro fundo — Anely James Barkoff! Sua mamãe sabe que você era uma puta e que manchava o nome dela? Barkoff! — ele diz com desdém

— Eu nunca manchei o nome dela! Ser sugar baby não é prostituição é uma troca! — digo baixinho para ele que ri alto

— Devia se envergonhar de falar assim, isso não é profissão, não é coisa de mulher de verdade! Olha só para você! Agora só usa roupas caras, o perfume é o mais caro e os sapatos também. Mas, toda essa riqueza não esconde sua podridão Anely! Vadia inútil! Você nunca me serviu para nada! Por isso fui embora! — fecho meus olhos com força. Procuro dentro de mim a calma para lidar com essa situação sem levar uma bala, meus filhos precisam de mim e Michael também

— Eu sei — sussurro. Dói dizer isso, dói admitir. Mas, é verdade. Nunca servi para ele porque, ele queria uma garota comum. Uma dama. Tentou me mudar como se eu fosse um projeto, uma boneca. Mas, não. Jamais! Essa sou eu, se não gostou vaza

— Que bom que você sabe! Vadia! — ele realmente pensa que esta me ofendendo? Ele sem dúvida não me conhece mesmo — Você sente saudade? A nossa última noite sim, foi uma boa — abro meus olhos lentamente

— Nick, vá embora! — digo baixinho para ele que ri mais alto — Nicolas, vá! — digo entre dentes para ele que se aproxima mais. Se agacha ao meu lado e me encara friamente

 Viro meu rosto devagar para ele. Aproximo meu rosto do dele de forma cautelosa. Olho para a boca dele como se eu realmente o quisesse. O idiota se aproxima também. Com os lábios bem próximo dos meus ele suspira. O imbecil estava falando idiotices esse tempo todo porque dói o fato de eu ter escolhido ser uma dama em partes, por Michael e não por ele!

 Lentamente levo minha mão até suas calças. Desço um pouco mais. Ele fecha os olhos. Ele está usando uma calça fina que deixa suas bolas bem soltas o que é maravilhoso... Apalpo suas bolas e logo após eu aperto. Aperto com toda a força que tenho. Ele mal consegue gritar

 A dor é tanta que ele apenas desmaia caindo ao meu lado esquerdo com a arma na mão direita. Wayne acompanhado por vários seguranças finalmente chegam. Eles tiram Warren de cima de Michael. Warren recebeu três disparos. Esta desacordado assim como Michael

 Meu Michael esta coberto de sangue, mas, esta respirando. Wayne corro para Michael e o tira do chão. O carrega até um carro ao longe porque o nosso esta toro alvejado. Os acompanho. Abro a porta de trás. Wayne entra com ele. Corro para o lado do motorista e pego a direção

 Ajusto o espelho para eu poder ver meu Michael. Meu amor... ele está sangrando tanto. Não pode me deixar Michael. Não pode. O que vai ser de mim sem você meu amor?

Hospital Hichello, Roma
02:52

 Sentada na sala de preparação para cirurgia de transplante, apenas encaro a porta branca da sala. Estou usando uma roupinha confortável e explicita do hospital. Minha aliança foi retirada do meu dedo e agora estou recebendo algo na veia 

 Foram doze disparos. Sete das doze balas atingiram Michael e Warren. Quatro atingiram Michael e três atingiram Warren. Por sorte chegamos bem rápido. Warren já saiu da cirurgia. Esta muito bem. Michael já saiu da cirurgia também. Ainda não tive a permissão de ir ver ele

 Michael esta relativamente bem. Nenhuma das três balas atingiram pontos importantes, mas, a quarta atingiu seu figado. Agora Michael, vai passar por outra cirurgia daqui a pouco e eu, vou doar um pedaço do meu figado para ele. Assim como já doei cartilagem e outras tantas coisas

 Estou pedindo a Deus que Katherine não venha ao hospital até a cirurgia ser feita porque eu venho me segurando há anos. Se ela vier com esse papo religioso de não poder doar nada para o filho dela porque é contra as crenças dela, juro que ela vai escutar coisas que nunca pensou que ouviria na vida!

— Já esta tudo certo! Ele está preparado! — o médico diz enquanto entra no quarto e se aproxima — Senhora Jackson, a rapidez do socorro foi vital! Graças a isso seu marido esta vivo, eu como um grande fã lhe agradeço imensamente! — sua voz embarga — Agora, estou indo antes que eu chore na frente da senhora! — ele ri e se afasta

— Vamos lá? — a médica pergunta em um tom doce e meigo. Aceno positivamente. Vou até à maca que tem ao lado da minha cama e me deito. Ela retira a agulha que estava em meu braço e logo após joga um lençol por mim e com a ajuda de alguns enfermeiros empurra a maca em direção a porta que esta aberta.

Altivez O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora