Capítulo 51

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Anely James Jackson
Rancho Neverland, Los Olivos
14 de maio de 2020, 12:52

— Isso é impossível Michael, se não fosse por esse acidente da Amy eu só voltaria para a Califórnia no dia 27, você sabe disso foi o que nós combinamos! — digo enquanto pego o celular dele e vejo as mensagens

Anely
Amor, estou voltando para casa 
no dia 14, me encontre na residência
de Daniel em Los Angeles, a
casa será só nossa por um dia
inteiro para matarmos a saudade!

— Eu não mandei isso! — faço uma careta — E eu não chamo mais meu pai pelo nome há muito tempo! Sem contar que eu mandaria "para eu matar a saudade do seu pênis" — olho para ele que está me olhando como se dissesse "tá doida minha filha?" — Olha, toma! — digo pegando meu celular dos seios e entregando para ele — Abre nossas conversas, eu não te mandei isso ontem!

 Michael como um bom desconfiado que sempre foi, abre o aplicativo de mensagem e em seguida entra em nossas conversas. Não tem nada de ontem, nem mesmo o boa noite que mandei antes de começar a festa do pijama com meu pai e as minhas irmãs

— Ninguém tocou no meu celular, ele não sai de perto de mim — digo espantada para ele que coloca meu celular em cima da cômoda perto da parede, pega o celular dele que está na minha mão e coloca ao lado do dele

 Michael pega minha mão e me guia até o closet. Fecha a porta e me leva bem para o fundo onde fica seus antigos figurinos de show. Puxa-me para que eu me sente no chão ao lado dele

— Quais são as chances de o tal Alexander ou até mesmo o, tal do Nicolas ter contratado um hacker para invadir seu celular? — pergunta baixinho — Você nunca mudou seu número Anely, assim fica muito fácil!

— O pior é que tem realmente todas as chances porque além de ter esse fato de eu não ter mudado o número, ele tem dinheiro e quem tem dinheiro consegue o que quer, independente do que seja. Principalmente ele que não tem nenhum escrúpulo! — cochicho

— Então nos nossos celulares além de ter serviços do governo nós espionando ainda tem seu ex problemático! — ele cruza os braços e encara a porta do closet que está há uns trinta passos de onde estamos

— Eu nunca tive nada com ele, sempre foi um bom amigo, pelo menos acreditei ser! — ele revira os olhos como Amy quando não está acreditando em algo que estão lhe dizendo — Estou falando sério! Nunca tive nada com ele, e se tivesse acontecido eu não teria nenhum problema em dizer!

— Claro que teria, você nunca fala de nenhum cara do seu passado! Nunca falou! — cruzo os braços para ele que arqueio a sobrancelha novamente

— Nem você Michael! — faço uma careta — Nenhum de nós falamos de passado porque o importante para nós dois é exatamente o presente!

— Você tem toda razão, me desculpe — suspira dramaticamente — Se nunca teve nada com ele porque toda essa obsessão?

— Exatamente por isso, para um homem quando algo é difícil ele simplesmente transforma aquilo em um objetivo de vida. Porém, quando tudo o que se faz falha, o objetivo de vida se torna um alvo, agora Alexander quer me matar porque não conseguiu me comer! — ele me olha surpreso como se finalmente houvesse entendido

— POR ISSO! — abre um sorriso — Agora eu entendo! — ele cruza os braços — Nossa, mas o que faremos? Ainda não nos deram nenhuma pista do porque o anel de Joana não está com ela no caixão dela!

— Entreguei o anel para Petra, assim que ela tiver alguma novidade vai nos contar! — me inclino para frente e me deito no chão. Michael faz o mesmo se deitando ao meu lado no chão de madeira escura

— Ótimo, temos um invasor no seu celular e possivelmente algo na linha telefônica. Como vamos trocar tudo sem levantar suspeitas? — suspira e fixa seu olhar para o teto — Anely — chama a minha atenção com uma voz séria — Quando instalamos uma câmera aqui? Olho na mesma direção que ele. No teto tem uma luz vermelha piscando incessantemente — Ele invadiu e instalou? Tem chances de ele estar aqui? — pergunta confuso.

 Ainda olhando a luz vermelha piscar freneticamente tento descobrir como essa câmera ficou aí por tanto tempo sem notarmos

— Acredito que tem algo haver com Petra, ela morou aqui por muitos anos era a casa dela e ela tem uma certa paranoia por segurança! — digo a Michael que se permite respirar aliviado

— Vou ligar para Petra do novo telefone da cabeceira, preciso saber o que é isso se não, nem vou dormir hoje! — fala enquanto se levanta e corre para fora do quarto. Vou até à escadinha que temos no quarto para alcançar as roupas na parte de cima das prateleiras

 Subo na escada até o topo dela. Se eu ficar na ponta do pé eu consigo tocar o teto. Fico nas pontas dos dedos. Passo a ponta do dedo pela luz, isso não é uma câmera é um sensor de movimento ou de presença

 Devagar desço da escada. Ando em direção a porta. Saio. Olho em direção a luz, ela se apagou. É um sensor de presença. Pelo que eu sei, um sensor de presença é bem mais sensível do que um sensor de movimento!

— O que foi? — Michael pergunta ao se aproximar, aponto para dentro e ele se posiciona ao meu lado e olha para o mesmo lugar

— É um sensor de presença — sussurro para ele que parece estranhar — O quê? — pergunto a ele que suspira

— Tem sensor de movimento nas escadas, na adega para que as crianças não apareçam por lá sem ficarmos sabendo e só. Petra me disse agora que não tem nada dentro do nosso quarto, ela assim como eu sempre fui muito medrosa e achava que podiam nos espionar até com um sensor desses! — o que está sem dúvida acontecendo

— Então mandaremos alguém averiguar tudo, vamos aproveitar que as crianças estão com minha tia e meu pai — ele assente — Se tiver alguma câmera aqui, sem dúvida a pessoa tem material para uns trinta filmes pornos e ainda ganhará uma grana porque olha, amor, o seu pau viu! — começo a bater palma para suavizar o clima que estava pesado. Ele começa a gargalhar lindamente.

Altivez O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora