Por mais inspirador ou emocionante que fosse aquele discurso da mestiça, nenhum deles tinha certeza sobre o propósito de seu nascimento, e mesmo que realmente fosse esse, estavam prontos?
— Mas... Eri-chan... Isso não é arriscado demais? — Kaminari se demonstrou preocupado, também gostava dela afinal.
— Vai levar um tempo... — Murmurou em resposta. — Para ter certeza de que nenhum de nós dois vai se machucar durante o processo eu preciso de um ou dois dias... E vou precisar de ajuda. — Eri precisava de uma lista com alguns utensílios médicos e outras coisas que passou a ditar enquanto já se planejavam para realizar a troca de maldições.
Já que Bakugou era o único capaz de deixar o palácio em segurança, enquanto os outros arrumavam um dos quartos das torres para concluir o ritual, ele saiu em busca das coisas que precisavam.
O hospital mais próximo ficava na cidade vizinha, depois das montanhas, mas por sorte, na província mais próxima do castelo existia uma unidade de saúde muito bem equipada.
Deixando pra trás apenas um bilhete prometendo que pagaria pelo que levou, não foi nada difícil de invadir o local durante a noite e sair de lá tranquilamente com uma mochila cheia nas costas.
Independentemente das coisas que precisava fazer, os moradores dos vilarejos mais próximos já conheceram o "jovem" alfa que estava guerreando bravamente por aí. Todos acabaram se mobilizando e ajudaram com esconderijo e comida enquanto o grupo de Izuku passava pelos vilarejos em direção ao castelo, desviando dos militares.
Muitos deles viram Katsuki lutando para protegê-los quando os soldados invadiram suas casas sem se importar com suas vidas.
No fim, nenhum cidadão sequer correu riscos graves justamente por causa das estratégias de Bakugou, que sempre puxou suas batalhas para zonas inabitadas.
Daquele lado do mapa, quase todo mundo já o conhecia e estavam todos ao seu lado. Era quase engraçado contemplar novamente como sua presença imponente influenciava aquele povo, Katsuki até sentiu um pouco de saudade da época em que governou como o rei daquelas terras. Todos pareciam ter herdado no sangue a lealdade de seus súditos que viveram naquele mesmo lugar mais de dois mil anos no passado.
De volta para o castelo, o alfa subiu rápido para se encontrar com os outros e ajudou no restante dos preparativos.
A troca funcionava como uma transfusão de sangue, mas ambos os doadores precisavam fazer alguns símbolos rúnicos pelo próprio corpo, como num ritual convencional onde desenham símbolos tribais em partes específicas da pele.
A regra principal era que precisavam começar a troca exatamente ao mesmo tempo, mas além disso, o sangue de ambos precisava ser passado diretamente de uma veia para a outra, o que significa que um dos dois sentiria uma dor insuportável até aceitar um sangue incompatível com o próprio organismo... Eri.
— Não importa qual seu tipo sanguíneo. — Ela sorriu, voando rapidamente pelo cômodo enquanto carregava algumas coisas de um lado para o outro.
— Mas o seu importa! Tenho certeza que você não vai suportar receber uma quantidade tão grande de um tipo sanguíneo incompatível! Isso pode te matar! — Nem por um segundo Izuku parou de tentar encontrar maneiras de contestar a garotinha.
— Eu só preciso me concentrar na purificação. — Deu de ombros. Mais do que ninguém, ela sabia o quanto ia doer. — Como metade de mim ainda é anjo, isso significa que todas as minhas habilidades curativas purificam qualquer tipo de enfermidade. O seu sangue se tornará meu pouco tempo depois de entrar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
『 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐀𝐥𝐩𝐡𝐚 』
Fiksi Penggemar↳ 𝙋𝙧𝙤𝙢𝙞𝙨𝙚𝙙 𝙩𝙤 𝘼𝙡𝙥𝙝𝙖 ; Em mais um de seus dias cheios, o aventureiro Izuku Midoriya andou por trilhas desconhecidas e se perdeu em meio a floresta, invadindo - mesmo que sem querer - o território do mais temido Alfa do país. F...