『 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐀𝐥𝐩𝐡𝐚 』

CAPÍTULO 1:

ATENÇÃO:
Antes que comecem a leitura, devo esclarecer que: essa parte da história não precisa ser lida por aqueles que se satisfazem com o final onde o casal protagonista é separado pela morte. Para os mais simplistas e que preferem uma boa e triste história, Promised to Alpha acaba ali mesmo. Agora, para quem tem curiosidade de como seria a vida dos dois milhares de anos depois do ocorrido, essa continuação servirá muito bem para que possam distrair um pouco a mente, e principalmente se divertir. O teor é um pouco mais dinâmico e cômico, e se vocês gostam da ideia, vão enfrente! É como um slice of life nos tempos modernos. Mas caso prefira a versão anterior, então sua jornada como leitor de Promised to Alpha acabou no capítulo 10. Independente de sua escolha, desde já, agradeço.
[leiam a nota da autora nos comentários, no final do capítulo]

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1

      O inverno estava acabando mas os dias ainda permaneciam levemente nublados e gélidos, era um clima bastante normal para aquela região, e isso não incomodava nenhum dos dois novatos na cidade. O ar era poluído o suficiente para incomodar o desacostumado Katsuki, um alfa puro que não tinha o mesmo pulmão resistente que Kirishima, —este que nasceu adaptado para viver entre enxofre e cinzas, num calor extremo e escaldante. Não era lá um grande problema, mas era desconfortável ficar espirrando com frequência.

— Céus, que droga viemos fazer aqui? — Resmungou pela décima terceira vez desde que chegaram naquilo que chamavam de Apaato (アパート). — Esse lugar é minúsculo. — A construção padronizada desse tipo de imóvel consiste em dois andares com vários pequenos apartamentos, com uma escada exterior lateral para subir aos que ficam acima. — Se você tinha tanto dinheiro porquê não comprou algo maior? — Subia aquela escada atrás do ruivo, que procurava a chave nos bolsos.

— Maior? O que você queria? Um castelo?

— Sim. Eu queria um castelo.

— Pare de reclamar, não podemos comprar um castelo a menos que você queira chamar atenção e ser descoberto. E outra coisa, eu demorei quase uma semana para trazer tudo para cá, não me faça ter que carregar tudo de volta! — Aquilo era um sermão. Sim. Já era corriqueiro dar sermões no seu amigo, e agora, esse tipo de coisa ficaria ainda mais recorrente.

— Blah blah blah... — Quando o outro abriu a porta, Katsuki arregalou os olhos vendo a bagunça naqueles poucos metros quadrados visíveis. Haviam sacolas de compras por todos os lados, caixas lacradas de eletrodomésticos que o ruivo achava necessário e outras coisas mais.

      Os dois ficaram horas organizando toda aquela bagunça, arrastando as coisas de um lado para o outro, guardando roupas e ajeitando os cômodos. Não chegou a ser cansativo, mas, Katsuki achava tudo aquilo uma verdadeira perda de tempo. A única coisa que o fez continuar ajudando até o fim, foi o sorriso idiota na cara do mais novo, que ouvia alguma coisa com fones nos ouvidos e andava cantarolando de um lado para o outro. Ele se adaptou muito melhor às tecnologias, tanto que estava sempre com um aparelho celular no bolso, mas de qualquer forma, aquilo não era do interesse de Bakugou.
Ambos terminaram todas aquelas tarefas e enquanto o loiro estava jogado sobre o sofá, Kirishima tomava banho, ele adorava a sensação da água quase fervendo passando pelo seu corpo, então não economizava muito.

     Por algum motivo, os sentidos do alfa aguçaram, e ele olhou para a porta, atento. Alguns segundos depois a campainha tocou e ele se levantou imediatamente. Conseguiu farejar o aroma de um ômega, junto com um outro cheiro desconhecido, mas bastante chamativo.
Ele andou lentamente até aquela porta de madeira escura, e abriu-a lentamente. Era apenas um ômega macho, de estatura mediana, que pulou de susto quando viu íris vermelhas e brilhantes na sua frente, ele tinha um pacote nas mãos, que quase deixou cair, ouvindo um rosnado alto e vibrante, acompanhado de caninos afiados.
Eles se encaravam, como caçador e presa. O menor pensava como era possível existir um alfa com uma presença tão forte quanto aquela.