CAPÍTULO 29:

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— Você disse um mês, no máximo!!! — Vociferou enraivecido, ao mesmo tempo que usava uma barra de ferro para desviar e desferir alguns ataques no meio de algumas dezenas de soldados.

— Mas, você ainda não perdeu. — Cumprimentou, batendo as asas mais para cima daquele amontoado de cadetes inexperientes. — Onde eles estão agora??

— Até parece que eu vou te dizer! — Virou o rosto para desviar-se de um projétil, e agarrou outro entre os dedos. — Me ajuda aqui primeiro e eu te levo antes que chegue o próximo esquadrão. — Com um peteleco certeiro, Bakugou mandou aquela bala de volta para um dos homens, acertando em cheio num ponto não-vital. — Eri! Se mexe! — Num pulo de quase dois metros, puxou a criança pelo calcanhar, tirando-a da frente de mais um dos tiros que vinham das armas mais longes, mas antes que pudesse aterrisar, depois de soltá-la no ar, foi atingido no antebraço.

— Foi mal! — Virou o olhar para aquele restante de homens que se dividiam entre cuidar dos feridos e fugir do inimigo, que obviamente era forte demais.

— Se não for ajudar, não atrapalha. — Vociferou mais uma vez, puxando aquele projétil do antebraço com os dentes ao mesmo tempo que, com a outra mão lançava a mesma barra de ferro de antes noutros dois militares.

Depois de correr na direção oposta, chamando a atenção dos soldados para seu próprio acampamento nas montanhas, Katsuki os despistou quando já estavam cansados e sem forças para lutar.

Eri conseguiu ajudar confundindo-os entre as grandes árvores e mantendo certa distância com fortes correntes de vento que podia fazer usando suas grandes asas.

— Você está bem?? — Inocentemente a garota tinha uma expressão preocupada e aflita. Pelo que parecia, aquela batalha já estava acontecendo a pelo menos dois dias, sem tréguas.

— Sabe com quem tá' falando, pirralha? É claro que eu tô' bem. — Rangeu os dentes, caminhando ao lado da menina. — Você demorou pra' caralho, o que aconteceu?

— Eu tive uns problemas na execução do plano... — Fazia dois meses desde a última vez que estiveram juntos, e mesmo que Katsuki tivesse pausas curtas entre um confronto e outro, já estava mantendo os soldados ocupados há um mês e pouco mais. — Mas eu voltei, é isso que importa!

— É, depois que Kaminari ganhou uma cicatriz no meio da cara. — Resmungou limpando o sangue seco das mãos e do rosto.

— O quê?!! Ele está bem!??

— Um mês atrás eles chegaram de surpresa com atiradores de longa distância... Minha sorte foi ter conseguido puxá-lo no momento exato. Teria sido fatal. — Bateu as mãos nas roupas, levantando poeira. — Desde então Kirishima ficou responsável por cuidar deles, mas ainda não foi preciso deixar a cidade.

— Não acha que eles estão subestimando você?? — Pensativa, apressou os passos curtos para acompanhar o maior, caminhando pelo chão ao lado dele. — Quer dizer, eles poderiam mandar helicópteros com metralhadoras mas estão mandando grupos de soldados inexperientes. Será que estão pensando que uma hora conseguirão passar por você?

— Eles sabem que mandar tanques de guerra ou helicópteros só vai dar prejuízo. — É verdade. Além de quebrar o sigilo da operação, eles sabiam com certeza que Katsuki era capaz de afundar um navio inteiro com as próprias mãos.

— Então estão tentando te vencer no cansaço? Isso não é uma estratégia muito boa... — Com as bochechas meio infladas, ela cruza os braços. — Você não vai perder, né?

— Não dessa vez.

No começo, Kirishima correu com os outros dois para um dos lugares onde poderiam se esconder e tratar dos ferimentos de Kaminari enquanto Katsuki cuidava dos perigos maiores como os atiradores de elite.

『 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐀𝐥𝐩𝐡𝐚 』 Onde histórias criam vida. Descubra agora