8° Capítulo

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Já tinha se passado uma semana que o Wei Ying acordava às cinco, ia para o escritório do rei e ficava lá até a hora do almoço. Depois de sair do escritório, ele ia para o trabalho e permanecia lá pelo resto do dia. Após mais uma vez ser acordado por Wen Ning, (que por falar nele já está bem recuperado, mas voltando o foco para o Wei) o ômega fez sua higiene pessoal e foi como sempre para o escritório do rei, embora algumas vezes tenha tentado fugir, mas de alguma forma o Lan sempre o encontrava e o levava para continuar copiando. Mais um dia se passou, e Wei Ying estava copiando já fazia uma hora sem parar, o que já era uma grande vitória.

— Vossa majestade — disse tentando chamar atenção do rei, mas sem resposta.

— Majestade — sem resposta de novo.

— Jovem mestre Lan — tentou novamente.

— Lan Wangji… Lan Zhan — depois de falar isso, automaticamente o mais velho o encarou com um olhar de choque quase imperceptível.
 
— O que você disse? — disse ainda em choque, mas sem transparecer para o Wei.

— Desculpa, eu tentei te chamar antes, mas você não me respondeu — disse com um pouco de medo do que o Lan possa fazer,  já que ele é o rei.

— Ridículo.

O ômega não sabia o que aquele "Hm" de sempre significava, mas ainda assim não entendeu se era sim ou não. Ele deu um sorriso malicioso enquanto olhava para o rei, que nem percebeu que o Wei estava tramando algo para conseguir sair daquele castigo chato.

— Lan Zhan — falou com a voz manhosa e arrastada para deixar o rei irritado, o que pareceu funcionar porque ele tencionou o maxilar — Olha... se você quiser... pode me chamar de Wei Ying. Só meus amigos me chamam assim e você pode me chamar assim também.

— Está bem, Wei Ying — por algum motivo que o mais novo não sabe qual, algo dentro dele nunca gostou tanto de ouvir seu nome saindo da boca de alguém, mas não revelou isso.

— Já está na hora do almoço. Posso ir ?— perguntou com uma carinha de anjo,  como se não tivesse nada a esconder, e saiu correndo quando viu o alfa fazer um aceno de cabeça, que quase passou despercebido pelo Wei.

O rei deu graças aos deuses pelo ômega ter saído,  já que estava quase tendo um ataque cardíaco. Só pela simples menção de seu nome de nascimento sendo pronunciado pela voz melodiosa do ômega, ele já sabia que só iria sossegar seu coração, que jurava ser de gelo, na próxima reencarnação.

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Já estava de noite quando o príncipe ômega terminou todas suas tarefas e foi para o quarto de Mo XuanYu para pedir emprestado um livro erótico, já que esse daí pode até ser mais quieto, mas não quer dizer que não saiba se divertir. Depois de pegar o livro ele foi para o quarto, visto que seu dia foi bem cheio.

— Boa noite, Wen Ning — falou com um grande sorriso.

— Com todo respeito, mestre Wei, mas o que está tramando? — perguntou, depois de se transformar em um humano.

— Eu? Nada! Por que está pensando isso de mim, Wen Ning? — disse, todo fingido.

— Por nada, apenas tome cuidado — comentou já sabendo como é seu mestre, mesmo com pouco tempo de convivência.

— Por que todo mundo me trata como se eu fosse uma criança de cinco anos? — perguntou com os braços cruzados e fazendo um biquinho.

— Não tenho ideia — ironizou com um pequeno sorriso, mas muito fofo.

— Aiiiii você é tão fofo, Wen Ning! Tenho vontade de guardar você num potinho! — disse, já avançando no alfa e apertando suas bochechas.

— Obrigado, mestre Wei — respondeu com as bochechas rosadas pelo recente aperto.

Os dois ficaram conversando sobre coisas triviais até o sono bater e irem dormir.

— Boa noite, Wen Ning.

— Boa noite, mestre Wei.

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No dia seguinte, Wei Ying já estava pronto para ir para o escritório do rei. Passou na cozinha, comeu alguns bolinhos, bebeu um suco de laranja e foi para o escritório logo em seguida. Quando chegou lá, ele entrou e se sentou.

— Bom dia, Lan Zhan — disse, já começando a copiar.

— Bom dia, Wei Ying — falou, com a orelha vermelha.

Mesmo que o rei achasse estranho o ômega ficar copiando sem falar nada, o que deixou o alfa chateado porque ele está acostumado a ficar ouvindo o outro falar até pelos cotovelos, ele percebeu que gosta de o ouvir tagarelando.

— Espera, eu gosto? — pensou, observando o Wei escrevendo, e voltou o olhar para o livro — É eu gosto, e isso parece ridículo.

Quando estava quase na hora do almoço, o posto de álcool ambulante resolveu agir.

— Ah Lan Zhan, antes de ir queria te dar isso — entrega uma folha com um desenho do Lan.

Em um momento de distração, o alfa largou o livro fechado na mesa e se concentrou no desenho que o mais novo fez, ele ficou impressionado pelo Wei ser ótimo em pinturas, mas voltando ao príncipe. O ômega conseguiu o que queria. Quando o rei olhou, deu de cara com uma cena bem quente, para não dizer outra coisa, levantou rápido, suas orelhas ficaram vermelhas. Ele tentou se acalmar, mas não deu muito certo.

— O que foi, Lan Zhan? Vai me dizer que nunca viu um livro assim? — disse entre risadas, vendo o outro não responder a pergunta — Você nunca leu mesmo? Então como teve criatividade para fazer o A-Yuan?

— Saia daqui! — falou em um tom grosseiro.

— Tá bom, mas primeiro vou pegar meu livro — ele não conseguiu pegar o bendito livro, já que na mesma hora o rei pegou uma parte dele, mas o Wei também tinha pego a outra parte.

— Por que quer o livro, Lan Zhan? — perguntou, com uma cara maliciosa no rosto.

— Solte. O. Livro — disse entre dentes, quase perdendo o autocontrole.

— Ele não é seu… — Foi interrompido pelo alfa, que deu um puxão e jogou o livro para o alto e num movimento rápido, ele lançou sua espada e cortou o livro em vários pedacinhos — Eu nem tinha terminado de ler — falou com o rosto um pouco cabisbaixo.

— Saia agora! — disse, segurando o cabo da espada com força.

— Não precisa mais repetir.

Assim que saiu do escritório, foi para a cozinha almoçar.

Continua…


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