4° Capítulo

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No dia seguinte, eles saíram do hotel

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No dia seguinte, eles saíram do hotel. Enquanto Wei Ying ia na carroça com mais algumas pessoas, Wen Ning estava voando em sua forma de corvo, e ao chegar no castelo, ficaram admirando a beleza ao seu redor. A parte da frente do castelo tinha muitos detalhes, o que deixou os amigos maravilhados.

Depois de ficar olhando cada detalhe daquele lindo palácio, eles foram levados por uma beta para a ala onde os servos ficam. Não se importando com os olhares, Wen Ning andava pelos corredores ainda na forma de corvo no ombro de Wei Ying. O ômega não perdia um detalhe, seja a cor branca das paredes ou até o piso porcelana. Antes de irem para o quarto, que já estava preparado para Wei Ying, eles passaram na lavanderia porque haviam duas pessoas vestindo roupas de servo.

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Chegando no quarto, Wei Ying percebeu que não era tão grande, mas como nunca se importou muito com essas coisas, ele só deixou as roupas na cadeira feita de madeira, que estava no canto perto do armário, e se sentou na cama. Também pensou em como estaria sua família agora, e como seu pai reagiu quando soube de seu sumiço. Ele saiu de seu pensamento quando percebeu que não estava sozinho.

— Mestre Wei, sei que está com saudades de sua família, mas não se preocupe. Eles estão bem, eu tenho certeza disso — falou Wen, um pouco tímido.

Ainda que Wen Ning tenha conhecido Wei Ying há pouco tempo, ele sentia que precisava consolar o ômega e o ajudar no que for preciso (claro tinha um pouco a ver com Wei Ying ter salvado sua vida) e jurou a si mesmo que o protegeria e estaria ao seu lado sempre. Mas também porque além de mestre, Wei Ying se tornou um amigo, e principalmente um irmão.

— Obrigado, A-Ning. Sei que posso sempre contar com você — disse o ômega indo abraçar o mais novo, que aceitou de bom grado — Agora é melhor eu ir começar meu primeiro dia de trabalho. E você trate de descansar, ainda não está totalmente recuperado — falou o mesmo, recebendo um aceno de cabeça do alfa.

Depois de colocar as roupas para o trabalho e deixar Wen Ning em forma de gato descansando na cama, o ômega vai ao encontro da pessoa que lhe dará instruções.

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Passando pelo corredor, Wei Ying nem percebeu que uma outra pessoa vinha em sua direção, o que resultou num choque e os dois caíram no chão. Ele se levantou depressa, pedindo mil desculpas e estendendo a mão para ajudar o outro a levantar.

— Tá tudo bem, foi só um acidente — falou um beta de cabelos e olhos castanhos, muito fofo aos olhos do ômega.

— Mesmo assim, desculpa, eu não estava prestando atenção por onde andava — disse o Wei com vergonha, por não reparar no beta vindo.

— Como eu disse, não tem problema — respondeu o beta, com um sorriso amigável — Eu sou Mo XuanYu, é um prazer conhecer você.

— Eu Wei Ying, e o prazer é todo meu — disse o ômega com seu melhor sorriso, deixando o Mo de boca aberta com o quão belo aquele ômega pode ser — Mo Xuanyu, você pode me dizer onde eu posso achar o responsável pela divisão de serviços? Hoje é o meu primeiro dia trabalhando aqui, então eu estou um pouco perdido — falou o mesmo, coçando a nuca.

— Claro! Eu te ajudo. Vamos, é por aqui. Você estava indo para o lugar errado — disse o beta, apontando para a direção oposta à que o ômega estava indo, rindo da carinha fofa que o ômega fez.

— Obrigado, Mo Xuanyu — respondeu, fazendo uma leve reverência.

Os dois foram para a cozinha e conversaram como se fossem amigos de longa data. Chegando lá, todos ficaram admirando a beleza inigualável do ômega enquanto Mo Xuanyu estava apresentando todos no local. Eles foram muito legais com o Wei, que por sua vez gostou de várias pessoas lá, principalmente a senhora Ming, uma ômega de meia idade muito simpática e gentil, que mesmo acabando de conhecer o ômega, já o via como um neto. Wei Ying amou ter essa sensação boa e confortável que a senhora passava para ele.

— Wei Ying, você pode limpar o jardim da ala oeste? — perguntou o senhor Wang, o diretor daquele castelo, que não deixa nada passar em relação aos funcionários — Mian Mian, poderia levá-lo até o jardim da ala oeste e o ajudar, por favor? — pediu para a alfa, que estava sentada no canto.

— Sim, senhor! Vem, Wei Ying — depois de se virar para Wei Ying, ela faz um aceno de cabeça, e eles vão para a o jardim, mas antes de sair da cozinha, o ômega dá um tchauzinho para a senhora Ming e Mo Xuanyu.

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        Enquanto estava andando com Mian Mian, Wei Ying não parava de olhar cada detalhe que seus olhinhos curiosos e acinzentados pudessem ver, e Mian Mian percebeu isso.

— É muito bonito o castelo, não é? — comentou a alfa com um pequeno sorriso, achando fofo a curiosidade do ômega.

— Sim, é muito bonito! Você está trabalhando aqui há quanto tempo? — perguntou ele, com uma curiosidade enorme.

— Desde os sete anos, quando meus pais e eu viemos do reino de Lanling Jin para cá — respondeu a alfa, com um olhar um pouco caído.

— Você está bem? — disse o ômega, vendo que a Mian parecia um pouco cabisbaixa.

— Estou, não se preocupe. É porque a minha avó preferiu continuar morando em Lanling em vez de vir conosco para Gusu, e eu tenho saudades dela. Sempre que podemos, nós vamos para o outro reino visitá-la, mas é bem difícil — falou, com os olhos marejados.

Mian Mian estava sentindo muita saudade de sua avó, e mesmo que muitos diziam que ela tinha um coração de pedra, ela ainda era uma pessoa que sente dor, medo e saudade. Mas o que chamou a atenção do ômega, foi a facilidade de falar sobre o que estava pesando em seu coração para a pessoa que estava andando ao seu lado, praticamente um desconhecido. Por algum motivo, ela sentia que pode confiar nele e se abrir sem medo.

— Mas você pelo menos tem seus pais com você, eu já não tenho, tive que vir sozinho — falou com uma carinha triste, só de lembrar das pessoas que tanto ama — Quer dizer, não tão sozinho assim, mas ainda sim tenho saudades da minha família, assim como você — completou, se lembrando de Wen Ning, que mesmo tendo acabado de conhecer, já o considera da família.

— Quem? — questionou a alfa.

— O nome dele é Wen Ning, eu o conheci quando estava indo para a cidade. Ele é uma pessoa muito gentil e tímida, chega a ser engraçado já que não é todo o dia que você encontra um alfa assim — falou do amigo com muito carinho e apreço à sua amizade com ele.

— Hmmm, parece que alguém tá apaixonado — respondeu ela, rindo um pouco.

— Não! Ele é só o meu amigo, quase um irmão! — falou indignado, já tirando essa ideia da cabeça da Mian.

— Tá bom, hahahaha.

Assim que chegaram no jardim, Mian Mian percebeu que esqueceu seus instrumentos de trabalho, então alfa foi buscá-los, e deixou Wei Ying sozinho por alguns minutos. Enquanto a via se distanciar, o ômega ouviu uma risada de criança. Andando pelo jardim, ele procurou o dono daquela risadinha, então ouviu novamente, vindo da direção de uma árvore. Quando chegou mais perto, a criança colocou um pouco da cabecinha para o lado, fazendo com que Wei Ying visse o seu rostinho.

— Oi — disse o ômega indo bem devagar, para não assustar a criança — Você está perdido? — perguntou, vendo a criança timidamente fazer um sinal negativo com a cabeça.

— Oi — respondeu a criança, com a voz tão baixa que o ômega quase não ouviria.

— Qual é o seu nome? O meu é Wei Ying — falou, tentando deixar o pequeno de olhinhos dourados mais confortável.

— A-Yuan — respondeu, saindo um pouco de trás da árvore.

Continua...

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