14° Capítulo

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Já estava anoitecendo, e até então ninguém tinha encontrado o príncipe

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Já estava anoitecendo, e até então ninguém tinha encontrado o príncipe. Enquanto isso, seu pai precisava se manter calmo e centrado durante o tempo em que todos no castelo, e até na cidade, procuravam pela criança. Wangji se encontrava na sala do trono quando Wei Ying entrou chorando.

— Isso é tudo minha culpa! Se eu tivesse prestado mais atenção ele estaria aqui — Wuxian parou de falar quando sentiu os braços fortes e definidos do alfa, ele se assustou, mas não recusou ser abraçado pelo mais velho.

Antes que o Lan pudesse dizer mais alguma coisa, eles ouviram uma batida na porta, e Wuxian saiu como um raio dos braços quentes e protetores do alfa. O rei se recompôs e disse que a pessoa poderia entrar.

— Majestade, o príncipe Lan Xichen acabou de chegar com seu marido, o príncipe Jiang Cheng, e seu filho, Lan Jingyi, o pri — o servo foi interrompido por uma voz calma, porém potente, que veio da porta.

— Está tudo bem, eu não preciso ser anunciado — falou com um sorriso gentil, ele só fez uma reverência e saiu andando.

— Irmão — o rei fez uma leve reverência com a cabeça.

— Wangji, como você está? Soube assim que cheguei que o meu sobrinho está desaparecido, como isso aconteceu? — Perguntou com um olhar de preocupação, mas também feliz por ver seu irmão depois de tantos meses, desde que decidiu com seu marido passar um tempo em Yummeng Jiang.

Wuxian teve a atenção dos dois alfas ali presentes quando caiu no choro por saudade, angústia, desespero e principalmente por ainda não terem encontrado o A-Yuan. Nessas últimas semanas eles se aproximaram muito e a amizade que eles têm só aumentou. E para Wei Ying, saber que seu pequeno, aquela criança tão fofa, gentil e animada, está por aí sem ninguém que ele conheça ou até sozinho sem ninguém para ajudá-lo fez com que ele chorasse mais ainda, e na tentativa de acalmar o ômega, Wangji se dirigiu até ele. Xichen, vendo a preocupação do irmão mais novo, embora não pareça muito, decidiu ajudar o rapaz em prantos a se sentar em sofá, por mais que um Lan já dava conta do recado.

— Tá tudo bem, Wei Ying, você não tem culpa — disse o rei, se segurando para não abraçar o homem de olhos acinzentados de novo.

De um lado, Wangji tentava acalmar Wei Ying, que ainda chorava, e por outro lado, tinha Lan Xichen, que não estava entendendo nada, mas mesmo assim nunca viu seu irmão se preocupar com nenhum servo assim ou até olhar daquele jeito, o que o deixou intrigado de uma certa forma.

— Me desculpem e com licença — sem deixar ninguém dizer mais nada, o pequeno ômega saiu correndo.

Wei Ying preferiu não ficar lá por achar que estava atrapalhando. Já dentro do escritório, Xichen olhava para seu irmão com um ponto de interrogação na cabeça.

— Acho que preciso de uma atualização sobre o que está acontecendo, não acha, irmão? — Xichen olhou para o Lan com o intuito de descobrir quem era aquele belo rapaz e porque seu irmãozinho estava o tratando com tanta intimidade.

— Hm — Se sentou e apontou para a cadeira à sua frente, para que o outro se sentasse também — aquele ômega é Wei Ying, ele cuida do A-Yuan.

— Ah... E qual é sua relação com ele? — Xichen viu seu irmão arregalar os olhos, o que fez com que ele soltasse uma risadinha — Não precisa me contar se não quiser, não vou pressioná-lo, mas poderia me contar tudo o que aconteceu enquanto eu estive fora?

Como pedido, o Lan mais novo começou a contar as poucas novidades que aconteceram nos últimos meses em que seu irmão não esteve presente, claro que Wangji preferiu não contar como conheceu Wei Ying, só mencionou que ele está substituindo Su She, e é claro que Lan Xichen entendeu e não perguntou mais nada.

    
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Su She está andando por um lugar com um fedor horrível, caminhando por mais alguns minutos, ele parou na frente de uma cela no final do corredor, entrou no local e ouviu uma criança que chorava incessantemente, clamando por ajuda e chamando por seu pai ou Wen-gege. O pequeno estava em um canto com uma corrente amarrada no seu pé e com os olhos vendados, mas mesmo assim ele percebeu que estava chovendo há muito tempo naquele lugar imundo.

— Está na hora de comer, seu verme — falou Su She com todo desprezo para SiZhui, chegando perto da criança e o puxando pelo queixo, para forçá-lo a abrir a boca, enquanto o menininho desabava em lágrimas — Come logo, seu pirralho, eu não tenho o dia todo — e já foi enfiando a comida, que tinha um gosto horrível, na boca da criança até que não sobrasse mais nada.

"Meu plano vai dar muito certo, logo logo irei mostrar para aquele Wei Ying que não se deve mexer comigo",  pensou o  ômega, que já se levantava para deixar de novo o A-Yuan sozinho.




Continua...

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