12° Capítulo

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— Su She, por você ter tratado não só o meu filho com arrogância, mas também o Wei Ying, eu não deixarei tal atitude passar despercebida

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— Su She, por você ter tratado não só o meu filho com arrogância, mas também o Wei Ying, eu não deixarei tal atitude passar despercebida. Por isso, você será punido. — Disse o rei olhando sem expressão para o rapaz à sua frente – Você ficará de joelhos na frente do muro de regras, não comerá até o toque de recolher e amanhã continuará sua punição, até que se completem três dias, só depois desse tempo você poderá se alimentar.

— Sim, Majestade — falou o senhor Wang, acatando as ordens do rei.

— Mas Hanguang-jun, isso é um absurdo! O Wei Wuxian que deveria ser punido, não eu! — Disse, já deixando o ômega impaciente.

— E não precisa mais cuidar do meu filho a partir de agora. O Wei Ying cuidará dele — Lan continuou depois de dar uma olhada para o garoto da fita vermelha, que estava quieto até agora.

— Mas eu sempre cuidei do príncipe SiZhui! Desde antes da trágica morte de sua consorte Hanguang-jun — Su She falou se lembrando do dia em que foi escolhido a dedo pela consorte real.

— Não irei repetir, senhor Wang. Pode levá-lo — falou o alfa, que viu o ômega ser levado para fora do escritório.

Não é que o Lan Zhan não gostasse dele, na verdade nunca reparou no Su She. Para o alfa, ele era só a pessoa que cuidava de seu filho e ponto, então depois de ouvir o ômega falando daquele jeito e ainda por cima tentando ensinar coisas tão preconceituosas, Lan achou que alguém assim não deveria cuidar do seu filho. Quando viu o Wei tentando sair despercebido, achou engraçado, quase fazendo ele sorrir (mas eu disse quase).

— Wei Ying, você ainda receberá sua punição — disse Lan, voltando a olhar para os papéis.

— Você tem certeza de que quer eu cuide do príncipe? — Finalmente Wei falou, depois de tanto tempo calado.

— Vi como você trata o meu filho, e ele gosta de você, só não se esqueça que além de brincar, ele também tem que estudar. Agora sente-se e copie.

Wei Ying, contra a sua vontade e resmungando, começou a copiar. Ele ficou um bom tempo calado, só imaginando como seria cuidar daquela criança tão fofa, brincalhona e sorridente. Mas ao mesmo tempo, não queria tomar o trabalho do outro, sentia como se tivesse roubado algo, o que não é totalmente mentira, por mais que o jeito de pensar do Su She fosse tão ridículo, como diz o Lan Zhan.

— Lan Zhan, você acha que eu vou cuidar bem do A-Yuan? — Perguntou o Wei meio receoso sobre cuidar de uma criança.

— Hm... Wei Ying, você é capaz de cuidar do meu filho mais do que qualquer outra pessoa — respondeu o alfa, vendo a preocupação no rosto esbelto do ômega.

— Tá, mas por quê? Você poderia escolher qualquer outra pessoa, mas por que eu? — A curiosidade do ômega estava no mesmo nível que a preocupação.

— Porque o Wei Ying é gentil, modesto e faz meu filho feliz. Nunca vi o A-Yuan se divertir daquele jeito — disse o mais velho, olhando nos olhos acinzentados do Wuxian — e ele gosta muito de você — disse baixinho, mas o Wei não deixou de ouvir.

— Então isso quer dizer que precisarei mais copiar esse tanto de regras?! Nossa, graças aos deuses! — Wei Ying deu um soco no ar em sinal de vitória.

— Nos momentos de estudo do meu filho você ficará aqui escrevendo até sua punição acabar.

— Mas Lan Zhan... — Falou o ômega quase cruzando os braços e fazendo um biquinho — eu preciso cuidar do seu

— Você não precisará cuidar dele enquanto estiver estudando. Agora continue — Wangji não deixou o ômega terminar de falar porque sabia que se desse brecha ele escaparia e não voltaria mais.

— Esse ômega está me fazendo falar e agir de um jeito que não sei explicar, o que ele está fazendo comigo? — pensou Lan.

Lan Zhan, há um tempo, não se reconhecia. Estava falando e agindo mais do que seu normal, e ele pretende descobrir o que é que está causando esses comportamentos estranhos, nem que tenha que falar com o próprio Wei Ying.

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Longe dali, Su She já estava ajoelhado e fervendo de raiva, já que para ele foi tudo culpa do Wuxian. Ele está tirando toda a atenção do rei para si, e Su She percebeu como o rei se referiu ao Wei de um jeito tão íntimo.

— Vou fazer esse ômega desprezível pagar caro — pensou Su She.

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O rei ficou cuidando do seu filho pelo resto do dia, o que foi muito bem aceito pelo jovem príncipe Lan, que teve a atenção do pai pelo resto do dia. Já Wuxian, depois do horário de almoço, foi fazer seu trabalho com Mo Xuanyu, demorou um pouco para terminar seus afazeres e quando tudo já estava pronto, foi para o seu quarto. Quando chegou lá, sentiu um corvo pousar em seu ombro.

— Boa noite, Wen Ning! Vejo que já está bem melhor — disse Wei Ying, percebendo que o alfa já podia voar com mais facilidade porque antes ele tinha dificuldade para ficar mais tempo em pleno voo.

O corvo nada disse, mas quando entraram quarto, ele mudou para a forma humana.

— Mestre Wei, eu vi o que aconteceu com o senhor, o príncipe, o rei Lan e aquele outro servo. O senhor está bem? O rei fez algo com o senhor? — Perguntou com um tom de preocupação na sua voz, mas não é para menos, já que Wei Ying é a última família que lhe resta.

— Não se preocupe, meu querido amigo, eu estou bem e o rei não fez nada ruim comigo, na verdade ele até me ajudou com aquela cobra do Su She — respondeu, revirando os olhos só de pensar naquele cara.

— Mas como

Wen Ning foi interrompido pelo barulho da porta, nenhum dos dois tiveram tempo de pensar quando a porta foi aberta.

— Oi, Wei Ying! Desculpa entrar assim do nada sem te avisar, mas é que eu vim ver como você... Espera, QUEM É ele?!



Continua.

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