08 - Seção.

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Gênero: 💫.
Avisos: Nenhum.

Todos nós nos arrependemos de alguma escolha já feita e, em algumas situações, tentamos consertar, mas e se for algo como a profissão e não dá para voltar atrás?

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Todos nós nos arrependemos de alguma escolha já feita e, em algumas situações, tentamos consertar, mas e se for algo como a profissão e não dá para voltar atrás?

Era a sexta seção e S/n estava mentalmente exausta. Em alguns meses ela iria abrir mão de seu orgulho e procurar ela mesma um terapeuta.

Após um tempo, ela não tinha dúvida que o seu terapeuta ia precisar de um terapeuta.

Com a mão livre, S/n empurra uma mecha que caiu na testa de volta para o resto do cabelo preso em um rabo de cavalo. Ela morde o lábio e balança cabeça enquanto escuta atentamente.

Seus pés gritavam para que ela tirasse o salto e se acomoda-se mais em sua poltrona, mas isso era antiético.

Ela continuou a escutar com atenção sua paciente falando:

- Sabe... Ele anda meio distante. No começo era tão maravilhoso! Estou com mendo que ele me traia.

Um riso fica preso na garganta da doutora. Ela não levanta os olhos, fica rabiscando seu caderninho ao responder:

- Não sei por quê você acha isso. Desnecessário pensar nisso.

Sua paciente, Anne, a olha de lado por um momemto, espantado como se S/n acabara de dizer que o sol era verde.

- Acha isso doutora?

- É claro! Veja afinal porquê ele traiu a esposa dele? Porque ele deixou a mulher que estava com ele a 11 anos e três filhos por você? A amante dele a 8 meses. Porque desconfia? Afinal você mudou ele! Você é o amor da vida dele!

S/n a encara e Anne a olha com desconfiança e confusão.

- Doutora, você está sendo irônica?

Que garota burra, ela pensa.

S/n mostra um largo sorriso e não responde pois o sininho indica o fim da consulta.

O próximo paciente já é alguém que S/n trata com mais simpatia e delicadeza: Diana, que foi expulsa de casa, deixou seu vício as drogas para trás na clínica e à poucos lutava contra um sentimento de vazio.

S/n não poupou apoio e elogios.

Após Diana ela manteve a calma com Josh - um garoto mimado que achava que o mundo girava ao redor dele e fingi ansiedade para chamar atenção da escola inteira. Até quabrou o braço no verão passada para exatamente esse propósito. Era manipulador mas S/n não era ingênua nem idiota e falava boas verdades na cara dele.

Ele devia ter parado de vir a muito tempo mas continuava por contra de toda a sua "encenação" e, pelas suas próprias palavras, S/n era gostosa demais e não queria ficar de frente com uma velha.

S/n tinha nojo.

No final do dia ela estava exausta a ponto de nem saber qual era o próximo paciente e não dava a mínima para quem ia entrar pela aquela porta após os cinco minutos de intervalo que ela tinha a cada seção.

𝕴𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘 • 𝑩𝒖𝒄𝒌𝒚 𝑩𝒂𝒓𝒏𝒆𝒔 - 𝖁𝖔𝖑. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora