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- NÃO! - o grito soou em tom estridente fazendo várias cabeças se virarem em direção à porta do quarto, mas nenhuma enfermeira interviu, sabendo o que já acontecia. - NÃO! EU SOU ANTONY EDWARD STARK!
S/n não gostaria de fazer outra coisa senão enforca-lo.
- Eu sou um gênio, bilionário, playboy...! - seu discurso é interrompido. S/n sobe em cima dele e prende seus braços com os joelhos. Tony se contorce, agitando e sacudindo as pernas - quer dizer, a perna, já que a outra estava engessada e pendurada no apoio.
- NÃO! - ele grita novamente. - Eu me recuso!
- Caramba Tony! - S/n berra de volta e senta em seu estômago até que ele pare de sacudir o tronco. Ela ainda prende seus braços, pressionando os joelhos com força em seus anti braços - É tão difícil assim?! Eu repito: Você-vai-tomar-o-remédio!
- Não, não e não!
- Pare de agir como uma criança!
S/n agarra o frasquinho antes na mesinha ao lado da cama de hospital de Tony. Eram apenas 7 gotas. Bruce mesmo aprovou, o remédio foi desenvolvido para acelerar o processo de cura de qualquer tipo de ferimento.
Até então, S/n nunca o tomou por não se ferir facilmente em qualquer missão de campo. Seus amigos nunca colaboraram com ela quando se tratava do remédio, de acordo com o que ela já escutou: "Isso é H-O-R-R-I-V-E-L".
Nesta última missão estavam: ela, Bucky, Tony e Sam. Bucky teve um ferimento na cabeça, Sam machucou 4 de suas costelas e Tony quebrou a perna.
Ela conseguiu dar o remédio a Wilson sem muito esforço, tendo distribuído algumas gotas no refri que trouxe e o outro em um misto, recheado até a borda com queijo - não era a primeira vez que Sam reclamava da comida do hospital, então ela trouxe escondido para ele. Ele nem sentiu o gosto do remédio.
Com Tony ela não teve a mesma sorte, pois ele percebeu.
Tony sacode a cabeça para os lados. S/n agarra suas bochechas e aperta, forçando os lábios dele a ficarem entre abertos. Vendo como sua única oportunidade S/n aperta e despeja as sete gotas rapidamente.
Suas mãos tapam o nariz e boca de Tony: - Engole!
Tony se sacode por um tempo até que aceita a derrota. S/n salta de cima dele, uma gota de suor escorre por suas testa. Ela apoia as mãos nos quadris e sorri vitoriosamente. Diferente de Tony que engasga dramaticamente.
- Oh, vamos! Não foi tão difícil assim!
- Eu irei te denunciar por tentativa de assassinato! - Tony exclama. S/n revira os olhos para o melhor amigo, o rei do drama.
- Tá, tá... - ela levanta as mãos. - Esse é o agradecimento que eu recebo por cuidar de você! Na próxima me faz um pix!
S/n não espera a resposta - com certeza sarcástica - que iria receber. Tony deve ficar com a cara emburrada até que Pepper chegue.
S/n se dirigi ao próximo quarto. No caminho, uma enfermeira lhe informa que Bucky estava sob o efeito de sedativos fortes mas que ele estava bem. Ela adicinou o detalhe de que enquanto trocava o curativo da cabeça dele, ele falava sobre girafas voadoras que estavam no teto.
S/n daria tudo para ter visto isso.
Quando S/n entra no quarto, Bucky olha imediatamente para ela.
- Ei, James! - S/n cumprimenta com um sorriso. Ela se aproxima dele vasculhando sua mochila. S/n senta na beira da cama. - Eu trouxe uma coisa para você comer... - não era nada gorduroso quanto o lache de Sam mas ainda era 100x melhor que a comida do hospital. - não é novidade que a comida do hospital é...
- Você é solteira?
S/n gira o rosto imediatamente em direção a ele. A voz dele é rouca e seus olhos azuis observam S/n como se ela fosse a mais linda constelação de estrelas da galáxia. As pupilas estão completamente dilatadas.
S/n ri e se inclina mais sobre ele. Ela ergue a sobrancelha:
- Como?
Ele tem um sorriso bobo nos lábios. Era quase como se ele estivesse bêbado.
- Você é a mulher mais linda que eu já vi... - Barnes balbucia.
De repente o cômodo fica mais quente. S/n ri.
Sem dúvida eram os remédios. Bucky eram um de seus amigos mais próximos, e ele nunca flertou com ela ou mostrou algum tipo de interesse além da amizade. Ele nunca falou assim com ela, ou melhor: S/n nunca o viu falar assim com ninguém.
- Qual o seu nome?
S/n inclina a cabeça; divertida.
- S/n.
- Hum. S/n... - ele repete, lentamente. - Acho que vou te chamar de amor da minha vida.
- Esses remédios são muito fortes mesmo! - S/n ri. Bucky a olha com olhos de cachorrinho.
- Você não gosta de mim?
- Oh! Não, não, Bucky... Você é meu amigo! É claro que eu gosto de você!
Os olhos de Bucky piscam contentes mas depois a expressão emburrada volta. A testa de franze de forma fofa:
- Amigo? - ele pergunta, quase que descrente.
- Sim! Somos amigos a 3 anos. Sua cabeça está nas nuvens, não está? Ainda está vendo girafas voadoras?
Ela gostaria de gravar, pois, Bucky provavelmente não vai se lembrar de nada.
Bucky não responde. Seus olhos apertam em direção a S/n então ele pisca.
- Por quê?
S/n se acomoda um pouco mais no colchão.
- Por quê 'o quê', James?
- Por quê somos só amigos?
S/n está surpresa e curiosa, ansiosa para saber onde isso levará.
- Bem... As coisas são assim.
- Não deveria! - Bucky parece chateado. Ele faz beicinho e cara emburrada. S/n quer tirar una foto e morder suas bochechas barbudas.
- Por quê não?
- Não gosto de James. Meu nome é Bucky. Se você me chama de James não deve ser minha amiga.
- Uh? Então, o quê eu deveria ser?
Ela testemunha as bochechas de Bucky Barnes ficarem vermelhas. Ele desvia o olhar e encara as mãos enquanto brinca com os dedos.
Bucky parece envergonhado e tímido quanto sussurra, baixinho:
- Minha namorada...
Ela fica sem palavras mas sorri. S/n estende a mão, passando pelos cabelos castanhos e ela coça suavemente as raízes. Bucky visivelmente gosta. S/n se inclina e beija sua testa e ela jura que ouviu Bucky ronronar.
- Se é isso que você diz... - ela desce a mão para seu peito. O sargento a olha com os olhos azuis brilhando.
- Então... Você é minha boneca?
A garota esfrega o peito dele enquanto pensa, Bucky estende e descansa a mão na coxa dela que está dobrada na cama.
- Hum... Conversaremos sobre isso quando você não estiver mais drogado. - S/n lhe beija a ponta do nariz. Ela ama a expressão de felicidade no rosto de Bucky.
