Capítulo 16 🥀

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Bárbara

Se eu chorei? É chorei, não pelo vestido em si, por que era só uma roupa, mas por alguém ser tão mal a ponto de fazer isso. Eu sei, eu sei, patética, mas o que mais eu poderia fazer?

Minha mãe e eu tentamos limpá-lo de todo o jeito, mas o que aconteceu foi ele se desfazer de vez.

Não tive coragem de contar as meninas o que aconteceu, por isso fui para a escola normalmente na sexta-feira e tentei ao máximo evitar falar do baile.

Quando vi a Carly tive vontade de arrastar aquela cara feia dela contra os armários do corredor. Pedi uma descrição da garota que veio em casa para minha mãe e por acaso todas as características batiam com ela. Coincidência? Acho que não. Crystal não tinha nem coragem de fazer o trabalho sujo sozinha e tinha que mandar a amiguinha.

— Bárbara, está tudo bem? Você pareceu distante o dia todo. – Lena me alcançou quando eu tentei sair correndo da escola ao fim da aula.

— Estávamos combinando de nos arrumarmos na minha casa amanhã e você fugiu. – Tainá disse logo atrás dela.

— An, sobre isso, eu... Meio que... Não vou mais ao baile meninas. – Falei rápido e tentei sair mas as duas impediram minha passagem.

— Como é que é?

— Bárbara, não brinca com isso, você sabe como a Lena é dramática, até eu já estou um pouco empolgada com esse baile. – Tainá deu de ombros sorrindo.

— Vocês não entendem, não dá mais para mim ir.

— E por que não? – Perguntaram cruzando os braços.

— Por... Por que... Vamos fazer assim, venham para casa comigo e eu explico tudo lá pode ser? – Eu sabia como minhas amigas eram estouradas se eu contasse aqui era bem capaz de sair morte.

— Tá, mas eu espero ser uma ótima explicação.

Quando estávamos na porta o trio do mal passou rindo por nós e acho que elas perceberam minha cara de desânimo.

— Nos vemos no baile amanha garotas, vocês não estão animadas? Principalmente você, não é Bárbara? – Crystal perguntou rindo, ela entrelaçou o braço no da Carly e me mandou um tchauzinho.

— O que foi isso? – Tainá perguntou confusa, pela cara da Lena ela estava na mesma situação.

— Em casa vocês vão entender...

...

Estendi para elas os pedaços que sobraram do vestido, que aliás ainda estavam manchados.

— Viram? É por isso que eu não vou mais ao baile. – Apontei para a pilha de pano.

— Ai meu deus, um cachorro comeu seu vestido? E depois vomitou ele?

— Tá mais para um dragão. – Tainá pegou um pedaço fazendo uma cara de nojo. – Um dragão radioativo.

— Na verdade, acho que foram três dragões. – Olhei para elas sugestivamente e Lena abriu a boca em choque enquanto Tainá ficava vermelha de raiva.

— O que?

— Aquelas vagabundas fizeram isso? Mas como elas entraram aqui?

— Minha mãe disse que a Carly veio aqui, acho que enquanto ela não estava vendo Carly subiu aqui e... Tã dã. – Indiquei o belo trabalho delas.

— E eu pensei que elas só eram loucas, mas isso chega a ser doentio Bárbara, entrar na casa de alguém só para fazer algo assim? – Tainá exclamou se levantando. – Eu vou matar aquelas garotas!

— Tainá calma. – Entrei na frente dela a segurando antes que saísse. – Brigar não vai mudar o que aconteceu.

— Pode ser, mas vai me deixar bem mais feliz. – Olhei para ela séria. – Arg, a Carly já me irrita a muito tempo Bárbara, você nem imagina, com aquele risinho de foca com asma, sempre dando em cima do Adam na minha frente como se... Se... – Ela parou, percebendo o que disse e eu e a Lena nos entreolhamos começando a rir como desesperadas.

— Ah, se entregou! – Exclamei a abraçando.

— Eu sempre soube que você gostava do meu irmão! – Lena gritou jogando uma das minhas almofadas em cima dela.

— Não tirem meu foco, eu ainda quero matá-las. – Ela disse, mas percebi que já não era tão sério. – E eu não gosto do Adam.

— Uhum, está tentando nos convencer ou se convencer Tainá fofinha?

— Tudo bem venceram, eu não bato em ninguém se pararem de falar nisso, por favor...

— Poxa, mas pensando bem até que eu queria ver um pouco de sangue de cobra agora. – Lena Fez biquinho.

— Não hoje meninas, não quero ninguém metido em problemas por minha causa. – Cruzei os braços.

Sentamos uma ao lado da outra na cama e ficamos nos encarando sérias, até não aguentarmos e começarmos a rir do nada, acho que os produtos químicos no vestido estão nos afetando.

— Ok, chega de palhaçada. – Lena parou de rir e me olhou séria. – Você não vai mesmo?

— A gente acha outro vestido. – Tainá deu de ombros.

— Para que? Para aquelas loucas ficarem ainda mais loucas? E mesmo se eu for, quem me garante que elas não vão fazer algo pior comigo no baile? Não gente, é melhor eu ficar aqui, no conforto da minha caminha mesmo, nunca fui em nenhum baile da escola, por que teria de começar agora?

— Mas...

— Parem ok? Eu estou bem, estou maravilhosamente bem, vamos mudar de assunto por favor? Vocês querem ver um filme?

— Ok, noite das garotas! – Lena bateu palmas nos fazendo rir mais.

Então elas ligaram para os pais e avisaram que iriam dormir aqui. Pegamos o máximo de besteiras que podíamos carregar e enchemos o chão do meu quarto de travesseiros.

Ficamos lá o resto do dia, chorando e rindo por causa dos filmes que víamos, fazendo guerra de pipoca e dançando. Acabamos dormindo uma por cima da outra, no chão mesmo. Eu precisava muito disso.

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𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐖𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐋 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄... || 𝑩𝒂𝒃𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓.Onde histórias criam vida. Descubra agora