Bárbara
Respirei fundo tentando levantar mas ainda doía muito.
— Meu deus, você está bem? – Victor se ajoelhou ao meu lado me observando preocupado. – Me desculpe, a culpa foi toda minha.
— Não foi não, eu que sou desastrada, acho que só torci o tornozelo, não se preocupe. – Segurei seu braço tentando acalma-lo.
— Dói muito? – Ele teve que se aproximar para eu poder entender, mesmo estando cheio de gente alí, ninguém se importou com a gente no chão. – Espera, eu já sei o que fazer...
Ele tentou me tranquilizar e me pegou no colo, exclamei surpresa e segurei o vestido para não mostrar mais do que devia.
— Você é tão leve. – Victor disse no meu ouvido sorrindo de lado.
Ele me pôs numa cadeira ainda no ginásio e segurou meu pé o observando, resmunguei e ele me soltou se desculpando.
— Não dá para ver muito bem o que aconteceu aqui, está muito escuro. – Ele olhou em volta, provavelmente procurando algum professor ou qualquer coisa. – Você consegue andar até a enfermaria? Acho que lá podem ajudar.
— Acho que sim.
Ele me ajudou me apoiando enquanto eu mancava. E até chegarmos a enfermaria, que era um pouquinho longe do ginásio, Victor não tirou os olhos de mim.
A sala estava completamente vazia para o nosso azar. Ele me pegou no colo e me sentou na maca, depois se ajoelhou e tirou meus saltos, reclamei de dor outra vez, mas não o impedi de analisar o que quisesse.
— An... Olha, está um pouco inchado, então acho melhor eu enfaixar. Relaxa, eu jogo basquete, contusões são normais na minha vida, eu sei o que estou fazendo. – Acabei rindo e ele mordeu o lábio me olhando. – Te fiz rir, já ganhei a noite.
Enquanto eu tentava fazer minha cara parecer menos vermelha ele trouxe a atadura e se ajoelhou novamente.
— Pode doer um pouco, mas eu prometo que te faço esquecer.
— Ok.
Não doeu tanto, acho que por que eu estava distraída o olhando concentrado, ou quase concentrado, por que as vezes eu o pegava subindo o olhar pela minha perna, mas ele apenas disfarçava e voltava ao que estava fazendo.
— Prontinho, está remendada. – Victor pôs a mão no meu joelho analisando minha perna. – Consegue mexer?
— Um pouco, acho que já tá... – Ele desceu a mão devagar, me causando um arrepio gostoso e aposto que ele percebeu. – Melhor.
— Tem certeza? Minha mãe diz que um beijinho sempre cura tudo... Posso?
— Pode. – Disse sem pensar, eu já estava ofegante e nem sei por que, mas quando ele encostou os lábios na minha perna eu não consegui segurar um suspiro. – Victor...
Tá bom, estava mais para um gemido descarado mas não podem me julgar por isso.
Ele levantou e se aproximou ficando no meio das minhas pernas, Victor colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e só ficou me olhando.
— Por que está me olhando assim? – Perguntei sorrindo meio sem graça.
— O que é belo precisa ser admirado. – Aí sim eu fiquei vermelha, ele se afastou, acho que percebendo o que disse e pigarreou. – Acha que consegue ficar em pé?
— Não sei...
Ele segurou minha cintura e me ajudou a levantar, não senti nada de mais o que me deixou aliviada porque não tinha sido tão sério. Segurei os ombros dele pronta para dizer isso quando ele me empurrou, me encostando na maca e eu o olhei.
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𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐖𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐋 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄... || 𝑩𝒂𝒃𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓.
FanfictionEu sempre fui apaixonada por ele. Desde criança, desde que ele me protegeu naquele primeiro dia de aula. Só tem um problema, a partir daquele dia Victor me trata como uma gatinha indefesa, pequenininha e que precisa de ajuda para tudo, e não me lev...