Capítulo 59 🥀

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Bárbara

Então enfim chegou o dia de eu ir embora. O verão passou muito mais rápido do que eu gostaria, tenho que admitir, mas eu garanto que aproveitei cada segundinho dele.

Acampamos, fizemos fogueiras na praia (apesar das praias de Nova York não serem das mais limpas do mundo), fizemos inúmeras festas do pijama, as vezes todo mundo junto, o que dava muito problema, e outras só eu e as meninas. Mas eles não me deixaram quieta uma noite sequer e eu amei isso.

— Bom dia filha. – Minha mãe disse entrando no quarto, ela estava com uma cara chorosa mas um sorriso fraco também brilhava ali. – Ainda arrumando essas malas?

— Sim, só conferindo para ver se não vou esquecer nada... Ou só não querendo terminar mesmo por que assim que eu terminar vai estar mais perto de eu ir.

Ela me abraçou quando as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto desenfreadas, eu não queria chorar de novo, não queria ver mais ninguém chorando, mas não consegui segurar quando percebi que estava tão perto, em algumas horas eu não moraria mais naquele quarto ou naquela casa por 6 anos inteiros!

— Shh calma meu amor, a mamãe tem certeza que vai dar tudo certo para você lá. – Ela segurou meu rosto limpando as lágrimas e me fazendo olhar nos olhos dela que também escorriam lágrimas. – E você sabe que a mamãe sempre está certa.

— Hum, cadê as duas mulheres da minha vida? – Meu pai abriu a porta e nos viu ali abraçadas, com várias roupas em volta e chorando. – Meu Deus, já está na época do mês que eu tenho que fugir de vocês?

— Não pai, só estamos conversando. – Fui até ele e o abraçei também. – Eu vou sentir tanta falta de nós três juntinhos, tentem não destruir a casa sem mim por perto ok?

— Não prometemos nada. – Meu pai acariciou meu cabelo rindo.

O soltei e vi os dois se abraçarem e olharem para mim com os olhos brilhando.

— Olhe isso Adinan, nossa filha já é uma adulta. Acho que fizemos um ótimo trabalho. – Minha mãe comentou.

— Sem dúvidas, nossa princesinha nos dá muito orgulho mesmo. – Meu pai completou como se eu não estivesse ali ouvindo e não segurei as lágrimas de novo, já percebi que hoje eu vou chorar pra caramba.

— Eu amo vocês. – Os abracei juntos e ficamos um tempo ali até eles me lembrarem da hora e que eu não podia me atrasar.

— Acabe aí rapidinho e desça querida, fizemos um café da manhã especial. – Minha mãe piscou para mim antes de fechar a porta me deixando sozinha.

Terminei de arrumar minhas roupas e fui pegar outras coisinhas que eu considerava muito importantes, teriam de ser poucas, eu não podia esquecer que dividiria o quarto com mais gente lá.

Peguei algumas fotos com meus pais, meus amigos, e o Victor. Uma muito importante foi sem dúvidas a que tiramos na viagem, em frente ao chalé que tivemos nossa primeira vez, era quase a minha foto favorita, só perdia para a foto que minha mãe tirou da gente no nosso primeiro dia de aula, na primeira série, estávamos de mãos dadas, rindo e ele levava minha mochila que era maior que eu. Eu jamais esqueceria essa foto.

Assim que arrumei tudo e me arrumei, eu olhei para o meu quarto meio vazio e pode até parecer ridículo, mas eu sussurrei um adeus, senti que precisava. Depois disso apaguei a luz e desci com minhas malas.

— SURPRESA! – Comecei a rir quando vi todo mundo sentado na mesa comendo.

— Estão comendo a minha comida desse jeito e ainda tem coragem de dizer que é surpresa? – Disse para os meus amigos esfomeados.

𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐖𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐋 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄... || 𝑩𝒂𝒃𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓.Onde histórias criam vida. Descubra agora