Capítulo 22 🥀

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Adam

Não é um encontro.

São só duas pessoas, que por acaso já ficaram e vão ao cinema como AMIGOS. Tá, eu posso estar (muito) nervoso, minhas mãos podem estar levemente suadas e geladas ao mesmo tempo e talvez eu trouxe uma flor para ela, uma pequena flor branca que eu roubei de algum jardim que passei vindo pra cá, mas isso definitivamente não é um encontro.

Eu nem sei por que chamei a Tainá para sair para começo de conversa, nós sempre vivemos brigando, desde pequenos, o nosso grupo sempre foi assim.

O Marcos e a minha irmã são o casal perfeito, eles até já brincaram de se casar, são literalmente feitos um para o outro. O Victor e a Bárbara são melhores amigos perfeitos, por mais que eu ache que eles também se gostam. Já eu e a Tainá somos os “brigões” perfeitos.

Nós somos completos opostos. A Tainá é aquela garota meio sem um estilo definido sabe? Apesar de que eu a chamava de punk aos 12 anos e ela sempre ficava puta com isso. Já eu, sou jogador de basquete, saio com líderes de torcida, sou “popular” e isso pode não ser bem um estilo mas é assim que eu me vejo. E ok “opostos se atraem”, mas se você não tiver sequer uma coisa em comum com seu parceiro nunca vai dar certo. É exatamente por isso que não vai funcionar para mim e para Tainá.

Mas quando eu estou com ela parece que meu cérebro buga, e eu esqueço todos esses fatos e só penso “como ela pode ter esses olhos tão lindos? E essa boca perfeita? Que encaixa perfeitamente na minha.” E eu gosto tanto de ficar assim com ela.

Mas, brigar com ela sempre foi mais interessante do que... Do que beijá-la, certo?

Ou talvez não... Eu estou tão confuso...

Não tinha motivos para eu a beijar naquela noite. Eu só sei que quando a vi dançando com outro cara, eu fiquei com raiva, muita raiva. Como ele tinha a coragem de encostar no que não é dele? Não que a Tainá seja minha, nem nada disso é só que... Esquece. Ela começou a discutir comigo e eu só pensava que ela estava linda, e tão sexy naquele vestido vermelho. Eu não pensei nas consequências, só puxei o rosto dela e a beijei. E aquele beijo foi estranho. Não ruim, longe disso, por que a Tainá beija muito bem, mas foi... Só estranho. Meu coração disparou e minhas mãos tremeram na cintura dela, sorte que ela não percebeu.

Eu não posso estar apaixonado, não por ela, eu e a Tainá nos conhecemos desde pequenos, isso teria acontecido antes não? E eu nunca me apaixonei, na verdade, eu não me apaixono e ponto.

Nesse momento eu estou na frente da casa dela, completamente perdido, decidindo se eu fujo e as coisas voltam a ser como antes ou toco a campainha. Respirei fundo e numa atitude não muito pensada eu toquei e me desesperei.

Será que isso foi boa ideia? Por que eu não fugi! Será que isso vai acabar com a nossa “inimizade”? Será que eu posso mesmo estar...

— Adam? Adam! – Acordei dos meus pensamentos com a Tainá estalando os dedos na frente do meu rosto. Ok eu devo estar parecendo um maluco agora, parado a encarando. Já ela está tão linda, bem do jeito dela, mas isso só fazia ela ficar melhor, acho que eu nunca vou cansar de dizer que ela é linda, por que ela não conseguiria ficar feia nem se tentasse... Ah merda...

— Tainá! Para que gritar assim? – Tentei disfarçar.

— É você que estava aí viajando... Esquece. Oi. – Ela disse sorrindo.

— Oi. – Sorri também, sem conseguir me conter. – Está bonita em, na, isso é para você...

— Ah obrigada. – Ela corou quando entreguei a florzinha. Isso era algo que eu adorava nela, só eu conseguia fazê-la corar. – Foi fofo.

𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐖𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐋 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄... || 𝑩𝒂𝒃𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓.Onde histórias criam vida. Descubra agora