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Elizabeth

Já havia se passado 2 anos, desde a primeira e última vez que fui a Hyber. Tamlin nunca me perguntou nada sobre o porquê de eu ter reagido daquela maneira, e eu nunca toquei nesse assunto.

Levou um tempo para que digerisse o fato de que eu tinha matado alguém com minhas próprias mãos. Mas no final, apenas aceitei que para viver nesse mundo, você deve fazer coisas que nem sempre serão boas. Foi assim que depois de muitas noites sem sono, eu enterrei essa história.

Amarantha parecia ter achado bem divertido toda a situação, mas ela sabia que não se sairia bem trazendo o assunto a tona. Ao invés disso, no resto do meu tempo lá, ela se mostrou como uma pequena cobra, esperando o momento certo para o bote. Sem nunca tirar o sorriso do rosto.

Ela era tão perturbadora, com aquele olhar de louca que eu parecia ser a única a ver, que deixei claro que não pisaria naquele lugar novamente tão cedo. E eu não fui. Tamlin que me perdoasse. Aquela fêmea queria ele na cama, mas a mim ela queria beijando seus pés. E eu nunca, me rebaixaria por Amarantha.

Eu também andava um pouco preocupada ultimamente. Eu já não lembrava muito sobre o que li naquele livro. Amarantha foi uma certeza que eu nunca tinha esquecido, assim como Feyre e Lucien, um dos herdeiros da outonal, que de alguma forma pararia aqui.

Mas, os meios que levavam as situações a acontecerem, já estavam borrados. Então depois de muitos anos desde de que nasci aqui, resolvi buscar por um ser que tinha apenas lido nos livros de ambos os mundos. Suriel.

■●■

- Tem certeza que não quer guardas com você princesa? - O general Eliot me olhou incerto. - O Grão senhor pode se irritar se souber.

- Não se preocupe Eliot. Já avisei a meu pai e ele está ciente que estou indo sozinha. - O que era verdade. Meu pai gostava de testar me testar as vezes. O que não quer dizer que ele ainda não manteria todos a posto para ir atrás de mim.

- Mas é perigoso para a senhorita. - Eu o olhei com carinho.

- Não se preocupe, meu amigo. - Eu subi no cavalo. Ele me olhou e suspirou.

- Tenha cuidado. - eu acenei sorrindo e fui em direção aos portões.

Não demorou muito para que eu chegasse a floresta. Estava bem clara na verdade. O que não mudava o fator perigo. Eu parei no centro da floresta e desci do cavalo.

Amarrei ele a uma árvore e peguei a capa nova da bolsa.

- Sabe, poderíamos fazer isso da forma mais simples. Você aparece, me fala o que quero saber e eu lhe dou uma linda capa nova. - eu sorri, sabendo que parecia uma idiota agora. - Ou, eu posso montar uma armadilha e pegá-lo.

- O que te faz pensar que poderia me pegar princesa? - eu ouvi a voz grave e sombria, junto com os barulhos de ossos se arranhando.

- Sou mais forte do que pensa. - Me virei em sua direção e suspirei com sua real aparência. Ele deu uma risada sombria.

- Você...é mais poderosa do que pensa. - ele me rondou. - O que não muda o fato, de que não me pegaria. Estou aqui, porque quero estar.

- E por que você quer estar aqui?

- Você é uma criatura intrigante. Não é originalmente deste mundo. Mas agora é uma princesa aqui, que tem conhecimento sobre o futuro. - ele riu novamente. - Não estaria intrigada, no meu lugar?

A New Restart - RhysandOnde histórias criam vida. Descubra agora