A New Restart - Rhysand

8

Elizabeth

Caldeirão me ferva, como eu queria que fosse apenas uma fêmea. Por que Tamlin iria se encontrar com o filho do grão senhor da Noturna?

Rhysand era um dos mais poderosos que já haviam surgido em muito tempo. E óbvio, não tinha como essa informação ser mantida apenas para a Noturna. O grão senhor atual já é poderoso, se o poder do seu filho o supera, não é algo a ser deixado de lado.

Mas mais importante, eu não podia deixar isso passar. Se o pai souber disso, ele vai se aproveitar da situação da pior forma possível.

Eu moldei o galho da árvore em que eu estava para descer. Tamlin ainda não tinha percebido minha presença, mas Rhysand percebeu assim que eu me mechi, e antes mesmo que eu estivesse no chão, tinha uma espada em meu pescoço.

- E quem seria você? - ele sorriu com malícia. Eu parei de respirar por um momento. 

- ELIZABETH! - Tamlin gritou. Isso por outro lado, não pareceu distrair o macho que ainda me encarava.

- Isso responde sua pergunta? - eu questionei, ainda parada pela faca na minha garganta.

- Esta é sua irmã. - O reconhecimento clareou em seu rosto. - A famosa Elizabeth Liveril.

- Solte ela Rhys. - Tamlin disse se aproximando.

Ele o chama por apelido.

Rhysand tirou a faca e se afastou. Tamlin me pegou pelos braços, e procurou qualquer ferimento. E eu apenas bati minha mão em sua cabeça, sem parar.

- Seu. Idiota. Inconsequente.

- AÍ, LIZIE. PARA. - Ele pegou minha mão, e eu prendi seus pés nas raízes o derrubando.

- PARAR?! - eu zombei. - Quando a mãe disse que estava preocupada e pediu para eu descobrir o que estava acontecendo, Jurei que era apenas uma fêmea! - eu parei, enquanto exclamava e apontei para o macho que nos assistia. - Mas aqui está você, fazendo não sei o que com o herdeiro da Noturna.

- Ele só está me ensinando a lutar! - eu o olhei, esperando por mais informações. Ele não me deu nenhuma. Eu olhei para o herdeiro da corte noturna que sorriu para mim, mas também não falou nada.

Eu já não tinha tanto tempo para ficar aqui. Tinha que voltar e me arrumar, já que o pai queria me ver. Suspirei.

- Se querem continuar com isso, - disse, olhando para os dois. - façam. Mas estejam cientes das consequências que podem ter que enfrentar.

Eu estava saindo, quando Tamlin pegou meu braço.

- Vai contar ao pai? - eu neguei com a cabeça suspirando. Como se eu fosse louca. Contrariada, beijei sua testa.

- Se cuide. - Fui até a árvore e tirei uma cesta, uma das que Amélia gostava de levar conosco e dei a Tamlin. - aqui.

- Lanche? - ele revirou os olhos. - Não sou criança.

- Devo levar de volta? - eu ia pegar, mas ele puxou para longe de mim. - imaginei.

Eu me virei em direção ao outro macho parado.

- Foi um prazer conhecê-lo, Rhysand. - ele sorriu.

- O prazer é meu. - eu olhei para Tamlim que estava olhando a cesta e me aproximei.

- Estou lhe dando um voto de confiança. - ele levantou uma sobrancelha me encarando. - Não faça com que eu me arrependa.

- Por que? O que vai fazer? - eu sorri, amável.