𝐈𝐧𝐚𝐛𝐚𝐥𝐚́𝐯𝐞𝐥 | 𝐌𝐞𝐠𝐮𝐦𝐢 𝐅𝐮𝐬𝐡𝐢𝐠𝐮𝐫𝐨

SACRIFÍCIO?

(Narração Megumi)

Sabe aquele momento em que você não sabe o que fazer? Então, esse é um daqueles momentos.

Eu não sei se vou até ela e conto tudo, ou invento alguma desculpa. Não quero me afastar dela, não mesmo. Se ficar com ela significa ser deserdado ou perder meu futuro como feiticeiro, que assim seja.

Megumi: Você sabe o que vou escolher. - olho de relance para Akira

Akira: E então...? - cruzou os braços, sorrindo

Megumi: Conto ou não?

Akira: Ela é esperta e se você não contar, ela vai descobrir.

Megumi: Se você não contasse... - esfrego o rosto com as mãos

Akira: E de quê adiantaria mentir? Seja esperto, Fushiguro. Não minta. Hora ou outra a verdade vai chegar. - endireitou a postura, saindo pela porta

Então é isso...

Lanço um suspiro longo e pesado, levanto de onde estou sentado e vou andando até o quarto dela, onde Akira-sensei disse que ela estaria.

Bato na porta umas três vezes seguidas, até ser aberta e ver S/n com uma camisola rendada e o cabelo bagunçado de quem estava dormindo.

Megumi: Oi... - disse indiferente, com as mãos nos bolsos

S/n: Aconteceu alguma coisa?

Megumi: N-não... Só... Foi exaustivo. - sorri disfarçado, não estava confiante para dizer a verdade pra ela

S/n: Eu imagino que sim. Você perdeu quase a tarde toda lá. - sorriu me dando passagem

Entrei no quarto e ela trancou a porta se jogando na cama. Seus olhos se vidraram na TV, qual passava uma reportagem sobre a vida aquática. Me deitei ao seu lado e puxei sua cabeça para deitar no meu peito.

S/n: E então, sobre o que conversaram?

(Narração S/n)

Um silêncio ensurdecedor reinou pelo quarto quando fiz a pergunta. Seu corpo se irrigeceu e seus olhos me fitavam com insegurança.

Megumi: N-não foi nada de mais... Coisas do clã. - sorriu e eu cerrei os olhos - Acredite em mim, meu bem. Não é nada de mais. - sorriu me puxando para seus braços novamente

S/n: Tem certeza? - beijou o topo da minha cabeça e concordou

Megumi: Tenho.

(Narração Asta)

Ontem a noite Megumi e S/n conversaram e ele inventou uma desculpa esfarrapada sobre não ser nada de mais. O que é mentira. Ele sabia que se ele não contasse, eu contaria. E é exatamente isso que estou indo fazer.

Não tive como contar ontem, pois os dois passaram o resto do dia e noite juntos no quarto. Mas logo de manhã pude ver Megumi voltando para seu quarto, então a hora é agora.

Paro na frente da sua porta e ela logo abre, me dando passagem para entrar.

S/n: Bom dia, Asta. - sorriu, beijando minha bochecha

Asta: Bom dia. - sorri, fazendo o mesmo

S/n: Então...? Ao que devo sua visita?

Asta: Megumi Fushiguro. - seus olhos se arregalaram e ela se sentou na cama, confusa

S/n: O que tem ele? - franziu o cenho

Asta: Ele não te contou o verdadeiro motivo daquela conversa, então eu vou. - sorri, cruzando os braços

Ela me olha atentamente, gravando cada movimento meu. Seus olhos estão repletos de curiosidade e seus pensamentos à milhão.

Asta: O clã Zennin tem uma rixa com o clã Warumo. Seu clã. - suspiro - Maki contou para o líder do clã que vocês dois estão juntos. O que não os agradou muito.

S/n: Por que a Maki faria isso?

Asta: Não é nada pessoal, mas o clã Zennin é restritivo, aqueles que não seguem as regras são punidos brutalmente. A história dela não é fácil, então, vacilar com o clã não é uma possibilidade.

S/n: Entendo... Mas o que isso tem haver com Megumi e eu?

Asta: Eles querem que vocês terminem. Cortem laços. Não se vejam mais. Se eles pudessem, proibiriam vocês de respirar o mesmo ar. Mas o garoto não quer isso, ele quer você! - S/n engole seco e pisca algumas vezes, até se pronunciar

S/n: E-então se ele já se decidiu, por que você tá me falando isso?

Asta: Eles vão deserdar ele e o fazer perder a chance de ser um feiticeiro se vocês ficarem juntos, e como se não bastasse, eles vão fazer da sua vida um inferno.

S/n: Eles vão deserdar ele... - encolheu na cama, fitando o chão

Asta: Ele não quis contar por medo de como você iria reagir.

S/n: Caralho...

Seus olhos começaram a marejar e lágrimas começaram a cair logo depois. Sua respiração está descompassada e o corpo trêmulo. Me aproximo dela e a puxo pros meus braços, descansando a cabeça no meu peito.

Asta: Se acalme princesa, vai dar tudo certo. - acaricio seus cabelos, enquanto ela aperta meu corpo

S/n: Ele quer ficar comigo mesmo perdendo tudo? - concordo

Asta: Ele ama você, meu bem. Ele está disposto a arriscar tudo pelo seu amor.

S/n: M-mas... É injusto, não acha? Tipo. Perder tudo que já sonhou, por causa de mim? Por causa da minha felicidade? Não posso permitir!

Asta: Ele quer isso!

S/n: Mas essa não é a vida que ele sempre sonhou! O sonho dele é ser um bom feiticeiro, o melhor. E com a família o deserdando, ele não conseguirá isso.

Asta: S/n...

S/n: Eu... Ele não pode abrir mão de tudo por minha causa. Ele não pode se sacrificar sozinho...

Asta: Por favor, não siga esse seu pensamento.

S/n: Asta, por favor. Preciso que confie em mim. - levantou a cabeça levente

Asta: Pense bem, S/n. Dependendo do que fazer, pode ser que não tenha mais volta.

S/n: Eu não quero algo reversível, quero que ele fique bem, quero ver ele bem.

Asta: Então por que não conversa com ele?

S/n: Ele negaria e não me deixaria continuar.

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Ela ama ele incondicionalmente, dá pra ver. Mas desistir dela pra isso?

Asta: Você está realmente disposta a abandonar esse amor?

S/n: Se for pra vê-lo bem, sim, eu estou.

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Oi meus amores, tudo bem?
Demorou um pouco mais saiu. Espero que gostem!