DEZ DIAS.

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(Narração Megumi)

Sabe quando você está perdido e parece que nada faz sentido?
É exatamente assim que estou me sentido desde que ela se foi. Não importa quantas missões eu faça ou quantas maldições exorcize. Sempre me lembro dela. Seu sorriso radiante depois de um dia longo e seus olhos brilhantes sempre que me via entrar no quarto. Maldita hora que escolhi me apaixonar pela garota mais imprudente e decidida desse mundo.

Fazem dez dias desde então e minha rotina virou apenas uma: Acordar, estudar, fazer missões e dormir. E como num ciclo, isso se repete todos os dias.

Não é como um mês atrás, quando ela entrava no meu quarto igual uma doida e subia em cima de mim incendiada de desejo, ou me chamava pra ver algum filme idiota onde ela chorava do começo ao fim. Por que ela decidiu ir embora mesmo? E por que não posso ir atrás dela?

Agora, estou deitado na cama olhando pro teto, imaginando o instante que ela entraria nessa porta e pularia nos meus braços e eu diria o quanto à amo.

Sou tirado dos meus pensamentos com algumas batidas na porta. Concedo permissão e vejo Akira-sensei com um rosto abatido (O mesmo rosto que fiquei depois que ela foi embora). Ele também sente falta dela, aparentemente eram bem próximos até, mesmo ela nunca dito nada.

Megumi: Akira-sensei? O que quer?

Akira: Amanhã de manhã nós teremos uma missão juntos, não se atrase! - dá de ombros

Megumi: Você acha que ela vai voltar? - ele fica um pouco surpreso, soltando um suspiro pesado

Akira: Ela é incompetente e imprudente, mas acho que sim. - sorri brevemente e fecha a porta

Megumi: Espero que esteja certo...

(Narração S/n)

Fazem dez dias desde que voltei pra casa e meus dias estão sendo longos e cansativos. Quem eu queria enganar, dizendo pra mim mesma que esqueceria ele no segundo ou terceiro dia? E como se não bastasse, lembro do dia em que estivemos aqui e ele me elogiou, me beijando apaixonadamente. Espero que esteja bem, Fushigurinho...

Desço até a cozinha e mamãe está colocando a mesa do café, abrindo um sorriso ao me ver. Desde aquele dia meus sorrisos são fracos e poucos. Ela percebe e tenta me animar, dizendo que preciso voltar. Será que ela está certa?

Yumi: Bom dia filha, como está? - sorri acariciando meus cabelos

S/n: Bem, eu acho...

Yumi: Animada pro primeiro dia na escola nova?

S/n: Seria ruim se dissesse que não?

Yumi: Ah, vamos lá! Vai ser bom!

S/n: Não é como se fosse ter o sensei-Gojo como professor, ou algo do tipo. 

Yumi: Filha... - ela segura minha mão e me olha nos olhos - Você não acha que seria melhor se voltasse? Sua vida e felicidade estão lá.

S/n: Mãe... - engulo o choro e sorrio - Eu já disse como amo as suas panquecas. - mudo de assunto e Sakura logo entra na cozinha

Sakura: BOMM DIAAA! - pula nas minhas costas e abraça meu pescoço

S/n: Aí! Bom dia maninha. - bagunço seus cabelos e ela sorri

Sakura: Como você tá, mana?

S/n: Com o mesmo animo de alguém que se mudou de colégio quase no fim do ano. Não muito contente. - sussurro apenas para Sakura a última parte

𝐈𝐧𝐚𝐛𝐚𝐥𝐚́𝐯𝐞𝐥 | 𝐌𝐞𝐠𝐮𝐦𝐢 𝐅𝐮𝐬𝐡𝐢𝐠𝐮𝐫𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora