Júlia Castro Castellani, brasileira, no auge dos 24 anos, streamer, profissional de educação física, solteira, tem seus problemas mas cheia de esperança e de sonhos a serem realizados. A jovem larga a vida no Brasil, deixa tudo para trás e parte par...
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Júlia
Depois de ter meu irmão comigo por tantos dias, chegou a hora de dizer até logo. Nunca gostei de despedidas, se pudesse, eu fugia para não ter que me despedir das pessoas que amo... quanto mais perto estávamos do aeroporto, mais eu sentia meu coração ficar pequenininho, apertado e tentei de todas as maneiras segurar o choro, mas na hora que chegamos no portão de embarque dele, a ficha começou a cair e não consegui me conter, deixei as lágrimas caírem livremente.
— Já já a gente vai se ver de novo, o tempo passa voando! – Matheus me envolve num abraço apertado.
— Eu vou sentir saudades! – Admiti com a voz fraca de tanto chorar.
— Eu também sinto saudades, porém não ouse querer voltar atrás agora! – Faz carinho em meu cabelo. – Aproveita essa viagem, tenho certeza que Daniel vai estar ao seu lado sempre que você se sentir sozinha, você tem a Yas, a Luna, a Charlotte, o Michael, os meninos do Quadrant... todos te amam e eles são a família que você tem aqui! Fica bem ok? – Ele beijo minha testa e se afasta. – Te amo!
— Eu também te amo! – Sussurrei e vi ele desaparecer no meio da multidão.
Fiquei ali por mais alguns minutos, ainda tentando aceitar o fato que não vou ter mais ele por perto, não por enquanto, mas tratei de enxugar as lágrimas e sair dali. Recebi alguns olhares enquanto me dirigia ao meu portão de embarque, uns seguidos de sorrisos... será possível que me reconheceram? Meu pai, agora vai ser o momento que eu não vou ter mais sossego. – Passei pela área de embarque e não demorou muito para liberarem a entrada e eu deixei uma mensagem para Dan dizendo que estava embarcando.
Ele veio ontem com Lando, Michael e boa parte da equipe, hoje já devem ter algumas gravações para o canal da McLaren mesmo, e eu optei por vir depois pra evitar aquele tumulto do aeroporto, evitar que eu e Dan cometêssemos algum deslize e tudo fosse por água abaixo. – Depois de entrar na avião e me acomodar, fiquei feliz por ver que tínhamos acesso ao Wi-Fi, pelo menos posso importunar alguém. Coloquei o fone no ouvido, escutei todas as instruções de sempre, tô quase apreendendo de tanto que tô viajando. Tudo certo, agora serão duas horas de puro tédio.
(...)
Barcelona
Assim aterrissei em Barcelona já era noite, as mensagens começaram a chegar assim que liguei o celular, avisei para minha mãe que tinha chegado, ao Dan e a pessoa que eu estava ansiosa para rever, Luna. E lá fui eu para mais um tumulto para sair do avião, depois pegar a enorme mala, já com uma bolsa de costas, passei pela imigração e fui rumo a saída. Ainda bem que não tinham muitas pessoas por ali, olhei ao redor e achei minha amiga. Luna. Ela tava tão fofinha com aquela roupa.
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Mas meu coração foi no chão e voltou quando vi o cartaz nas mãos dela. "WELCOME BANDIDA!" Meu Deus, onde que eu errei? Onde que eu posso me enfiar agora? – No momento em que nossos olhares se cruzaram, seu sorriso ficou ainda maior, assim como o meu e ainda por cima, parecia que alguém tinha colocado adrenalina na minha veia, meu coração disparou mais uma vez.
