Clientes peculiares

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Narrador

O soar do despertador trazia Peter de volta para o mundo real em frações de minutos. O garoto do Queens percebeu que era hora de levantar para ir trabalhar o que resultou em um resmungo e um travesseiro em cima da cabeça.

- Peter vai perder a hora.- sua tia bate na porta sem entrar fazendo com que seu sobrinho abrisse os olhos contra a vontade e se levantasse da cama quentinha e aconchegante parecendo lhe chamar de volta.

Dando passos preguiçosos, Peter anda até o banheiro e lá faz sua rotina matinal. Quando desce as escadas de mochila pronta, se depara com sua tia fechando o pote de sua marmita.

Se senta à mesa e toma seu café da manhã para não desmaiar no caminho para o trabalho.

- Aqui está querido.- diz May pondo seu almoço na mochila e a fechando em seguida.

- Obrigado tia May!- levanta da mesa e pega sua mochila a pondo nas costas. Da um beijo na bochecha de May e sai do apartamento.

Nada muito diferente dos dias passados pensou Peter. Pessoas correndo atrasadas e esbarrando em si, ele faria parte do grupo se não andasse mais rápido até o ponto de ônibus.

Apressou seus passos e quando ia parar o ônibus chegou. Se sentou em uma das cadeiras duras do transporte e pegou seus fones, seria um longo percurso até o shopping frequentado por pessoas muito ricas e com influencia.

O caminho era muito longo e o dinheiro gasto para ir era demasiado para ele em relação ao seu salário. Aturar clientes arrogantes e metidos era pior do que tomar conta de seus filhos.

Todas as madrugadas pesquisa em novas oportunidades de emprego perto de sua casa com o mesmo salário, mas nada ainda o interessou. Era melhor continuar como recreador num playground interno de um shopping por enquanto.

Aqueles pais desnaturados.. argh! Peter tinha repulsa por eles e pena das crianças. Aquelas criaturinhas ficam horas brincando e os pais nem ligam para perguntar se está com fome ou algo do tipo, pagam uma fortuna e ainda jogam uma babá que nem presta atenção em seu filho junto no mesmo lugar.

Quantas vezes Parker não alertou a alguns pais sobre certas babás que ficavam no celular e deixavam bebes de 1 ano na área baby acolchoada sozinhos sem supervisão?

Ao olhar para janela e ver que seu ponto era o próximo, suspirou em desanimo. Pegou sua mochila e se levantou rumo a porta do ônibus para dar sinal ao motorista.

Desceu do transporte e caminho para aquele shopping sem graça e caro demais. Avistou a placa do estacionamento marcando como quase esgotado.

- Hoje vai ser difícil..- diz baixo. Pelo menos seus colegas estarão para ajuda-lo com os clientes e crianças.

Passando na frente das boutiques de luxo pergunta o que estava fazendo naquele lugar ainda. Roupas caras tudo acima de mil dólares, jamais teria dinheiro o suficiente para comprar um chocolate ali.

Ao chegar no parquinho interno retira seus sapatos e dá bom dia para todos como sempre faz nos últimos anos. Guarda sua marmita na geladeira e ruma para o quartinho, aonde põem seu uniforme e guarda sua mochila no armário.

Se senta em um dos pufes coloridos e espera a hora de abrir. Ele é caixa e recreador, um trabalho dobrado mas ganhou um pequeno aumento em seu salario que não fazia diferença, continuava pouco.

Quando bate 13:00 da tarde, Peter aperta o botão para o portão subir e enfim o parque ser aberto oficialmente.

- Como esta Peter?- pergunta Catherine, uma novata no emprego mas que foi muito bem recomendada.

Starker- Amor ImprevistoOnde histórias criam vida. Descubra agora