Motivo 33:

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PARK SUNGHOON

Dançar.

Embora tenha feito isso a minha vida todo numa pista de patinação, ainda me sinto diferente por fazer em uma sala de dança. Especificamente na antiga sala que meu irmão treinava.

Era diferente.

No quesito se mover. Era diferente. Eu conseguia expressar minha tristeza sem errar, porque tinha sentimento naquilo. Diferente da patinação, que eu errava e muitas vezes me desconcentrava, porque não estava 100% focado naquilo. Mas ao dançar uma das coreografias de meu irmão que eu sabia de cor e salteado por sempre assisti-lo, senti que estava mais... livre.

A dança estava me libertando. Como um passarinho quando aprende a voar. Ok, essa comparação foi péssima.

A escola foi normal. Quer dizer, as pessoas estavam dizendo sobre o que aconteceu nos corredores, eu sabia.

Jungwon estava bem, embora estivéssemos preocupados com o seu psicológico, já que o garoto permaneceu mais calado que o normal durante a refeição que fazíamos. Sabíamos que ele estava remoendo aquelas palavras. Ele era novo e já tinha dito para nós que as palavras sempre o afetava mais do que necessário.

Quanto ao meu amigo virtual no qual não sei o nome, continuamos conversando como sempre, falando sobre séries e outras coisas. Éramos completos idiotas quando conversávamos e eu sempre ria de suas idiotices. E a minha busca por saber quem ele era? Em vão.

Se bem que me peguei pensando como ele deveria ser, apenas pelo que descreveu e acabou que minha cabeça reproduziu Jake automaticamente.

Eu estou me tornando o inimigo dos héteros, de verdade.

Peguei então o microfone já esquecido de meu irmão e liguei a caixinha de som, conectando tudo devidamente até colocar o Karaokê de Painkiller, do Ruel. Sim, Ruel, eterno lindo cantor! Perfeitamente perfeito. Amo ser Younger.

I Got from row seats for the park side livin' feel like the one... — Inspiro o ar com calma. —... but I'm one in a billion. Teenage cynical and I don't really know. What's the point of living if my heart gets broken? Driving on the road, waiting for head-on collision.

Cantei sentindo cada sentimento daquela daquela música. Cantei como nunca. Me senti livre. E estava. Era como se a letra da música estivesse em mim. Tatuada em minha pele.

Quando finalizei, acabei levando um susto com a presença de alguém no batente da porta. Me desesperei pensando ser meu pai ou até mesmo minha mãe – meu pai não seria tão ruim assim, mas minha mãe, ah, sabe-se lá o que ela pode fazer apenas por me ver cantar.

Mas era Lee Heeseung.

Graças a Deus!

— Você canta muito bem, Hoonie! — Ele diz sorrindo doce. — Me senti em um show particular!

— Aigoo! Assim você me deixa envergonhado, hyung.

— De verdade, você cantou muito bem.

— Tá. Obrigado. Quem te deixou entrar?

Ele ergue um molho de chaves.

— Sabia que existe uma coisa chamada chave que permite pessoas abrirem portas? Tipo, um metal...

Deu um tapa nele.

— Para de ser idiota, cabecão. Eu sei o que é uma chave. — Revirei os olhos. — Mas, espera aí... Quem te deu a chave da minha casa?

hello? Todos nós temos uma chave agora. Jay, Jake, eu, Sunoo, Ni-ki e Jungwon. — Ele diz como se não fosse nada.

O que?

50 Motivos Para Amar Park Sunghoon Onde histórias criam vida. Descubra agora