50 Motivos Para Amar Park Sunghoon

Motivo 47: É como uma dízima periódica

JAKE

— Amor, sabia que o Ruel também é meio australiano?

– Sério?

— Ele se naturalizou lá, mas é britânico.

— Então é por isso que você me namora? Por que eu também sou australiano?

O olhei indignado. Nossas mãos unidas balançavam enquanto o vento batia em nossas faces, fazendo um carinho gostoso. Andar de mãos dadas com Sunghoon sempre seria a minha coisa favorita no mundo.

— Veja bem, talvez eu seja fã do Ruel porque ele também é australiano!

— Ou talvez você me namore porque eu também sou australiano.

— Verdade, faz sentido. Mas pensa que é por sua causa — ele diz estalando a língua.

Eu sou completamente apaixonado por Sunghoon falando sobre seu cantor favorito. E também quando ele fala sobre literatura, dança, comida, desenho, tudo! Eu amava ele fazendo qualquer tipo de coisa.

— E outra, o cara tem um metro e noventa e cinco! Tipo...?? — Ele faz cara de indignado e eu acabo rindo por achar fofo. — Eu só tenho um metro e setenta e sete!

— Fica uma formiguinha perto dele.

— Nem tanto, vai! Meu irmão deve ser pior, coitado... ele e seus um metro e setenta e cinco.

— Como se tivesse muita diferença de você, né? — Debocho.

— Eu sou um centímetros maior que você e dois maior que ele! — Ele retruca revoltado.

Rimos.

Era ótimo andar com Sunghoon na rua, de mãos dadas, tarde da noite, falando sobre coisas bestas. Amava ouvir ele tagarelando, assim como amava quando ele me ouvia e sorria. Sunghoon era um pedacinho do paraíso aqui na Terra.

Se ele não fosse Park Sunghoon, com certeza seria um terremoto, daqueles bem fortes que faz tudo tremer. Porque pra mim, ele já é um. Que chegou desestabilizando todas as minhas descrenças no amor.

Sunghoon é aquelas dizimas periódicas enormes que nunca tinham fim, todos os dias você descobria algo novo sobre ele. Ele era sol e chuva, frio e fogo, água e terra. Ele desafiava todas a leis da física. Não existia uma parte sua que eu não amasse, mesmo com defeitos, ele era alguém que eu amaria sempre, independente de tudo.

Ele chegou quando tudo que eu mais queria era desaparecer do mundo e deixar tudo pra trás. Apareceu quando eu mais duvidei do amor, porque eu já não o conhecia mais. Não sabia o que era aquele sentimento. Mas agora eu sentia, eu o tinha. Todos os dias. Quente em meu peito e transbordando para todos os lados.

Eu tinha amor graças à Park Sunghoon, que me fazia sentir mais coisas do que o possível.

— O quê? Não! Impossível, Jake! Aqui é Team Keith!

Agora estávamos em uma mini discussão sobre um desenho que começamos juntos - porque o que mais fazíamos agora era assistir coisas juntos, pra poder conversar sobre.

— Óbvio que não! Lance forever! — retruquei.

— O Lance é maluco da cabeça, rei do gado e bestão. Olha só pro Keith, o cara luta mais que o Jackie Chan!

— Não! Nada disso! O Lance é extrovertido demais, ele dá um clima leve pros paladinos, além de ser super inteligente quando quer ok? O Keith é um egoísta!

— Desisto de você, Jake! Você tá assistindo o mesmo desenho que eu ? Impossível!

O mais incrível era que: estávamos no meio da rua, às meia noite e meia, discutindo, mas ainda sim, de mãos entrelaçadas.